Eu preciso arranjar alguma maneira de sair desta maldita casa.
Ok respira.
Nas aulas de sobrevivência, Daniel sempre nos disse para olharmos o ambiente e tirar dele o máximo possível. Mas francamente, não tem nada de importante aqui!. Quer dizer... como uma lareira empoeirada, uma estante de livros que eu nunca nem vi, e cabeceiras iriam me salvar?!.
Me revolto por completo e começo a me mexer na cama. Escuto barulhos do lado de fora da casa.
- Nate?! - grito - é você?! - completo.
Seja o que for, quebrou a janela de algum cômodo, e estava a andar pela casa.
- quem esta aí?! - pergunto trêmula- socorro!! - grito.
A maçaneta da porta é forçada. Certamente não era Nate, porque o desgraçado trancou a porta.
Como pude me aproximar de alguém tão... tão podre!.Eu devia ter escutado meus irmãos.
Logo escuto um grande barulho atrás da porta, não demorou muito para que ela caísse, levantando uma grande quantidade de poeira.
- quem está aí?- pergunto tossindo.
- vejo que se encontra em uma situação nada agradável - uma voz masculina diz se aproximando.
- o que você é...?! - pergunto tentando me esticar.
- o que acha que eu sou?! - ele pergunta divertido com a situação.
- eu não... - paro ao ver seus olhos mudarem de cor, agora são um vermelho vivo.
Vampiro.
- não... não! - grito.
- você esta longe demais para ser ouvida - ele se aproxima, tirando o capuz.
- por favor... não me mate! - imploro sentindo uma lágrima quente descer pelo canto do meu olho.
- ah por favor... não implore, acredite esse cenário não é nada bonito - ele ri com deboche.
- o que vai fazer? - pergunto temerosa.
- a princípio exigir um pedido de desculpas- ele bota a mão no peito como se estivesse ofendido - por que acha que eu gosto de sangue de lobo? Francamente, é amargo e nojento- ele ri.
Ele sabe.
- já que não irá fazer nada... por favor me liberte- tento parecer firme.
- na verdade... eu poderia te levar até o meu líder, e ser aceito de novo em meu clã- ele coça o queixo.
- não! Por favor!!. Vão me matar!- me desespero.
- ah relaxa, nossa como você é desesperada - ele revira os olhos.
- então me tira logo daqui! - peço novamente.
- afinal, como você veio parar aqui? - ele pergunta cruzando os braços.
- meu namorado... - faço uma pausa - ex namorado me amarrou aqui para possívelmente dar o bote em meus irmãos - digo amarga.
- uau... tô vendo que você gosta de caras com um toque aventureiro louco - ele ri.
- por favor, eu preciso voltar para casa- digo com preocupação.
- agora?. Duvido que consiga, está uma tempestade muito grande lá fora - ele se aproxima da porta.
- tempestade? - pergunto olhando pelas brechas da janela do quarto. Se elas não tivessem grades eu poderia tentar fugir.
- em 3...2...1... - ele cruza os braços, e neste exato momento, escuto um barulho de trovão.
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Dois mundos
LobisomemA milhares de anos atrás, desde a nossa existência, um mundo sobrenatural esteve em grande conflito. Talvez por territórios, poder, força... Tendo a sua maior praga, os vampiros.Medidas teriam que ser tomadas, mas quais seriam elas? O alfa, então...