Pov. Laysse
Os paramédicos tiraram Charlie de mim e o levaram com eles diretamente para o hospital. Eu queria ir com eles mas não me permitiram devido a condição em que me encontrava. Minha mãe me abraçava fortemente sem deixar de chorar junto comigo.
De repente quando minha mãe viu que Mercedes ria de nossa dor, se separou de mim e caminhou até ela com passos decidido, quando estava bem na frente dela, escutei ela desferindo um forte tapa.
Minha mãe havia esbofeteado Mercedes.
- "Como você pode fazer isso Mercedes? COMO?" - minha mãe gritou. - "Você não sabe a dor que você está causando a minha filha...e-ela está gravida e você tentou matá-la!" - minha mãe dizia com raiva.
- "Vocês me tiraram tudo o que me pertencia...vocês foram as primeiras a começar tudo isso! Se vocês jamais tivessem aparecido, nada disso teria acontecido e o namorado de sua filha não estaria quase morrendo agora, mas todos aqui são um bando de estúpidos por tentar protegê-las!" - Mercedes dizia com raiva.
- "Você me odeia tanto assim Mercedes? Antes costumávamos ser melhores amigas...até que um homem nos separou. Você deixou nossa amizade de lado por um homem e igual a eu me deixei guiar pelo amor." - minha mãe dizia.
- "Esse homem sempre preferiu você...e eu só me meti no caminho por ciúmes, porque não tolerava que você fosse feliz ao lado de um homem como Robert, o homem que me tiraria da miséria em que eu vivia." - ela começou a ir. - "Sabe algo de mim querida Vivian? Você não foi a única que eu tentei me desfazer." - ela disse dando um sorriso meio maníaco.
- "O que você está dizendo Mercedes?" - meu perguntou franzindo o cenho.
-Me deixa te contar uma pequena história, amorzinho... Quando Vivian e eu trabalhavamos como secretárias para na estúpida empresa, eu sabia perfeitamente que você era um homem casado...a sua querida primeira esposa foi Amélia Lowell, certo? Amélia não faleceu de uma simples infecção sem cura." - ela disse e começou a rir.
- "O-o que você está dizendo?" - Bernard perguntou atônito.
- "Eu mesma matei Amélia, eu a envenenei pouco a pouco para ter o caminho livre e assim Robert olharia pra mim...ah, fui eu que também quem matou Melina." - Mercedes sorriu de lado.
- "Sua maldita bruxa! Você matou a minha mãe!" - Bernard dizia furioso em meio as lágrimas e tentou partir para cima de Mercedes mas o meu pai o segurou junto com um dos seguranças.
- "Eu também contratei Melina para que assassinasse Laysse 2 vezes." - ela disse nos deixando surpresos.
- "Como assim duas vezes? N-não estou entendendo." - minha mãe disse e Mercedes ria mais alto.
Essa mulher tem serios problemas mentais, só pode ser!
- "A primeira vez foi dentro da empresa, onde Melina tentou atirar nela, mas um outro idiota acabou entrando na frente." - ela disse revirando os olhos.
- "Joseph..." - murmurei ao lembrar dele.
- "A segunda foi do lado de fora do restaurante onde Robert confessou a ela que era o seu maldito e patético pai." - ela diz entre os dentes.
- "Você está dizendo que aquilo não foi um acidente?" - Alex perguntou estupefato e Mercedes negou.
- "Pelo contrário, foi Melina que a atropelou por ordens minhas, mas novamente a bastarda sobreviveu, só perdeu a maldita memória." - ela me olhava com raiva.
- "Levem ela daqui! Ela já disse coisas suficientes." - meu pai dizia irritado.
- "Você vai pagar por tudo o que você fez Mercedes." - ela dizia me abraçando pelos ombros.
- "Já não me importa se vou para a cadeia ou se simplesmente morro, não me importo com absolutamente nada, tudo pelo o que eu tinha perdido por causa de vocês duas." - ela disse nos olhando.
- "Por acaso você não se importa comigo, mãe? Não se importa com a dor que está me causando?" - Rachel perguntou chorando e Mercedes negou.
