~Dimitri~
Puta que pariu! Laura estava me deixando louco, ainda mais depois de beijá-la como se o mundo fosse acabar. Meu membro estava prestes a sair da calça naquele momento, olhando sua bundinha redondinha enquanto ela terminava a mamadeira do nosso filho. Se não a tomasse agora, ficaria na mão mais tarde. Eu sabia que parecia um cachorro no cio, mas, fazer o quê? Era a verdade.
Acabei concordando em começar tudo novamente, só não sabia se iria cumprir. Ela ainda estava magoada com minha traição, eu sabia. Sinceramente, não lembrava de nada daquela noite, a não ser de ter acordado com Karina ao meu lado e, minutos depois, de escutar Laura me xingando de tudo quanto é nome. Karina fizera questão de abrir a porta, saíra igual uma louca e nem conseguira reagir para tentar impedi-la. Parecia que ela sabia que era Laura quem batia. Se Karina queria me ver fodido, ela conseguira.
Depois de meia hora sentados na sala em um silêncio total, escutei Theo chorar e Laura prontamente se levantou.
– Eu pego ele – disse fazendo-a se sentar novamente. Fui pegar Theo, que se acalmou quando adentrei o quarto e ele me viu.
– Meu garotão está com fome, não é? – Falei olhando para Theo e, em seguida, jogando-o para cima e aparando-o segundos depois. Suas risadinhas me deixavam todo bobo. Eu sabia que era um pai babão.
– Eu acho que a mamãe pode resolver a sua fome – disse levando Theo para Laura como se ele fosse um avião. Ele não parava de sorrir com sua falta de dentes.
– Olha o que a mamãe tem pra você! – Falou Laura apontando a mamadeira na direção de Theo que bateu palmas, como se entendesse. – Meu bebê deve estar cheio de fome, não é? – Laura pegou Theo e ajeitou-o para dar-lhe de mamar. Theo estava com tanta fome que, depois de quinze minutos, já tinha terminado e arrotado. Peguei ele nos meus braços e comecei a brincar e mimá-lo muito. Laura estava confortável no sofá nos observando. Ela devia estar cansada. Também, Theo não parava nunca! Talvez não tenha sido nada fácil ela ter criado Theo sozinha. Depois de alguns minutos, escutei um celular tocar e vi que era o da Laura assim que ela o atendeu.
– Oi, dinda! – Falou subitamente.
Quem seria dinda?, pensei. Talvez uma amiga.
– Claro que não esqueci – continuou. – Nos encontramos mais tarde então. Quatro horas, pode ser? Ótimo. – Quando escutei essa parte, meu sangue ferveu. Tinha certeza que não era amiga coisa nenhuma. Depois de minutos ela desligou e falou:
– Bom, agora que você já se divertiu com Theo, preciso ir e, se for possível, gostaria que me desse uma carona até em casa.
– Para que? Por quê? – Perguntei me fazendo de desentendido. Dali ela não ia sair.
– Eu tenho uma casa e preciso ir para a mesma – falou buscando a bolsa de Theo. – Eu tenho meus afazeres – continuou.
– Um encontro, você quer dizer – falei com frieza.
– Isso não é da sua conta – ela me encarou.
– Ah, mas é, sim.
– Não, não é. E pelo visto não vai me dar a carona, então eu pego um táxi – ela disse tirando Theo dos meus braços.
– Você não vai levar o Theo – falei sério, puxando-a pelo braço.
– Vou sim, e você trate de me soltar – ela disse, irritada.
– Não vou deixar um merdinha tocar no meu filho, muito menos em você – falei segurando-a com mais firmeza. Laura me encarou sem acreditar no que tinha dito.
– Você está me machucando – falou. Afrouxei o aperto, mas não a soltei. – E pode parar com seus ciúmes! Se fosse em outra ocasião até acharia fofo - confessou.
– Não estou com ciúmes – eu disse com firmeza, mas, por dentro, sabia que estava.
– Nem adianta mentir, Dimitri, esqueceu que já convivi com você? – Fiquei encarando-a, não tendo como contestá-la.
– Agora, tchau – ela puxou o braço, soltando-se de mim e indo em direção à saída.
– Eu posso saber com quem você vai se encontrar? – Apressei-me para postar-me à sua frente, impedindo-a de chegar à porta. Mas o que eu estou fazendo?, pensei. Só ela pra me fazer agir assim.
– Era só que faltava! – Ela falou debochada.
– Se você não disser, não vai sair – eu disse com um sorriso cínico no rosto, fazendo Laura bufar. Adoro brincar com fogo, pensei.
– Pode parar com isso e saia logo da minha frente – ela disse irritada e me empurrando. Não me mexi nem um centímetro.
– Você pode fazer melhor que isso, Laura – falei com deboche; amava ver ela toda esquentadinha.
– Não provoca, Dimitri.
– Então me diga – pedi novamente.
– Que homem mais impossível – murmurou. – Vou sair com uma amiga. Satisfeito? – perguntou fulminando-me com os olhos.
– Não, não estou – olhei-a do mesmo modo.
– Mas que merda, Dimitri! Não sei como ainda não rodei a minha mão na sua cara – bufou. – Vou sair com a Líss, madrinha de Theo. Agora já chega, né, senhor possessivo e controlador? – Ela terminou de falar com uma careta.
– Acho que sim – eu disse sorrindo. Laura estava para me comer vivo, já.
– Agora saia da minha frente.
– Vou deixar você em casa e, depois, nesse encontro – falei.
– Não mesmo! – ela disse, incrédula. – Vou pegar um taxi pra casa e eu tenho um carro, então não quero a sua ajuda .
– Você não tem que querer.
– E nem você – retrucou. – Agora, se me der licença... – Ela soava impaciente. Saí da sua frente, mas tirei Theo de seus braços.
– Dimitri, eu vou te matar – falou com o rosto todo vermelho de raiva. – Me dê o Theo agora, você está me atrasando – estava amando ver ela dar esses pitis.
– Eu preciso me despedir de meu filho, está bem? – sorri diante de sua irritação. Dei vários beijinhos no meu filhão.
– Eu mereço – escutei ela murmurar e ri internamente.
– Mas é claro que me merece – falei rindo. Ela revirou os olhos e eu fechei a cara na mesma hora.
– Você ficou tão carrancudo, agora – ela zombou, sabendo que eu detestava que revirassem os olhos para mim.
– Não começa, Laura.
– Então me devolva o Theo – pediu, então o fiz.
Laura estava chegando no corredor quando a puxei pela cintura e a virei.
– E eu não ganho um beijo? – Perguntei perto de seu ouvido. Ela estremeceu. Ela não era imune a essas coisas e eu sabia disso.
– Não, você não merece – ela respondeu me fitando com cara de paisagem.
– Só perguntei por educação – disse antes de dar-lhe um beijo demorado, fazendo ela baixar a guarda.
– Seu cretino – sussurrou e saiu.
Entrei no apartamento feito bobo, com um sorriso de orelha a orelha, pensando naquela mulher complicada, linda e de pavio curto. Eu já estava morto com Laura, pensei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Encontrada por você
RomanceLaura Wolfe, 25 anos, formada em fisioterapia, estava de licença médica por conta de sua gravidez. Laura foi deixada grávida por um CEO, Dimitri Andrew, 28 anos, que a tempos a procura, para tentar se redimir da traição e tentar se aproximar de seu...