Um anjo.

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Harry p.o.v:

Estava desesperado, precisava de um assistente urgente, mas todos que vinham até mim eram pessoas que não sabiam nem digitar seu nome direito, imagina minha agenda pessoal?

Fico andando de um lado para o outro esperando alguém cair do céu na minha porta, alguém que realmente vá me ajudar, eu pago bem, dou flexibilidade de horário e alguns benefícios, por que está sendo tão difícil.

Acabo me atirando no sofá de couro da sala de estar e vejo minha empregada vir até mim, ela era uma senhora já com uma certa idade, odiava deixa-la trabalhando, eu a via como minha mãe, mas ela sempre brigava comigo quando eu tentava fazer as coisas de casa.

- Menino Harry, porque esta tão desesperado? – Ele me pergunta com sua famosa calma e eu bufo por não conseguir ficar assim por nem cinco minutos.

- Maura eu preciso de um assistente. Eu não consigo organizar minha vida sem um assistente. – Digo e me levanto do sofá indo até a cozinha pegando um pedaço de bolo que Maura tinha feito.

- Não coma menino, é para seu vizinho. Leve para ele e lhe dê as boas-vindas ao prédio. E pare de se lamentar. – Ela me dá um tapa na mão e me alcança a bandeja com os pedaços cortados.

Vizinho, nem sabia que alguém tinha se mudado, ele deve ser bem quieto, não ouvi barulho nenhum.

Saio de casa e vou até sua porta, bato uma vez e nada de alguém atender, eu sou bem impaciente quando quero e quando não quero também. Bato uma segunda vez e me escoro do lado da porta, eu dou meia volta e vejo Maura na porta me olhando, ela não ia deixar eu voltar.

Como ela sabia que ele estava aqui, como ela sabia de tudo?

Escuto um choro do lado de dentro e passos apresados, eu estranho, pois, Maura tinha me dito que era vizinho, e não uma vizinha, os passos se afastam da porta provavelmente indo até o bebe, bato novamente e dessa vez Maura vem até mim.

- Ele parece ocupado. – Ela fala e eu a olho.

- Ele? Tem um bebe, acredito que seja ela. – Digo como se fosse óbvio.

- Ah menino, eu vi quando ele chegou com o bebe, ele até olhou o seu anúncio no elevador, deve ser pai solteiro. – Ela fala com um grande sorriso no rosto.

- Não vou contratar alguém com filho, acho bom ele nem tentar. – Era óbvio que ele não teria capacidade de me ajudar.

- Niall precisa de emprego e ele provavelmente precisaria de uma baba, você contrata ele se o mesmo for bom, e ele contrata Niall. Simples. – Ela me fala aquilo com um jeitinho que eu raramente consigo dizer não, bato novamente na porta e vejo seus passos se aproximando rápido, o bebe já tinha parado de chorar, o que era muito bom, amava crianças e não suportava vê-las chorar era um pecado tal coisa.

Quando ele abriu a porta eu vejo um anjo segurando um anjinho vestido de ursinho, eu acho que minha boca estava aberta pois Maura me chama a atenção e vejo o garoto abaixar a cabeça vermelho.

Meu Pequeno AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora