Capítulo 5 - Batendo em sua porta

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~ Dimitri ~

Quando Laura foi embora e pedi um favor a Igor, decidi voltar ao escritório, com a cabeça ainda mais cheia. Com Louise, peguei alguns papéis dos quais precisava cuidar e entrei em minha sala para resolvê-los. Eram cinco e meia quando Igor me ligou de volta.

– Pode falar.

– Já consegui o que queria, em dez minutos estará chegando no seu e-mail.

– Obrigado Igor, até mais. – Já ia desligar quando falou:

– Não vá fazer nenhuma bobagem, Dimitri. Eu apenas suspirei e desliguei.

E, assim como Igor disse, em dez minutos recebi um e-mail com tudo a respeito de Laura desde o dia que ela partiu. Horários, datas, as lojas por onde andou, o hospital, e o endereço de seu apartamento. Analisando o conteúdo do e-mail, percebi que ela nunca tinha saído de perto de mim. Como eu não consegui esbarrar com ela antes? perguntei-me mentalmente.

E, então, vi a foto do pequeno Theodore. Me apaixonei assim que vi aquela carinha e aqueles olhos azuis, iguaizinhos aos meus. Eu sabia que ele era meu filho, sentia isso.

Por duas horas, fiquei pensando no que faria, andando para lá e para cá. Ainda estava no escritório que, além de mim e dos seguranças, estava vazio. Decidi ir pra casa e comecei a fazê-lo, mas, quando estava no meio do caminho, resolvi aparecer no prédio dela. Foi fácil passar pelo porteiro: quando disse que iria fazer uma surpresa para a minha namorada, ele concordou. Entrei no elevador, falando a mim mesmo que Laura não poderia ficar nesse prédio com essa segurança péssima.

Chegando no andar dela, saí e bati na porta de seu apartamento. Ela estava linda, como todas as vezes nas quais a vi. Ela não ficou nem um pouco surpresa com minha visita, já devia imaginar que eu iria procurá-la.

Perguntei se podia entrar. Ela apenas me fez outra pergunta que não respondi. Perguntei novamente e ela apenas abriu mais a porta para que eu pudesse passar. Assim que entrei, senti seu cheiro me embriagando. Seu olhos estavam em mim e, suspirando fundo, ela fechou a porta.

O apartamento que ela estava era razoável, nem muito grande e nem muito pequeno. Tinha o jeito de Laura: estantes de livros, quadros na parede, fotografias, brinquedos de criança em uma caixa em um canto. Virei-me e deparei-me com ela me encarando.

– É um ótimo apartamento – falei.

– Obrigada. Theo adora sair engatinhando por aí.

– Theo? – Perguntei me fazendo de desentendido.

– Sim, o meu pequeno.

Apenas afirmei com a cabeça. Estava impaciente e nervoso: queria saber o motivo de ela ter fugido de mim .

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