- não precisa, é só alguns roxos - digo olhando os meus pulsos.
- mesmo assim... ele fez isso com você - Henri se enfurece.
- Henri... ele vai ser castigado - toco o seu braço,sentindo ele ficar mais relaxado.
- eu deveria ter chegado antes...- ele olha ao redor.
Alguns móveis estavam bagunçados,e alguns porta retratos quebrados.
Vou até o porta retrato que estava em minha cabeceira, e o pego do chão. O vidro estava quebrado, mas a foto estava intacta.
- seu pai...? - ele pergunta.
- sim...- digo passando a mão na fotografia.
- você tem os cabelos dele - ele sorri.
- por sorte herdei muitas coisas dele - sorrio olhando pra foto, e a colocando de volta em seu lugar.
Mais tarde eu providenciaria um novo porta retrato.- vem... já que a senhorita não quer ir a enfermaria, vamos tentar arrumar esse quarto - ele ri.
- bom... tirando o fato de que não podemos consertar os móveis que vocês quebraram, só podemos recolher algumas coisas do chão - digo me abaixando e pegando alguns livros jogados.
Tadinho do meu quarto... serviu de zona de guerra.
- ok... não sou muito bom no quesito "organização". Mas vamos tentar...- ele explica colocando as mãos na cintura e olhando em volta.
- não exagere - digo.
- nem estou exagerando... meu quarto era um chiqueirinho -ele diz coçando a cabeça e rindo.
- que nojo, Henri - digo entortando a cara.
(...)
Depois de alguns minutos recolhendo coisas do chão e tentando arrumar o quarto. Os empregados se encarregaram do resto. Logo, um marceneiro chegou para tentar arrumar os móveis ou providenciar novos iguais.
- obrigada pela ajuda, