Capitulo 14 - Familia feliz

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~Dimitri~

Estava no escritório da empresa pensando em Laura, para variar. Ela me deixava louco sem fazer nada. Na noite de sexta, fiquei louco, louco pra me enterrar nela. Laura era minha perdição e aquela noite não fora diferente: quando ela revirou os olhos para mim, sabendo que eu detestava essa atitude, perdi o controle. Mas até que gostei naquele momento, porque então pude deixá-la louca e com vontade de gozar. Até a deixaria ter seu orgasmo necessitado, mas pensei melhor e, com malícia, mudei de ideia. Sim, sou um cretino, mas um cretino muito bom de cama.

Como era sábado, trabalharia até às onze da manhã, mas queria muito apressar as coisas para poder sair antes e ficar mais tempo com Laura e Theo. Estava resolvendo umas papeladas quando o telefone tocou.

– Diga, Louise – atendi com rispidez. Ela sabia que não queria ser incomodado: quanto mais rápido terminasse com os papéis, mais tempo passaria com Theo e Laura.

– Desculpe-me, senhor, mas a senhorita Hunter está aqui. Tentei convencê-la de que o senhor não pode recebê-la, mas ela insiste – falou rápido. Quando Louise falou o nome Hunter, estremeci de ódio. O que aquela mulher venenosa queria agora? Já não bastava tudo o que tinha feito?

– Tudo bem – falei. – Pode liberar sua entrada – suspirei.

Menos de um minuto depois, a porta se abriu.

– Olá, Dimitri, sentiu saudades – disse Karina. Olhei-a em silêncio. – Tudo bem? Eu senti sua falta – continuou vindo em minha direção, mas a fiz parar com um gesto de minha mão.

– O que está fazendo aqui? – perguntei. – Falei para você não me procurar mais.

– Nossa, quanta educação – disse fazendo-se de ofendida

– Fale logo o que quer, Karina, não tenho tempo para ouvir suas ladainhas.

– Muito bem, então. Eu sei que você encontrou aquela mulherzinha sem sal, sei que anda saindo com ela novamente e, pelo visto, você está bem agora. E você tem um filho, não é verdade? – falou de uma vez, fazendo cara de cínica

– Você não tem nada a ver com isso, está me entendendo? Você não tem o direito de falar da Laura – falei num tom severo.

– Na verdade, tenho sim. Creio que não esqueceu da última vez em que nos encontramos.

– É melhor você calar essa maldita boca, Karina. Eu não tenho mais nada com você. Nunca tive, na verdade – disse sério

– Pois bem. Agora vai ter, se não quiser que sua família tenha certas... decepções. Laura, principalmente, não vai gostar do que tenho. Ou você também esqueceu que eu era sua diversão quando Laura não estava presente? – no mesmo instante meu sangue parou de circular e a raiva me invadiu com força total. Por muito pouco não pulei em cima daquela cobra. Não acredito que me envolvi com esse ser insignificante. Foi errado, eu sei, mas homem não presta, não é? Naquele tempo, nem sabia que estava apaixonado por Laura. Ela era apenas mais uma para mim, mas me enganei e soube disso assim que ela me deixou.

– Você não teria coragem. Você sabe que posso acabar com você em um segundo – disse com os dentes cerrados.

– Ah, Dimitri, você não ouse me desafiar. Você sabe que adoro desafios tanto quanto você – sorriu cínica.

– Quanto você quer pra ficar calada? – Perguntei. Era a única opção para não perder Laura outra vez. Eu poderia lhe dizer a verdade, mas sei que ela iria embora novamente e eu ficaria sem rumo. Não queria ter que sentir todas aquelas sensações esmagadoras.

– Bom, no momento nada, porém não pense que continuará fácil – disse me desafiando. – Vou deixar você ficar mais um tempo com ela. Eu sei que você vai voltar para mim.

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