Capitulo 17 - Ola vovô e vovó !!

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~Dimitri~

Sinceramente, fiquei impressionado pelo jeito como Laura estava: nervosa e suando. Ela já conhecia meus pais, mas, mesmo assim, não relaxava. Talvez o fato de ela ter ido embora e ter aparecido com um filho meu a fizera pensar que meus pais poderiam ter alguma reação contrária. Assim que estacionei o carro, Laura suspirou.

– Você sabe que não precisa ficar assim.

– Eu sei – respondeu me olhando. – Mas é impossível.

Não falei mais nada, apenas saí do carro e dei a volta para abrir a porta para ela, que estava com Theo no colo. Laura ficou paralisada, mas, segundos depois, saiu. Antes que eu pudéssemos chegar à porta, minha mãe a abriu e nos recebeu.

– Olá, meu filho. Seu pai me contou sobre Laura e... – no instante que viu Theo, parou de falar. – Eu não acredito! Ele é a sua cara, Dimitri! – Seus olhos estavam cheios dagua. – Tenho certeza que tem o gênio forte, igual ao seu!

– Pelo visto, parece que sim.

– Laura, minha querida! – Minha mãe disse, abraçando-a. – Você ficou mais linda depois que teve esse meninão!

– Obrigada, dona Cecília.

– Apenas Cecília, esqueceu? – Laura riu. – E como se chama esse menino lindo? – perguntou.

– Theodore.

– Oh, que lindo nome! O pequeno Theo – ela riu. – Será que posso...? – perguntou, fazendo um gesto na direção de Theo.

– Claro que sim! Theo, essa é a vovó Cecília – Laura disse entregando-o a ela. Minha pegou-o com um sorriso bobo no rosto. Theo deu gritinhos felizes, como se entendesse.

– Agora vamos entrar, não é, mamãe? – sugeri.

Minha mãe foi na frente, toda bobona com Theo no colo, então entrei com Laura, guiando-a pela cintura. Senti que o contato fez com que ela se arrepiasse, o que me deu uma certa satisfação.

Então, estávamos todos na sala. Mamãe fez questão de apresentar o neto para papai.

– Ele é a sua cara, Dimitri – papai disse, pegando Theo dos braços de mamãe.

– Foi o que eu disse! – ela disse.

– Só os cabelos que parecem com os de Laura. Lindos.

– Obrigada, senhor Lazar – Laura corou.

Comemos nosso almoço em paz, todos rindo das palhaçadas de Theo. Como eu era sortudo por ter um filho tão amado! Faltava apenas a mãe para completar minha felicidade: eu sabia que ainda tinha muito chão para Laura querer voltar comigo.

Passamos a tarde conversando e já era noite quando nos reunimos novamente na sala para tomarmos um bom vinho.

– Acho melhor irmos, Dimitri – disse Laura, por fim. – O Theo já está dormindo.

– Tudo b-... – fui interrompido.

– Mas tão cedo? Fiquem mais um pouco, podem deixar Theo no quarto lá em cima! Sei que vocês tem muito o que conversar – minha mãe disse. Ela estava certa, mas eu sabia que ela só dissera isso porque ela queria ficar mais um tempo com seu neto. Apenas olhei pra Laura, que deu um aceno com a cabeça.

– Certo – falei. – Mas não iremos demorar.

– Está bem – disse mamãe, rindo. – Só quero paparicar meu neto mais um pouco.

Eu e Laura fomos para o quintal, caminhando em silêncio por um tempo.

– Acho que mamãe não vai querer que Theo saia mais daqui nunca mais – comentei.

– Você tem razão – disse Laura, rindo. – Seus pais amaram o Theo. Pelo visto, ele vai ser muito mimado

– Nisso tem razão. E você sabe que não precisa ter medo, meus pais não fariam nada de ruim com vocês.

– Eu sei – suspirou. – Eles vão ser ótimos avós corujas. Depois dessa breve conversa, o silêncio reinou novamente. Fiquei admirando Laura. Como era linda! Era uma ótima mãe e sabia que seria uma ótima esposa. Pensando nisso, a culpa me tomou. Como fora cego e cretino de ter feito o que fiz com ela! Como fora burro de não ter percebido que ela era a mulher da minha vida.

Eu tinha que contar toda verdade para ela, mas não sabia como. Temia que ela fosse embora novamente. Nunca iria me perdoar se isso acontecesse novamente.

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