~Dimitri~
Fiquei puto quando Laura não subiu comigo para o apartamento, mas acho que foi até melhor, porque eu seria capaz de prendê-la ali e nunca mais soltá-la. Fiquei mais puto ainda quando ela veio com aquela atitude de eu-te-disse. Tudo bem que eu não demorei muito, mas ela não precisava revirar aqueles olhos lindos: ela sabia que ficava louco com esse tipo de atitude.
Nosso almoço foi até bem agradável. Eu precisava resolver os detalhes do registro de Theo, mas o faria depois. Naquele momento, eu só queria ficar com Laura e aproveitar sua companhia.
Eu precisava tocá-la e beijá-la. Só de pensar nisso, meus nervos já estavam explodindo de tanto tesão. Mal podia imaginar como ficaria quando eu me enterrasse dentro dela. Essa linha de raciocínio estava me enlouquecendo.
Hoje ela não me escapa! Preciso sentir seu beijo novamente, pensei. Depois que a encontrei novamente, ficou difícil dormir, porque só conseguia pensar no que eu poderia fazer com seu corpo.
Assim que saímos do restaurante, fiquei observando ela e Theo, que ainda dormia em seus braços. Será que era errado sentir ciúmes do próprio filho? Porque eu também queria estar nos braços dela, naquele momento. Era naquele momento ou nunca que eu iria tirar uma casquinha dela. Dio mio! Estou parecendo um adolescente com os hormônios agitados, loucos para serem liberados! Calma, Dimitri, mantenha a calma, falei para mim mesmo. Quando parei em frente ao meu prédio, Laura me olhou sem entender nada.
– Você precisa me levar pra casa, Dimitri. Theo precisa de mais conforto pra dormir e ainda tenho coisas pra fazer. Ou vai fazê-las por mim? – Ela perguntou, cheia de ironia. Eu sabia que ela tinha o pavio curto e estava pronta para explodir.
– Eu tenho uma enorme cama lá em cima. Quanto a sua casa, eu posso pagar alguém para limpá-la.
– Não mesmo!
– Eu quero ficar mais tempo com Theo. – E com você, pensei.
– Você pode ficar com ele amanhã. Até porque ele está dormindo.
– Eu posso esperar ele acordar. – falei, saindo do carro sem dar tempo de ela falar algo. Peguei as coisas de Theo do banco de trás e abri a porta do passageiro pra Laura.
– Agora vamos.
– Eu não vou – havia irritação em sua voz.
– Ótimo, então Theo vai sem você – falei chegando mais perto para pegar o menino. Fiz isso porque sabia muito bem que ela não iria deixar que eu o levasse.
– A sua sorte é que não tem nada para tacar na sua cabeça! Eu mato você – ela estava brava, mas estava entrando no prédio e indo na direção do elevador.
– Se for de amor, eu aceito – ri, seguindo-a.
– Vai à merda – falou bufando, fazendo-me rir por dentro.
Laura não deu um pio no elevador. Ela estava bufando de raiva: só faltou soltar fumaça pelos ouvidos, igual nos desenhos. Nem me atrevi a falar nada. Assim que entramos, coloquei a bolsa de Theo no sofá e acompanhei Laura até o quarto para que ela pudesse ajeitá-lo ali. Não sabia como ele não tinha acordado com toda aquela agitação.
Laura ajeitou a cama direitinho, botando travesseiros ao redor de Theo para que não caísse. Enquanto isso, fui à cozinha pegar vinho para nós e ver se aquela leoa se acalmava. Encontrei Laura na sala, mexendo na bolsa de Theo.
– Posso usar sua cozinha? – Ela ainda soava irritada. – Preciso preparar a mamadeira de Theo pra quando ele acordar – continuou a falar, sem nem olhar para mim.
– Claro. Eu trouxe vinho – falei, fazendo-a me olhar.
– Pelo menos não perdeu a educação, mas não, obrigada – falou com cinismo.
Ah, mas essa fera vai se acalmar já, já., falei para mim mesmo.
– Onde fica a cozinha? – Perguntou e eu lhe indiquei onde ficava, seguindo-a logo em seguida.
