Claro que foi fácil enganar a sem sal da Laura. O que tornou tudo mais difícil foi Dimitri, como sempre se achando o senhor do mundo, o controlador. Porém, depois de muita conversa, consegui botar ele pra dormir.
A partir daí foi festa. Para mim, claro. Não estava nos meus planos ficar com Dimitri, era apenas para eu fazer uma encenação para que a trouxa da Laura caísse, mas aquele homem lindo e gostoso era todo meu, então não resisti. Como Dimitri estava num sono pesado demais, tive todo o trabalho de tirar sua roupa. Beijei-lhe todo o corpo antes de tirar sua cueca e ia beijar-lhe a boca, mas, naquele momento, o babaca fez questão de chamar por Laura. Perdi logo a vontade e deixei-o jogado no sofá mesmo.
Minha felicidade era tanta quando vi a cara da Laura.
Queria ter tirado uma foto para guardar de recordação.
Depois que a sem sal foi embora, Dimitri nunca mais me ligou e claro fiquei muito puta. As nossas escapulidas eram tão boas que eu não pensei que ele estivesse apaixonadinho por ela. Ela, com certeza, fez chá de calcinha para ele.
Antes mesmo de Dimitri saber, eu descobri que Laura ainda estava por perto. Tentei me aproximar de todos os jeitos para fazer com que ela deixasse a cidade, mas nada de conseguir essa oportunidade. Surtei quando soube que Laura estava grávida: aquele filho deveria ser meu e de Dimitri, não dela.
Mas a oportunidade veio e de uma forma tão boa que eu não deixaria passar.
Era noite quando um imbecil qualquer saiu do meu apartamento. Tomei um banho rápido e resolvi sair. Produzi-me toda e, como sempre, estava linda. Terminei de me arrumar e joguei um beijinho pro espelho antes de sair do apartamento.
Resolvi ir a uma boate para aliviar a tensão. Mas no meio do caminho parei ao ver Laura em uma praça com aquele serzinho insignificante. Ao ver como Laura estava acabada por causa daquele ser, desistir de ter um. Parei em um canto mais afastado da praça. Eu tinha que fazer alguma coisa, era tudo ou nada.
Eu queria ter Dimitri só para mim e já sabia o que fazer para conseguir. Aquele pirralho seria minha chave mestra.
Laura estava de costas e o bebê estava um pouco afastado. Passei em sua frente como quem não quer nada, pegando o ser no colo.
– Ora, ora, olha quem eu encontrei por aqui – falei com o pirralho nos braços. Ele começou a chorar imediatamente.
– Me dê meu filho, sua louca!– Laura já era sem sal, imagine naquele momento, toda pálida. Mulherzinha mais escrota, aquela. Dimitri poderia ter encontrado uma muito melhor.
– Eu até poderia lhe devolver se ele não fosse me servir – falei debochada. – E ele até que é uma gracinha – falei lhe apertando as bochechas, mas com vontade de matá-lo.
– Me devolva ele, Karina. Você não vai ganhar nada com ele. Dimitri já não lhe foi suficiente? – ela soava desesperada.
– Na verdade não. Eu estava pensando em formar uma família com o Dimitri e, como ele já tem esse insetinho aqui, não vamos precisar de outro – disse rindo da sua cara de medo. Laura veio em minha direção, mas eu rapidamente tirei minha arma da bolsa e apontei-a para a criança. Ela parou abrupta- mente .
– Acho melhor você não chegar muito perto, a não ser que queira esse menino morto – falei.
– NÃO! Você não é louca a esse ponto! Me dê ele agora, Karina, se não...
– Se não o quê? – perguntei. – Vai ligar para Dimitri vir lhe socorrer? Acho que não será uma boa ideia – falei já me afastando dela.
– Me devolve meu filho – pediu chorando. Eu poderia dizer que partiu meu coração, mas estaria mentindo. – O que vai fazer com ele?
– No momento, nada, mas ele me será muito útil – disse andando em direção ao carro. Laura me acompanhou, mas encostei a arma no peito do inseto.
– Se você der mais um passo, eu mato ele agora - falei já com raiva, isso tinha que acabar logo. – E você nem ouse me seguir, se não o seu filhinho já era – disse entrando no carro botando o pivete dentro. Saí cantando pneu.
Aquele inseto estava me agoniando com seu choro e por pouco não dei um tapa na cara, mas respirei fundo até conseguir me imaginar em um paraíso, junto com Dimitri e, talvez, com aquele ser.
Sabia que não demoraria muito até o Dimitri me ligar, então fiz questão de meter o pé no acelerador para sair da cidade o mais rápido que pudesse. Precisava tentar achar um lugar pra ficar com o chatinho chorão.
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Encontrada por você
RomanceLaura Wolfe, 25 anos, formada em fisioterapia, estava de licença médica por conta de sua gravidez. Laura foi deixada grávida por um CEO, Dimitri Andrew, 28 anos, que a tempos a procura, para tentar se redimir da traição e tentar se aproximar de seu...