Alguns meses depois...
Quando Henri assumiu o seu lugar como líder, ele e Daniel firmaram uma união. Porém, regras foram feitas, como por exemplo nada de sangue outros seres, somente sangue animal.
Meses de paz foram ficando cada vez mais, e a guerra foi finalmente encerrada. Desta vez, não com os vampiros mortos, mas fazendo parte do nosso cotidiano. É fato que infelizmente não conseguimos manter a paz com alguns deles. O pai e alguns outros influentes de Nate foram sentenciados e enforcados. Mas como Henri disse, nem todos são assim.
Depois de algumas semanas de repouso e muito cuidado, Heitor e Dinah estavam recuperados(ou quase).Alguns de nós ainda não conseguiram se acostumar com vampiros andando livremente na aldeia, o que vem gerando algumas confusões, de fato ninguém se acostumou.
Henri ficou com um território grande e confortável para que eles consigam "recomeçar"... sem ter que morar nas ruínas de seu antigo castelo, ou se escondendo por medo da morte.Ahh e sobre o meu aniversário? Bom... meus amigos fizeram uma comemoração surpresa, e foi o bastante, já que a bagunça da guerra ainda não tinha sido desfeita.
As bandeiras de luto ficaram erguidas por mais ou menos um mês. Em uma guerra, independentemente de quem ganhe, sempre temos perdas.- Sah...? - Henri menciona o meu nome adentrando na biblioteca.
- estou aqui - digo fechando o livro em que estava escrevendo.
- estava lendo? - ele pergunta sentando na poltrona a minha frente.
- escrevendo, na verdade - respondo sorrindo.
- não sabia que você escrevia - ele me olha de canto - posso ver?.
- talvez um dia eu te mostre - dou uma risada baixa.
- eu queria te propor algo...- ele diz.
- o que seria? - pergunto curiosa.
- vamos até o jardim - ele sorri.
- você vai mesmo me fazer levantar dessa poltrona fofa? - pergunto com preguiça.
- se quiser saber...- ele diz.
- hmm... atiçando a minha curiosidade. Truque de mestre - dou uma piscadela me levantando.
(...)
- eu queria te perguntar uma coisa - ele diz passando as mãos pelos bolsos.
- diga, Henri - tendo dizer calma, imaginando o que poderia ser.
- eu quero que seja minha, Safira. Quero que seja finalmente minha - ele diz tirando um anel do bolso.
Meu coração vai a mil de um segundo para o outro.
- Henri eu...- fico sem palavras admirando a jóia em minha frente.
- bom... Daniel autorizou, mas acho que Heitor me odeia mais ainda - ele ri nervoso.
- sim! - digo sorrindo.
- céus, que bom...- ele suspira aliviado e me beija.
Ergo a mão e Henri coloca o anel, que parecia ter sido feito para mim.
Simplesmente lindo.- eu te amo - ele sussurra.
- eu também amo você...- digo sentindo o vazio dentro de mim, começar a cicatrizar.
(...)
Alguns anos depois...
- continua a história, mãe - Alice implora sentada em sua cama abraçando um de seus vários ursinhos.
- minha filha, está muito tarde - digo sentindo os meus olhos pesarem.
- mamãe...- Alice choraminga.
- mas tenho algo que você vai gostar - sorrio.
Dou a elea um livro que escrevi a muitos anos atrás, quando a guerra entre vampiros e lobisomens estava no começo, e principalmente... quando conheci Henri.
- espera... isso é o que eu estou pensando? - ela pergunta ansiosa.
- sim... mas tome muito cuidado, tenho muito amor por esse livro - explico dando o livro a ela.
Alice já tem dez anos, então já consegue ler sem problemas.
- mas mãe, o livro não tem título - ela diz virando o livro e procurando o título.
- dê a ele um título então, querida - digo passando a mão em seus cachos loiros.
- dois mundos - ela diz olhando para o livro, e então sorri.
- eu adorei, querida - sorrio beijando o topo de sua cabeça.
Fim.
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Dois mundos
WerewolfA milhares de anos atrás, desde a nossa existência, um mundo sobrenatural esteve em grande conflito. Talvez por territórios, poder, força... Tendo a sua maior praga, os vampiros.Medidas teriam que ser tomadas, mas quais seriam elas? O alfa, então...