~Laura~
Dimitri já tinha enchido minha paciência. Eu estava me controlando pra não voar em cima dele e dar-lhe uns bons tapas. Eu sabia que ele tinha vindo até a cozinha quando senti seu perfume atrás de mim. Além de ele querer foder com meu juízo, estava querendo foder meu corpo com sua presença, mas eu esperei conseguir me controlar.
Estava terminando de lavar a mamadeira suja de Theo, quando o senti atrás de mim. Sem ao menos ele me tocar, podia sentir aqueles músculos definidos. Respirei fundo, mas estava difícil com ele tão próximo.
– Adoro ver você brava... – Falou no meu ouvido, fazendo minhas pernas amolecerem e meu corpo se arrepiar inteiro.
– Acho bom você se afastar – falei me esforçando para soar calma, porque meu corpo estava para entrar em erupção, como um vulcão.
– Eu posso saber o por quê?
– Se não se afastar, eu jogo essa mamadeira na sua cabeça – tentei falar com seriedade, já que imaginar essa cena me fez querer rir.
Me surpreendi quando Dimitri me virou, segurando meus pulsos e me prendendo contra a pia, fazendo-me olhar em seus olhos. Pude sentir sua ereção quando ele me apertou mais, fazendo eu conter um gemido. Que homem é esse? Desse jeito eu não me controlo, pensei. Dimitri prendeu minhas mãos atrás das costas e elevou meu queixo em sua direção.
Sua boca estava irresistível e não conseguia parar de olhá-la. Sentir sua respiração tão próxima estava me deixando com vontade de agarrá-lo loucamente, de beijá-lo e puxar seus cabelos agressivamente e... Não tive tempo para terminar de pensar, Dimitri já tomava minha boca na sua, mordiscando meus lábios e fazendo-os se abrirem. Senti sua língua quente e macia me explorando, então chupei-a com vontade, fazendo Dimitri gemer. Beijamo-nos como se dependêssemos daquilo: a saudade que sentíamos um do outro foi preenchida naquele momento. Dimitri me levantou, fazendo-me entrelaçar as pernas em sua cintura, e me levou para a sala sem tirar os lábios dos meus. Sentou-se no sofá, deixando-me em seu colo e começando a beijar meu pescoço e meus ombros, dando leve mordidas que faziam com que eu soltasse pequenos gemidos. Senti seu sorriso no lóbulo da minha orelha enquanto ele a mordiscava. Minha vontade era de tirar suas roupas e fazer amor com ele ali, naquele momento, mas eu precisava me segurar. Ainda não estávamos tão à vontade um com outro, por mais que nossos corpos estivessem. Paramos de nos beijar, dando breves selinhos enquanto nossa respiração normalizava.
– Eu quero você aqui e agora – ele falou, deixando-me feito fogo sobre a palha.
– Isso não está certo. As coisas estão rápidas demais para quem se reencontrou há três dias – falei enquanto tentava sair de seu colo. Ele me puxou novamente, não me deixando sair dali.
– Eu não me importo: eu só quero me enterrar em você – seus olhos estavam em um tom de azul tão intenso que, junto daquelas palavras, me tiraram o fôlego, mas eu não podia ceder.
– Mas eu me importo – levantei e voltei pra cozinha para terminar o que tinha começado. Ele prontamente me seguiu – Se me quiser, vai ter que começar tudo do começo.
– Eu não vou aguentar – ele falou pegando na minha cintura e beijando meu pescoço.
– Eu já não posso fazer nada – falei me afastando, mesmo não querendo. Tinha que pensar sobre ele merecer uma segunda chance.
– Tudo bem – ele concordou. – Mas eu ainda quero te beijar.
Ai, meu pai, isso não vai prestar, pensei.
– Vou pensar no seu caso – falei, terminando de preparar a mamadeira de meu pequeno.
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Encontrada por você
RomanceLaura Wolfe, 25 anos, formada em fisioterapia, estava de licença médica por conta de sua gravidez. Laura foi deixada grávida por um CEO, Dimitri Andrew, 28 anos, que a tempos a procura, para tentar se redimir da traição e tentar se aproximar de seu...