#12

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- como está, querida...? - Luka e as meninas me encontram no corredor.

- estou bem - sorrio - foi só um susto - explico.

- estaremos na biblioteca - Dinah diz dócil - sabe onde nos encontrar.

- é claro - suspiro - mas hoje não estou muito afim de livros.

- quem é você e o que fez com a nossa Safira - Sarah me olha torto - está doente?

- é claro que não - Luka ri - Safira tem novas distrações - Luka me olha malicioso.

- não sei do que está falando... - sinto minhas bochechas esquentarem, merda... eu estava corando.

- aliás, vocês viram Nate hoje? - Dinah me olha com os olhos semi cerrados - você e ele tem ficado bem próximos não é?.

- eu e Nate? - gargalho - é claro que não.

Digamos que é mais uma tensão sexual.

- eu vi vocês dois bem próximos no baile da Lua - ela retruca com humor - vamos, Safira... não se faça de difícil - ela ri.

- vocês estão com a imaginação fértil demais - rolo os olhos - eu já os encontro na biblioteca, está bem assim?! - me dou por vencida.

- fala sério... você está caidinha por ele! - Sarah fala eufórica.

- nos vemos logo - Luka fala rindo e arrasta Sarah e Dinah para longe.

Finalmente!

Assinto e paro na frente da porta da grande sala. Eu escuto vozes.

- é evidente que nossos jovens estão próximos - era a voz do pai de Nate.

- e é por isso que eu te chamei - Daniel parece furioso.

- algum problema, supremo? - o pai de Nate demonstra uma certa irritação.

- acho melhor se acalmar alfa, creio que não está nos seus planos uma confusão agora - Heitor se menciona.

- afaste-os - Daniel ordena.

- mas, por que? - ele pergunta.

- sua fama não o deixa com boa impressão, como posso deixar minha irmã perto do seu filho? - Daniel explica.

- alfa, eu...- o pai de Nate é interrompido.

- não me interrompa! - ele rosna - como eu ia dizendo, estava estudando da vida de Nate, e me pergunto, o porque sua falecida mulher teve tantas complicações em sua gravidez, e é claro, o porque Nate foi criado durante seis anos em uma pequena cabana no meio da floresta, com uma babá, e depois retornou aos seus cuidados - ele explica.

- meu passado não envolve meu filho, alfa. Minha fama não anda agarrada ao Nate - ele se defende.

Corro ao encontro de Nate, que por céus, eu espero que esteja em seu quarto.

(...)

- Nate! - bato na porta freneticamente, olhando para os lados rezando para que ninguém aparecesse no corredor.

Assim que ele abre, sua expressão é um misto de surpresa com dúvida.

- Safira, o que voc...- o interrompo entrando no quarto e trancando a porta atrás de mim.

- eu preciso te contar algo! - falo direta, e trato de contar a ele o que eu escutei na sala de jantar.

- era questão de tempo até Daniel perceber - ele diz aparentemente com raiva.

- sim e... - paro olhando para uma grande jarra de sangue na cabeceira de sua cama.

O que essas bolsas de sangue estão fazendo aqui?

Dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora