Capítulo 25

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Pov. Charlie

Eu não entendia o que havia acabado de acontecer com Laysse, parecia até brincadeira. Uma maldita  brincadeira de muito mau gosto, o pior era que eu sabia perfeitamente quem era essa pessoa de quem ela estava falando.

Cheguei em casa mais do que furioso, ainda havia lágrimas em meus olhos. Abri a porta principal de golpe e lá estava ela olhando para a mão, com um anel de noivado que era para Laysse.

- "Por que Melina? Por que você fez isso?" - eu perguntei irritado.

Melina rapidamente ficou de pé e escondeu a mão que ela havia colocado o anel atrás das costas.

- "C-Charlie, eu não sei do que você está falando!" - ela disse gaguejando, nitidamente nervosa.

- "Por Deus Melina! Você sabe muito bem do que eu estou falando!" - eu seguro o seu pulso sem medir a minha forçs e mostro o anel em seu dedo. - "VOCÊ SABE O QUE VOCÊ PROVOCOU COM ISSO, MELINA?" - eu levantei meu tom de voz.

Melina estava mais do que assustada com a minha atitude agressiva, não é pra menos, ela nunca tinha me visto nesse estado. Melina se queixava um pouco já que eu estava exercendo uma certa pressão em seu pulso, mas não estava me importando com isso.

- "Você fez com que a melhor mulher que eu conheci me deixasse Melina! SUAS MALDITAS MENTIRAS DESTRUIRAM A MINHA VIDA!" - eu gritei totalmente fora de mim.

Eu estava furioso.

Melina se soltou como pode do meu aperto e começou a chorar. Malditas lágrimas de crocodilo!

- "FOI ELA DESTRUIU A MINHA VIDA PRIMEIRO, CHARLIE! Se você jamais tivesse a conhecido, você e eu seriamos um casal perfeito."

- "Você está equivocada Melina, porque eu jamais iria me apaixonar por você! Se eu não tivesse me apaixonado pela Laysse teria sido outra, Melina! Entenda logo de uma vez, que eu não sinto nada por você!" - eu disse exasperado.

- "O que eu fiz, foi por amor Charlie, por amor a você!" - Melina tentava se aproximar mais de mim mas eu a afastei, não a queria perto. - "Por acaso você não sentiu nada por mim quando fizemos amor?"

- "Não Melina, entenda que naquele dia estava completamente bêbado e eu estava me sentindo sozinho. O que você fez foi se aproveitar disso, você sabia que eu não te amava e jamais vou te amar, porque você só me demonstrou que você não é uma mulher direita."

- "VOCÊ É UM MALDITO LIXO CHARLIE! Você me usou naquela noite para esquecer sua dor!" - ela dizia com raiva.

- "Eu sinto muito Melina, mas naquele dia eu estava me sentindo sozinho e precisava sentir o calor de alguém. Sei que eu jamais eu não devia ter feito isso, mas eu estava passando por uma dor muito grande com a perda de Hillary."

- "Eu te amo Charlie...me dê uma oportunidade de te demonstrar isso!" - ela implorou mas eu neguei.

- "Não Melina, com o que você fez hoje, você me demostrou que eu tenho que te tirar da minha vida para sempre." - ela abriu os olhos amplamente. - "Vá embora por favor Melina, essa amizade já não tem sentido, também não tem sentido você continuar aqui e muito obrigado por cuidar da Olivia durante esse tempo. Agora por favor vai embora da minha casa!" - eu disse o mais calmo possível.

Melina começou a soluçar e retirou o anel do seu dedo e me entregou.

- "Você não sabe o quanto eu te odeio Charlie e também aquela maldita. que se intrometeu entre nós" - ela disse cerrando os dentes. - "TE ODEIO!" - gritou antes de ir até a porta e sair por ela.

Praticamente me joguei no sofá cobrindo o meu rosto, eu não estava chorando pela loucura de Melina, eu estava chorando por ter perdido o amor da minha vida. Tudo por causa de uma maldita mentira, por um anel que seria para ela. Agora Laysse não queria mais saber de mim e isso me faz sentir fatal, não sei como solucionar as coisas.

Senti umas pequenas mãozinhas tocar as minhas mãos, tirei a mão do meu rosto para encontrar com lindos olhos azuis da minha filha, ela levou a mão até as minhas bochechas limpando as minhas lágrimas, e eu sorri amargamente.

- "Me desculpa papai...eu não queria que você brigasse com Laysse e com Melina por causa do anel" - minha garotinha disse com uma carinha triste.

- "Você não tem culpa minha menina, a culpa foi minha por não ter colocado limites em Melina antes." - digo limpando as minhas lágrimas. - "Me desculpe por te acordar peincesa...Quer que eu conte uma história para você dormir?"

- "Sim papai, mas eu posso dormir com você hoje? Não quero que você fique sozinho chorando. Minha professora uma vez me disse que quando a gente vê uma pessoa triste não podemos deixá-lo sozinhos, por que eles precisam de nós." -eu acariciei a sua bochecha.

- "Está bem, minha menina. Vamos dormir." - dei um pequeno sorriso.

Me levantei do sofá e peguei a mão de Olivia para irmos pro meu quarto. Sem dúvida, minha princesa é o meu remédio para a tristeza.

[...]

No dia seguinte...

Pov. Laysse

Eu tive muita dificuldade para acordar essa manhã mas eu tinha que ir trabalhar. Por isso eu me levantei da cama e fui direto para o banheiro tomar banho.

Eu estava sentindo uma dor de cabeça horrível, eu quase não consegui dormir nada essa noite.

Peguei a primeira roupa que eu encontrei no armário, que era uma calça jeans preta e uma blusa azul, coloquei uma sapatilha e deixei meu cabelo solto mesmo. Peguei minha bolsa e fui em direção ao meu trabalho.

Quando eu cheguei na empresa eu suspirei aliviada ao não ver Charlie do lado de fora como sempre estava, então com mais calma, eu entrei na empresa e cumprimentei Gisele, Lucién e Alex que estavam conversando na recepção.

Obviamente meus amigos se preocuparam quando viram a minha expressão e sem dúvida a tristeza que havia em meus olhos, apesar de ter passado maquiagem eu estava com umas olheiras horríveis.

Depois de falar com eles, eu entrei no elevador com Alex e Lucién, que também estavam indo para o seu posto de trabalho.

Me despedi deles e continuei subindo para o andar onde eu trabalho. Saí do elevador e cumprimentei a Luísa; a secretária do andar, como sempre e no corredor encontrei com Joseph, que estava saindo do seu escritório.

- "Bom dia Laysse, como você está se sentindo hoje?" - Joseph perguntou sorrindo.

- "Bom dia Joseph, eu estou bem." - dei um pequeno sorriso.

- "Não parece tão convincente, você está melhor da sua gripe?" - eu assenti.

- "Sim, estou um pouco melhor..."

Neste momento por reflexo olhei em direção ao elevador ao mesmo tempo que as portas se abriram.

Não tive tempo de reagir e nem sequer me mover, eu fiquei ali parada em choque. Só sei que Joseph havia entrado em minha frente rapidamente, no momento que só escutei dois fortes disparos e vi como o sangue saia corpo de Joseph...

Te Protegerei (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora