~Laura~
Eu não sabia fazer nada além de chorar e implorar para que Dimitri largasse Caio. Até que, por algum motivo, ele parou e me levou bruscamente do restaurante. Se tivesse sido um encontro, teria sido o pior da minha vida.
Depois de discutirmos, ele parou em uma pousada fiquei sem entender no começo. Fiquei até com medo de ele fazer alguma loucura, mas ele não era tão louco assim e, mesmo puto de raiva, vi desejo nos seus olhos quando ele me colocou sobre o ombro.
Foi uma noite perfeita como todas as outras, mas, daquela vez, parecia que fora mais que perfeita: acho que a raiva dele – misturada com a minha – fez uma explosão de tesão sair de nós dois. E no banho foi melhor ainda, calmo e sem muita pressa, aproveitamos cada momento. Mas o que é bom sempre acaba.
Mesmo não querendo admitir, eu já estava com saudades de Theo e preocupada com ele, também, mesmo que ele tivesse com Maria. Eu sabia que ela era muito boa no que fazia, mas mãe é assim, mesmo.
Assim que Dimitri estacionou o carro, fui logo saindo.
– Para que tanta pressa? Quer um terceiro round? – Dimitri riu.
– Posso pensar no seu caso – falei provocando-o. – Mas estou com saudades do meu príncipe.
– Mas você mal ficou longe dele! – ele exclamou.
– Eu sei, mas acho que não conseguiria ficar por muito tempo – falei rindo.
Assim que entramos no elevador Dimitri me prendeu contra a parede, beijando-me.
– Alguém pode aparecer – falei sem fôlego.
– Eu não resisto a você – ele respondeu beijando meu pescoço. Arfei com as mordidas leves que ele dava entre os beijos.
– Mas pode aparecer alguém, Dimitri.
– Eu não ligo – rebateu.
– Mas eu sim – e quando terminei de falar, o elevador parou em algum andar.
Rapidamente me recompus e Dimitri ficou rindo, mostrei-lhe língua e ele fechou a cara. Um casal entrou e demos boa noite como se nada tivesse acontecido segundos antes. Dimitri rosnou no meu ouvido, puxando-me para o fundo do elevador. Eu estava de costas para ele e ele não parava de se esfregar em mim. Eu já estava ficando louca, será que ele não tinha limites? Pisei no seu pé de propósito para ver se ele se aquietava, mas foi pior porque, sabendo do meu incômodo, ele enfiou a mão debaixo do meu vestido e me penetrou com um dedo. Arfei baixinho. Ele só podia estar louco, mas revidei apertando seu membro e ouvi seu gemido no meu ouvido.
– Se você continuar, vou foder você na frente desse casal e pouco me importo se eles ficarem olhando – disse firme e com a voz rouca, sexy. Fiquei sem reação.
– Ótima garota – adicionou quando parei, ainda me estimulando com os dedos. – Posso fazer você gozar aqui, se eu quiser – gemi com a possibilidade. – Mas talvez não seja uma boa ideia – terminou, tirando os dedos de dentro de mim. Gemi de desgosto e Dimitri apenas riu safado. Fechei a cara no mesmo instante e ele gargalhou.
Depois desse episódio, nada aconteceu até chegarmos em seu apartamento. Eu estava bufando de raiva. Sim, estava com raiva por ele não ter me feito gozar. Eu não ligaria se não estivéssemos a sós naquele elevador. Pervertida? Só um pouquinho.
– Eu posso fazer isso mais tarde – ele disse se agarrando a mim e abrindo a porta.
Assim que adentrei, fui logo ao quarto para ver meu pequeno. Ele parecia até um anjinho dormindo, então dei-lhe um beijo na cabeça e saí para não acordá-lo. Encontrei com Maria no corredor; ela já estava se encaminhando a porta.
– Boa noite, dona Laura – disse despedindo-se.
– Apenas Laura, Maria – ela riu. – Boa noite.
Passei na cozinha para beber um copo de água e Dimitri não estava lá. Também não estava na sala. Talvez estivesse no escritório, então me encaminhei para lá. Dimitri estava tão pensativo que nem me viu entrar. Ele estava sentado com as mãos atrás da cabeça.
– Está tudo bem? – perguntei chegando perto dele.
– Sim, acho que apenas preciso descansar – falou. Soube na mesma hora que não estava tudo bem; ele andava muito pensativo, ultimamente.
– Então vem, vamos dormir – falei não querendo insistir.
– Vamos, mas antes, venha cá – disse me estendendo a mão. Dimitri me sentou no seu colo e me beijou lentamente. Ficamos um tempinho assim, namorando.
– Agora vamos – chamei levantando-me e o puxando-o. Ainda bem que a cama de Dimitri era grande, porque o folgado do meu pequeno tomava um bom espaço. Dormimos de conchinha como da última vez, mas eu sabia que Dimitri não estava dormindo. Algo o incomodava e estava me incomodando, também. Virei de frente para ele, pegando-o de surpresa.
– Pensei que estivesse dormindo – falou.
– O que aconteceu? – Perguntei. – Você anda muito pensativo – disse acariciando seu rosto. Ele suspirou.
– Nós precisamos conversar, mas não hoje – disse me beijando. Senti que coisa boa não era.
– Tudo bem – respondi retribuindo seu beijo. – Vamos dormir.
Ele me beijou mas uma vez e eu adormeci no seu peito.
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Encontrada por você
RomanceLaura Wolfe, 25 anos, formada em fisioterapia, estava de licença médica por conta de sua gravidez. Laura foi deixada grávida por um CEO, Dimitri Andrew, 28 anos, que a tempos a procura, para tentar se redimir da traição e tentar se aproximar de seu...