- "Você só foi um recsito, eu tinha que dar um filho ao Robert se não acabaria perdendo a minha fortuna mas você não serviu pra nada, acabei perdendo o meu tempo." - ela disse e o choro de Rachel aumentou por causa das palavras frias de Mercedes.
Os policiais a levaram, todos estávamos em choque por causa das confissões. Rachel não parava de chorar, as coisas que a sua mãe disse eram terríveis. Realmente as pessoas podem chegar a fazer isso por dinheiro? Por avareza?
As lembranças não para de chegar em minha mente até que comecei a me sentir atordoada, era tanta informação que eu comecei a tremer um pouco.
- "Você está bem Laysse?" - Bernard perguntou preocupado e eu assenti.
-S-Sim não se preocupe." - eu disse tremendo.
Só de lembrar o rosto de Charlie com fio de sangue escorrendo de sua boca, era horrível só de lembrar. Eu estava morrendo de medo e desespero por não ter podido fazer nada por ele.
Meus pais haviam me tomado em seus braços para me tranquilizar, eles sabiam muito bem que foi um golpe muito duro para mim.
- "C-Charlie... não...não pode morrer...não pode morrer, mamãe." - disse chorando e ela acariciava o meu cabelo enquanto eu chorava.
- "Ele não vai morrer filha. Tenho certeza de que Charlie vai sair dessa." - minha mãe dizia enquanto me reconfortava.
-Fica tranquila minha menina, ele vai ficar bem." - meu pai me abraçava fortemente.
Meus pais haviam me levado para casa para trocar de roupa pois o meu vestido estava completamente sujo de sangue, e não podia me apresentar assim no hospitale poder estar com ele nesse momento.
Cheguei em casa e troquei de roupa o mais rápido possível, minha mãe também trocou de roupa, Nós saímos juntas, eu não parava de acariciar o meu ventre, eu sei que toda essa tensão também estava afetando o bebê.
Quando chegamos ao hospital nos dirigimos imediatamente até a recepção, onde eles informaram que Charlie estava na cirurgia.
Eu estava pedindo a Deus para que Charlie sobrevivesse a isso, definitivamente eu não queria perdê-lo.
[...]
Bernard havia chegado junto com Gisele, Alex havia ficado com Rachel já que ela havia ficado muito magoada por causa das coisas que sua mãe lhe disse. Assim como eu, Rachel precisava de bastante apoio.
- "Tem alguma notícia de Charlie?" - meu irmão perguntou e eu neguei.
- "Não, temos esperado há horas e ninguém nos dá nenhuma notícia." - eu disse cabisbaixa.
- "Familiares de Charlie Collins?" - ele perguntou e eu me coloquei de pé.
- "Sou sua noiva, doutor." - eu olhei pra ele. - "Como ele está?"
- "No momento ele está na terapia intensiva, mas ele perdeu muito sangue e precisa imediatamente de uma transfusão de sangue, mas..." - ele fica calado.
- "Mas, o que aconteceu?" - eu perguntei, eu senti que os nervos me invadiam.
- "O sangue do Senhor Collins é O negativo, esse tipo de sangue está em falta aqui no hospital e é muito difícil de conseguir, se não encontrarmos alguém com o mesmo tipo de sangue dele...ele pode morrer." - ele disse e eu neguei.
- "Não...não...Charlir não pode morrer." - eu disse e a minha mãe me abraçou.
- " Eu sou O negativo, onde eu tenho que ir Doutor?" - eu olhei pra Bernard.
- "I-irmão?" - ele sorriu pra mim.
- "Não vou deixar que Charlie morra, se eu tenho a oportunidade de salvar o pai do meu sobrinho, eu farei." - ele diz e beija minha testa para depois ir com o doutor.
- "Ainda há esperança filha...Charlie precisa viver por seu bebê, por Olívia e por você, eu tenho certeza que ele não vai deixar vocês sozinhos." - minha mae dizia me abraçando.
- "Eu também não vou deixar ele sozinho mamãe, muito menos agora que eu consegui recuperar minha memória."
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Te Protegerei (Completo)
RomanceLaysse Benson é uma garota muita amada por sua mãe e amigos. Almeja poder realizar os seus sonhos, apesar de ter sido abandonada pelo seu pai é muito feliz. Será que um grande amor irá aparecer? Ela conseguirá realizar os seus sonhos? O que será que...