Narrado por Holland
- Aqui não é meu apartamento! - Falei assim que Dylan estacionou o carro em frente ao seu prédio.
- Eu sei.
- Então o que estamos fazendo aqui?
-Você queria continuar na sua casa? Lá esta tudo quebrado. E aliás você precisa de alguém que cuide de você. E você ficara aqui.
- Eu tenho escolha?
- Você sabe a resposta. - Reviro os olhos.
Dylan sai do carro, pega a cadeira de rodas no portamalas e vem até o lado da minha porta. Abre a mesma, e me ajuda a sair do carro, e a sentar na cadeira.
Entramos no elevador sem dizer uma palavra, até que eu me lembrei que faltava algo.
Kristen: Cadê o Alisson? O meu Deus! Fizeram algo com ela? - Eu já estava me desesperanda.
- Calma, ela ta na escola. Não fizeram nada a ela. - Suspirei aliviada.
- Você vai pega-lo? O colégio é um pouco longe!
- Nem é tão longe assim.
- Claro que é! Nos estamos em Coconut Grove, é longe de onde eu moro! - Olhei pra ele e ele tinha uma cara estranha. - Você quer me contar algo? - Bufou.
- Eu o matriculei em um colegio daqui, High College Miami.
- O que? - Falei alto, ou quase, já que ainda estava rouca. - Meu Deus! Esse colégio é muito caro. Você pirou? Ou coisa assim?
- Eu to pagando!
- Quando eu for embora eu que vou pagar. Merda! - Esbravejo irritada. Ele coninua calado.
Entramos naquele enorme apartamento, enorme mesmo, com todos aqueles moveis caros, e uma televisão gigante, as janelas de vidro, o piano, os lutres, tudo do mesmo jeito, não ser pelos brinquedos espalhados pela casa, que eu aposto que Dylan comprou, e agora todos estão bagunçados pelo furacão Alisson.
- Ela conseguiu o que queria.
- Ah... Ela é uma criança, crianças gostam de brinquedos.
- Não de toda a loja.
- Deixa de ser chata vai. - Empurrou meu ombro, e eu gemi de dor. - Me desculpa. Te machuquei? - Perguntou preocupado.
- Não, tudo bem.
- Ela é uma garota legal, e é competitivo viu? A gente tava brincando de corrida, o meu carrinho era uma Venom GT da Hennessey é o mais novo recordista de velocidade. E o carrinho dela era o SCC Ultimate Aero TT, o meu carro era mais veloz, mas mesmo assim ela queria ganhar, ai a gente apostou uma caixa de pirulitos, ela foi esperta, ela fez uma curva que me... Do que você ta rindo? - Eu estava rindo, na verdade gargalhando de como ele levou isso a sério. Então quer dizer que existe um lado criança dele?
- Você falando é muito engraçado. - Ele me olhou feio. - E quem ganhou?
- Você acredita que foi ela? Aquela peste, e ainda fez uma dancinha, e disse que era a dancinha da vitória. - Fez uma cara emburrada, e eu rir.
- Eu estou com fome. - Fiz uma careta.
- Eu também estaria se fosse você. Não come a o que? Uma semana? Vamos para cozinha. - Chegamos na cozinha, e Dylan me ajudou a sentar na cadeira apoiando meu pé em outra.
- Vamos ver o que temos aqui. - Olhou na geladeira e no fogão. - Ainda temos café da manhã, você quer?
- Qualquer coisa que seja comida. - Ele trouxe um bolo que já estava partido, suco, café, leite, torradas, geleia, e um prato que estava coberto com um pano. - O que é isso? - Perguntei ao ver o conteúdo do prato.
- Ah, são panquecas felizes, são as melhores. - Sim, as panquecas eram felizes, elas tinham dois buraquinhos que são os olhos, e uma boca sorridente.
- Panquecas felizes?
- Sim.
- Qual o problema com as panquecas normais? - RI.
- Elas não tem graça, essas são mais divertidas.
- Meu Deus. - RI.
Comi, quase tudo que tinha na mesa, não é todo dia que você tem um café da manhã desse.
Dylan me levou até o quarto de hóspede e me ajudou a deitar na cama, esta assim é um porre, primeiro que eu mal posso me mexer por causa da costela, e eu estou usando a cinta. Minha perna ta engessada do pé até quase a metade das cochas, meu lábio ta machucado, e eu ainda tenho alguns roxos pelo rosto, por isso que eu não quero me olhar no espelho, e ver a pessoa horrível que eu estou fisicamente. Nesses pensamento voltei aquela noite, eles me batendo. Por que tinham que ser tão covardes? Eu me lembro de cada soco, cada chute, cada tapa, lembro de tudo até eu ficar inconsciente, eu me lembro das palavras sujas, de tudo o que eles diziam que ia fazer comigo quando eu voltasse.
Eu estou com medo, medo do que possa a acontecer daqui pra frente, medo de como vai ser quando eu voltar. Eu já esperimentei estar uma vez nas mãos de Petter, e eu preferia morrer a viver tudo aquilo de novo.
Sem que eu perceber, as lágrimas caiam soltas no meu rosto, tratei de enxugar elas, e levantar a cabeça.
" Seja forte e corajosa." Era quase um mantra.
- Mamãeeee - Olhei pra porta, e vi minha pequena vindo na minha direção correndo. Sorri e abri os braços, elz veio e pulou na cama, e em cima de mim.
Gemi com um pouco de dor.
- Cuidado Ali, ela ta machucada.
- Você ta dodoi? - Perguntou me olhando com os seus olhinhos verdes. Eu tava com tantas saudades.
- Eu estava morrendo de saudades. - O Abracei apertado.
- Você vai assanhar meu cabelo! - Quase gritou e eu Ri. Seus cabelos estavam com duas xuxinhas.
- Eu não assanhei ta legal? Aliás quem fez essas xuxinhas? Não pode ter sido o tio Dylan. - Falei e ele me olhou feio.
- Ué? Eu sei fazer ta bom? -Se defendeu.
- Você fez? - Ergui as sobrancelhas.
- Não, foi a tia Malia. - Lembrei da sua irmã.
- Ela ficou com Alisson quando eu tinha que trabalhar. - Ele se explicou, mesmo eu não tendo nenhum poblema.
- Tudo bem. Agora da beijinho para mamãe ficar melhor. - Falei para Ali
Ela colocou as duas mãos de cada lado do meu rosto, e veio até mim me dando um selinho, sorri e olhei para Dylan que sorria balançando a cabeça.
- Agora você vai ficar melhor. Eu vou te proteger, e ninguém vai mais fazer dodoi em você. - Disse se aconchegando ao meu lado.
O abrecei e beijei sua cabeça. Eu não quero pensar em nada disso agora, só que eu estou bem, e que ela esta comigo!
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Prometa NÃO se Apaixonar. (EM REVISÃO)
FanfictionHolland Roden é mais uma das centenas de garotas que teve sua infância interrompida por descasos da vida. Por fora tão forte, mas tão quebrada por dentro, seus grandes e verdes olhos opacos, sua boca carnuda que faz tempo que não se ver um sorriso...