Te Protegerei (Completo)

Capítulo 49

Pov. Laysse

Desde que Bernard se foi para doar sangue pra Charlie, nós não voltamos a saber de mais nada e isso me desespera demais. Eu queria entrar naquele quarto para ficar com ele e nunca mais me separar.

Estar longe de Charlie faz com que eu me sinta como se estivesse morrendo lentamente, meu bebê não parava de se mexer e chutava bastante forte. Imagino que ele também esteja preocupado com seu pai. 

Já se passava de 2hs da manhã e eu estava morrendo de sono, mas não queria dormir, eu precisava ter notícias de Charlie.

- "Filha você precisa ir descansar, não parece muito bem." - minha mae disse suavemente e eu neguei.

- "Não mãe, eu quero saber como Charlie esta, não quero deixá-lo sozinho."

Minha mãe não voltou a insistir, porque ela sabe muito bem que eu sou cabeça dura, só restava esperar junto comigo.

[...]

Havia se passado uma hora e finalmente vejo o doutor vindo em nossa direção.

- "Boa noite, venho lhes informar que a operação foi um sucesso." - o médico disse e eu senti um grande alívio. - "O senhor Collins havia recebido uma bala perto do tórax, que por pouco quase perfurou o pulmão. Por ser uma região pouco delicada, ele acabou perdendo muito sangue e por isso precisamos realizar algumas transfusões de sangue, para assim retirar a bala e não ter nenhum dano. Como lhes disse anteriormente ele já se encontra fora de perigo."

- "Quando vou poder ir vê-lo?"

- "No momento não poderá vê- lo, ele precisa de descanso e por isso recomendo que venha pela manhã."

- "E o meu filho doutor?" - meu pai pergunta pelo meu irmão.

- "Ele está descansando em um quarto de por causa da quantidade de sangue que doou e ele acabou ficando um pouco fraco. Bom, agora preciso ir atender outros pacientes." - o médico diz e se retirou.

- "Vamos para casa filha você precisa descansar." - minha mãe olhou para mim e eu assenti um pouco mais tranquila.

Meu pai nos levou para casa e depois voltaria para o hospital, para nos informar caso alguma coisa acontecesse com Charlie.

Tomei uma ducha rápida e coloquei o meu pijama, e simplesmente me deitei na cama, em poucos minutos acaba pegando no sono. Estava bastante cansada esse dia foi cheio de emoções.

[...]

Pov. Charlie

Uma dor aguda começou a me incomodar na altura do peito, comecei a abrir os olhos pouco a pouco me adaptando a claridade que entrava pela janela do quarto.

A última lembrança que eu tenho, era da senhora Mercedes querendo disparar contra Vivian e Laysse, e a única coisa que eu podia fazer era protegê-las e ainda mais a minha Laysse por nosso filho.

Me lembro de gritos angustiantes e das lágrimas desoladas de Laysse e isso partia o meu coração. Jamais havia sentido tanto medo em minha vida, medo de deixar as duas mulheres mais importantes da minha vida sozinhas.

Olhei um pouco ao meu redor e sorri ternamente, ao ver Laysse dormindo no sofá com uma mão colocada em cima do seu ventre. Eu tinha tanta vontade de beijar os seus lábios e acaricia-la, mas ela está muito longe de mim.

Como se ela tivesse lido os meus pensamentos, pouco a pouco os seus olhos se abriram enquanto el bocejava um pouco e depois seus olhos pousaram mim.

- "C-Charlie?"

- "Laysse." - minha voz saiu levemente.

Laysse imediatamente ficou em pé e se lançou sobre mim chorando desolada.

- "Meu amor...você está bem... Você não sabe como eu desejava que você abrisse os seus olhos, que pronunciasse o meu nome, eu tinha tanto medo de te perder Charlie." - ela chorava sobre meu peito.

- "Calma amor estou aqui." - eu acariciava os seus cabelos. - "Eu também tive medo de te deixar sozinha junto com este bebê e Olivia, mas eu só queria te proteger, não queria que nada de mal te acontecesse." - eu acariciei sua bochecha.

- "Eu sei, isso é o que você tem feito sempre. Você tem estado comigo desde que nos conhecemos... E-Eu recuperei completamente na minha memória Charlie...lembro de quando nos conhecemos por que acidentalmente nos chocamos e eu caí de bunda no chão, ainda me lembro do seu rosto preocupado." - eu olhei para ela surpreso.

- "É sério? Você lembra de tudo?" - pergunto e ela assentiu com um sorriso no rosto.

- "Sim Charlie, eu me lembro de absolutamente de tudo e vou te dizer uma coisa." - ela me olhou com amor.

- "O que?" - eu a olhei ainda acariciando a sua bochecha.

- "Você me provou que apesar das circunstâncias, você sempre esteve aqui pra mim e eu te amo mais do que tudo, te amo com todo o meu ser, Charlie." - ela me beijou.

Uma felicidade completa invade o meu peito. Sentir os lindos lábios sobre os meus me fazia sentir realmente vivo, mais vivo do que nunca. Agora eu tinha muito mais vontade de continuar vivendo por meus filhos e por Laysse, a mulher que sem querer roubou meu coração.

Eu não podia pedir mais nada em troca, eu era feliz e sabia que Laysse sempre estará aqui para mim e ainda mais agora que estamos formando uma família juntos.