#22

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É como se eu sentisse necessidade daquele beijo. Não sei o que está acontecendo comigo ultimamente, mas estou adorando essa sensação.
Terminamos o beijo com dois selinhos, deixando-o mais perfeito ainda.

- obrigado - ele diz com um sorriso de lado.

- pelo o que...? - pergunto colocando uma mecha do meu cabelo para trás da orelha.

- por matar a vontade que eu estava de fazer isso - ele diz e o sorriso em seus lábios cresce mais.

Deusa me ajude...

- uma parte de mim já sabia que isso aconteceria - rio baixo.

- que bom... porque eu quero replay - ele diz se aproximando mais e me beijando novamente.

No meio do beijo, guardas entram com tudo na estufa, fazendo a porta bater na parede.

- estamos sendo atacados! O alfa mandou que a senhora fosse escoltada até uma das passagens do castelo - ele diz rapidamente.

Henri me olha assustado e levanta rápido,me puxando consigo.

-onde o alfa está? - Henri pergunta sério.

-na sala do trono, ele está a sua espera - o segundo guarda diz.

Neste momento, me separo de Henri, enquanto guardas me levam para um possível lugar seguro.

A guerra começou...

(...)

Já dentro do castelo, os guardas me trancam dentro da sala do trono.

- Safira! - Heitor surge do nada.

- Heitor! Onde está Daniel? - corro até ele preocupada.

- está lá fora, ele me pediu para eu te colocar em um lugar seguro - ele me puxa para uma pequena porta, que fica escondida atrás de uma grande tapeçaria. Ela não tinha maçaneta, mas tinha uma espécie de botão na parede, onde ele ficava perfeitamente camuflado.

- siga este corredor até o final, irá dar em uma salinha - ele diz me dando um lampião.

- mas e vocês? - pergunto segurando a sua manga.

- iremos ficar bem - ele me abraça forte e beija o topo de minha cabeça.

- eu os amo - digo com lágrimas dos olhos.

- também te amamos - ele diz antes de fechar a porta.

Escuto um estrondo grande por trás da porta, o que faz o meu coração apertar. Puxo o ar com força, e sigo até o fim do corredor com meu coração em prantos.

(...)

No final do corredor, tem mais uma porta, porém mais pesada. Atrás desta, se encontrava um amplo quarto, com mantimentos e um banheiro.
Parece que meus irmãos pensaram em tudo... é como se eles esperassem por esta guerra.

Como será que Henri está, e os meus amigos...?

Tento manter a minha mente intacta, sem pensar no pior. Temos o mundo sobrenatural todo conosco, eles certamente não tem a menor chance.

(...)

_________ Algumas horas depois ________

Escuto o ranger da porta sendo aberta, no fim do corredor. Pego uma madeira grossa, que tinha jogada em um canto, e me posiciono atrás da porta.

- Safira...? - era a voz de Heitor.

- Heitor! - digo aliviada indo abraça-lo .

- você está bem? - ele pergunta.

Dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora