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Três meses depois

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Três meses depois

Meu coração batia acelerado, a respiração estava ruidosa e desenfreada. Levei minha mão esquerda até a boca, buscando controlar o som do ar escapando, já a mão direita segurava a pesada e prateada espada. Eu havia abandonado meus vestidos, usava agora uma calça e um top que havia roubado de Fedore sem que ela soubesse. Esses trajes facilitavam na hora da fuga.

Encostei as costas no tronco da árvore atrás de mim e virei o rosto para o lado, tentando ver se estava sendo perseguida.

Não havia ninguém.

Sorri, satisfeita, mas o sorriso não durou muito tempo no meu rosto. O barulho de um galho quebrando me fez dar um pulo, olhei para a frente na mesma hora e vi a ponta da espada quase colada em minha garganta. Se eu engolisse em seco, tinha certeza, minha pele sofreria um corte da afiada arma.

Olhei nos olhos do inimigo e assisti um brilho de escárnio e vitória surgir, junto com um sorriso lateral. Sua distração me deu a oportunidade de desviar de sua espada e, em uma rapidez assustadora, eu havia empurrado suas costas, fazendo com que ele batesse com o peito na árvore e largasse a arma no chão, levantando as mãos em rendição.

Me aproximei, pegando sua espada e a jogando, junto com a minha, para longe. Agarrei seus braços e os torci em suas costas, ele gemeu de dor, e foi a minha vez de sorrir.

- Sempre convencido... - murmurei, levando minha boca até seu ouvido. - Não é à toa que está sempre perdendo para mim. - Ri ao ver sua pele se arrepiar quando passei, levemente, meus lábios em seu pescoço.

Ele conseguiu se soltar de meu aperto e nos virou, me deixando com as costas, novamente, coladas no tronco.

- Na verdade, eu deixo você ganhar. - Sorriu, com os olhos vidrados em minha boca. Inconscientemente, os umedeci com a língua e vi seu olhar se tornar faminto. - É sempre uma delícia vê-la me jogando contra uma parede, ou, nesse caso, uma árvore.

Não resisti e soltei uma risada, levando minhas mãos até seus ombros, abraçando seu pescoço. Minha cintura nua queimava com o toque de seus dedos.

Ouvimos um som alto e assustador, o que nos forçou a nos separarmos. Berryan correu até nossas espadas e, ao pegá-las, empunhou a sua enquanto me jogava a minha. A agarrei no ar, já acostumada com seu peso, e ficamos em alerta. Completamente parados.

Fechei meus olhos no intuito de aguçar minha audição, mas minha percepção quanto a todos os outros sentidos se tornou ainda mais evidente. Me tornei ciente de cada gota de suor que escorria por minha pele, a textura do cabo da espada contra a palma de minha mão me causava um sentimento familiar de segurança, mas o mais importante: fui capaz de sentir o cheiro de fumaça.

Algo estava queimando.

- Cassie! Titus! - Abri os olhos de imediato.

Louise estava uma bagunça. Seus cabelos eram uma confusão laranja, a pele avermelhada pela corrida e os olhos arregalados em medo; o que nos trouxe a confirmação de que alguma coisa errada estava acontecendo.

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