#32

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Alguns meses depois...

Quando Henri assumiu o seu lugar como líder, ele e Daniel firmaram uma união. Porém, regras foram feitas, como por exemplo nada de sangue outros seres, somente sangue animal.
Meses de paz foram ficando cada vez mais, e a guerra foi finalmente encerrada. Desta vez, não com os vampiros mortos, mas fazendo parte do nosso cotidiano. É fato que infelizmente não conseguimos manter a paz com alguns deles. O pai e alguns outros influentes de Nate foram sentenciados e enforcados. Mas como Henri disse, nem todos são assim.
Depois de algumas semanas de repouso e muito cuidado, Heitor e Dinah estavam recuperados(ou quase).

Alguns de nós ainda não conseguiram se acostumar com vampiros andando livremente na aldeia, o que vem gerando algumas confusões, de fato ninguém se acostumou.
Henri ficou com um território grande e confortável para que eles consigam "recomeçar"... sem ter que morar nas ruínas de seu antigo castelo, ou se escondendo por medo da morte.

Ahh e sobre o meu aniversário? Bom... meus amigos fizeram uma comemoração surpresa, e foi o bastante, já que a bagunça da guerra ainda não tinha sido desfeita.
As bandeiras de luto ficaram erguidas por mais ou menos um mês. Em uma guerra, independentemente de quem ganhe, sempre temos perdas.

- Sah...? - Henri menciona o meu nome adentrando na biblioteca.

- estou aqui - digo fechando o livro em que estava escrevendo.

- estava lendo? - ele pergunta sentando na poltrona a minha frente.

- escrevendo, na verdade - respondo sorrindo.

- não sabia que você escrevia - ele me olha de canto - posso ver?.

- talvez um dia eu te mostre - dou uma risada baixa.

- eu queria te propor algo...- ele diz.

- o que seria? - pergunto curiosa.

- vamos até o jardim - ele sorri.

- você vai mesmo me fazer levantar dessa poltrona fofa? - pergunto com preguiça.

- se quiser saber...- ele diz.

- hmm... atiçando a minha curiosidade. Truque de mestre - dou uma piscadela me levantando.

(...)

- eu queria te perguntar uma coisa - ele diz passando as mãos pelos bolsos.

- diga, Henri - tendo dizer calma, imaginando o que poderia ser.

- eu quero que seja minha, Safira. Quero que seja finalmente minha - ele diz tirando um anel do bolso.

Meu coração vai a mil de um segundo para o outro.

- Henri eu...- fico sem palavras admirando a jóia em minha frente.

- bom... Daniel autorizou, mas acho que Heitor me odeia mais ainda - ele ri nervoso.

- sim! - digo sorrindo.

- céus, que bom...- ele suspira aliviado e me beija.

Ergo a mão e Henri coloca o anel, que parecia ter sido feito para mim.
Simplesmente lindo.

- eu te amo - ele sussurra.

- eu também amo você...- digo sentindo o vazio dentro de mim, começar a cicatrizar.

(...)

Alguns anos depois...

- continua a história, mãe - Alice implora sentada em sua cama abraçando um de seus vários ursinhos.

- minha filha, está muito tarde - digo sentindo os meus olhos pesarem.

- mamãe...- Alice choraminga.

- mas tenho algo que você vai gostar - sorrio.

Dou a elea um livro que escrevi a muitos anos atrás, quando a guerra entre vampiros e lobisomens estava no começo, e principalmente... quando conheci Henri.

- espera... isso é o que eu estou pensando? - ela pergunta ansiosa.

- sim... mas tome muito cuidado, tenho muito amor por esse livro - explico dando o livro a ela.

Alice já tem dez anos, então já consegue ler sem problemas.

- mas mãe, o livro não tem título - ela diz virando o livro e procurando o título.

- dê a ele um título então, querida - digo passando a mão em seus cachos loiros.

- dois mundos - ela diz olhando para o livro, e então sorri.

- eu adorei, querida - sorrio beijando o topo de sua cabeça.

Fim.

Dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora