57°

519 33 5
                                    

Narrado por Holland

- Meu Deus, eu to muito cansada. - Falo me jogando no sofá da sala de Dylan, finalmente depois de um dia de festa chegamos em casa.

E era por volta das oito da noite.

- Eu também minha querida. - Dona Claúdia fala sentando ao meu lado. - Eu tenho que ir, meu avião sai ainda hoje.

Arqueio as sobrancelhas.

- Para onde a senhora vai? - Pegunto visivelmente confusa.

- Vou para newport, tenho um projeto lá.

- Lá deve ser muito lindo. -Falo imaginando a linda califórnia

- E lá é... 

- Pronto. - Dylan fala descendo as escadas.

Alisson dormiu dentro do carro, e ele a trouxe no braço até lá em cima.

- Vou tomar um banho e me arrumar. - Ela Levanta, para na frente de Dylan e o da um beijo na bochecha. - Eu volto já.

- Vai dormi aqui hoje? - Estranho sua pergunta, ele em sã consciência nunca me perguntaria isso.

- Sério? - Dou um sorriso debochado.

- Sim.

Penso melhor no assunto, com toda certeza não tem lógica.

- Acho que não. 

- E como você vai pra casa?

- De ônibus. -Falo o óbvio.

- A essa hora é perigoso. - Ele me olha. - É melhor você ficar aqui.

- Cora pode não gostar.

- A gente brigou no aniversário, e ela não vai aparecer aqui por pelo menos uma semana.

- Mas se ela estivesse aqui...

- Holland não complica. - Ele passa as mãos no cabelo, e suspira. Parecia muito cansado. - Pode ficar no antigo quarto, suas roupas ainda estão lá.

- Você não tirou? - Falo surpresa.

- Não. Vou tomar um banho e deixar minha mãe no aeroporto, pode ficar à vontade.

Ele se levanta do sofá, e vai indo até a escada.

[...]

Já era 01:00 da manhã e Dylan não tinha chegado ainda. Estou muito cansada, mas não consegui dormir, então me levanto e vou até a cozinha pegar um copo de água. Quando chego a cozinha vou direto para geladeira, abro atrás e pego uma garrafinha de água.

Ainda tinha uma boa parte do bolo que eu trouxe hoje de manhã, então resolvi comer um pedaço.

- Ainda acordada? - Pulo da cadeira aonde eu estava sentada.

- Meu Deus, você quer me matar de susto? - Coloco a mão no meu coração. - Puta que pariu.

- Desculpa. - Ele ri. - Acabei de chegar.

Ele vai até o armário, e lá de dentro tira uma garrafa de uísque.

- Quer? - Faço uma careta. - Não vai fazer mal.

Ele pega um copo de vidro, coloca um pouco de uísque e rapidamente bebe. Nem uma careta ele faz, não lembrava que ele bebia assim.

- Pegar ou largar. - Ele estende outro copo para mim, já com a bebida.

Receosa pego o copo, o medo de algo acontecer invade meu corpo lembrando da overdose, mas resolvo encarar, e tomo tudo de uma vez fazendo minha garganta arder.

Prometa NÃO se Apaixonar. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora