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Nós estávamos exatamente no local onde acabava Red Fortress e começava Yellow Mountain, já era possível ver a grama amarelada e seca do outro reino

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Nós estávamos exatamente no local onde acabava Red Fortress e começava Yellow Mountain, já era possível ver a grama amarelada e seca do outro reino. Eles viviam em um constante outono, como todos diziam; não existia nada que florescesse, de fato, naquelas terras.

No topo da árvore onde eu estava, no entanto, era possível ver a grama de outro ângulo. O tapete amarelo formava um contraste bonito com o verde do nosso lado da fronteira, e eu me peguei admirando a paisagem por tempo demais.

Hawk, sentado no tronco ao meu lado, me cutucou. Saindo do pequeno torpor em que eu me encontrava, olhei para onde ele apontava e senti o coração acelerar no minuto em que notei os homens com armaduras prateadas e detalhes em vermelho, mas foi quando vi a carruagem que pude jurar que meu órgão sairia pela boca.

Olhando para os outros três, que estavam na árvore da frente e, de certa forma, longe, fiz um sinal pedindo que eles ficassem atentos, e recebi três acenos de cabeça como resposta.

- Tem alguma coisa estranha - sussurrei.

- O quê?

- A quantidade de guardas... Não deveriam ter mais?

Reparei que, só então, Hawk percebeu que algo estava errado. Nighy era um homem precavido, ele não sairia com meia dúzia de homens.

- Será que ele acredita que você morreu? - Franzi o cenho, confusa, e ele explicou: - Quem sabe os guardas achavam que você estava escondida na cabana de Francis e morreu queimada com ele.

Balancei a cabeça, achando a situação muito suspeita.

- Red - retomou, após algum tempo. - Red, olha. - Sua mão direita se ergueu, o dedo indicador apontado para alguma coisa atrás de nós.

Minha cabeça seguiu todo o comprimento de braço até me deparar com a fileira de guardas que esperavam, pacientemente, qualquer sinal do primeiro grupo. Escondidos pela mata, eles tinham certeza que iríamos aparecer ou não andariam separados.

- É uma armadilha - murmurei, surpresa pela inteligência de Nighy. - Ele sabia que alguém viria.

- Como?

- O guarda que eu matei. - Sua cabeça se inclinou levemente, parecendo um pequeno animalzinho curioso. - Ele deveria me passar a informação, foi por isso que ninguém o procurou, Hawk, porque esse era o plano desde o início.

Voltei a sinalizar meus amigos, dessa vez dizendo que o plano, que não tinha nada de plano, estava cancelado. Os três franziram o cenho, sem entender, mas assentiram.

Esperamos até que todos esses homens tivessem virado apenas pontinhos no mar amarelo e, enfim, descemos.

- O que aconteceu? - questionou Fedore.

- Louise estava certa - avisei. - Essa realmente foi a coisa mais estúpida que eu já fiz. Terminaríamos todos mortos.

- Você está louca? - Berryan cruzou os braços, e eu me perdi por uns instantes em seus músculos. - Eram dez homens, no máximo, nós os venceríamos fácil.

- Tinha a porra de um exército atrás de nossa árvore, Titus - respondeu Hawk. - Vocês não conseguiam ver de onde estavam por causa das folhagens e porque eles estavam escondidos, mas era a porra de um exército. Seríamos aniquilados na mesma hora.

- O que a gente faz agora? - indagou Louise, sua voz ficando ainda mais fina pelo nervosismo.

- Nós vamos ter que invadir o castelo. - Dei de ombros e saí, pegando o caminho de volta ao depósito.

- Eu estava errada. Essa foi a coisa mais estúpida que a senhorita já falou - apontou a ruiva. - É impossível entrar no castelo, Alteza. Todas as passagens estão sendo vigiadas.

- Eu tenho um plano, mas vocês não vão gostar do que vão ouvir - anunciei.

- Eu tenho um plano, mas vocês não vão gostar do que vão ouvir - anunciei

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Vá para o capítulo 10.

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