Capítulo 36

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Pov. Laysse

Eu podia escutar um verdadeiro escândalo vindo do lado de fora do meu quarto e o doutor pediu para eu não me preocupar que tudo seria solucionado. 

Minutos depois vejo Vivian entrar no quarto com o rosto carregado de preocupação.

- "O que aconteceu lá fora?" - eu olhei para ela.

- "Foi só alguns jovens discutindo mas tudo já acabou, filha" - ela sorri.

- "Terminei, mais tarde virá o médico que está cuidando do seu caso, para dizer como anda o seu estado de saúde." - o medico disse e eu simplesmente assenti com a cabeça.

O médico saiu do quarto, alguns minutos depois entraram dois garotos e uma garota loira, e eu tive a impressão de já ter visto eles antes, só que não aonde.

- "Olá bonita, talvez você não se lembre de nós, mas costumávamos a ser seus amigos." - a menina loira disse se sentando na minha frente.

- "Quem são vocês?" - olhei para Vivian para que ela me respondesse.

- "Eles eram os seus amigos, filha."

- "Olha princesa aqui está uma foto de nós 2." - o menino com os olhos cor de avelã me mostra uma foto onde eu e ele estamos abraçados sorrindo amplamente.

Imediatamente em minha mente cruzou a imagem do menino, Fechei os olhos ao sentir uma pequena pontada na cabeça.

* - "Me chamo Alexander Gutierrez; mas pode me chamar de Alex, espero nos dar bem princesa...*

- "Alex?" - ele me olhou surpreso, aí eu percebi que todos estávamos no quarto estava me olhando assim.

- "Você se lembra de mim?" - ele perguntou surpreso.

- "Acho que sim." - eu sorri envergonhada.

- "E a mim, ou a ele?" - a garota perguntou apontando para o menino de cabelo preto e olhos castanhos.

Fechei os meus olhos tentando lembrar de algo, mas nada minha mente ainda continuava em branco.

- "Sinto muito...mas não." - digo e a garota baixou o olhar.

- "Não fique triste Gisele, se Laysse não lembra de nós então vamos ajudá-la a se lembrar." - o garoto de cabelos pretos diz e a loira assente. - "Meu nome é Lucién Johnson, você acostumava a ir nos meus shows com Alex e Gisele."

- "Eu sou Gisele O'Brien, nos conhecemos desde o ensino médio e desde então costumávamos ser melhores amigas." - a garota sorri.

- "Muito prazer, bom eu não sei o que dizer, isso é tão confuso pra mim." - eu baixo o olhar.

- "Não se pressione, minha menina. Você vai ver que com o tempo você vai se lembrar e vocês vão voltar a ser os grandes amigos que vocês 4 costumavam ser." - minha mãe sorri pra mim.

Os três passaram um bom tempo no quarto, eles ficaram tentando me fazer lembrar de todas as coisas que passamos juntos, me fizeram rir demais com as loucuras de Alex.

É sério que eu tinha amigos tão legais? Realmente não sabia, mas o tempo me ajudaria nisso.

[...]

O horário de visita havia terminado, somente uma pessoa podia ficar comigo e essa foi Vivian; minha mãe. Eram 20:27hs da noite quando outro médico entra no quarto, com uma espécie de pasta em suas mãos.

- "Boa noite senhorita Benson, como você está?"

- "Bem, eu acho." - eu sorri.

- "Bom eu vim para dar a vocês, duas notícias. Uma boa, outra ruim, mas quem terá que dizer para ela é você." - o médico diz sinalizando a Vivian.

- "Sim Doutor, mas o que a Laysse tem?"

- "A senhorita Benson tem a parte traseira do cérebro inflamada que foi ocasionada pelo golpe que recebeu ao ser atropelada e bater a cabeça no chão. Ela sofre de perda de memória temporária."

- "O que o senhor está dizendo é que a minha filha pode recuperar a memória?" - ela pergunta e o médico assente.

- "Sim senhora, mas isso não acontecerá até seu cérebro desinflame, o que pode levar meses ou anos. De todas as maneiras vamos mantê-la em observação por alguns dias, depois ela poderá continuar com a sua vida normalmente, com muita ajuda da senhora e a todos que a rodeiam."

O doutor começou a explicar melhor sobre minha situação, até que ele se retirou do quarto. Agora a vez minha mãe de me dizer, qual era a outra notícia, e dava para notar que ela estava meio nervosa.

- "Filha, eu não sei como você vai reagir a essa notícia que eu tenho para te dar, mas eu juro que vou te apoiar seja qual for a sua decisão." - ela segura as minhas mãos.

- "O que eu tenho mamãe? É algo ruim?" - pergunto preocupara e ela nega com lágrimas nos seus olhos.

- "Não filha pelo contrário, mas por causa do que aconteceu com você, as consequências podem ser realmente graves."

- "Me diz mamãe por favor!" - eu olhei para ela.

- "Filha você está...Grávida."

- "G-grávida?" - pergunto surpresa e ela assente.

- "Sim filha, mas o médico não me deu boas notícias para esse bebê. Você tem um pouco mais de 1 mês de gravidez, você poderia ter perdido ele por causa do acidente mas, por algum milagre o bebê sobreviveu, o médico me disse que se você decidir ter esse bebê, poderia ter grandes chances perder o bebê ou do bebê poder nascer problemas de saúde, como problemas cardíacos, respiratórios, má formação do cérebro, ou até mesmo com problema de locomoção. E se você não desejar isso para o seu bebê, poderia imediatamente fazer um aborto, antes que a gravidez avance mais...Só você tem direito a essa decisão." - eu olhei para ela. - "Mas ninguém tem direito de tirar a vida de um ser indefeso."

- "Farei o que for certo mamãe..."

Te Protegerei (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora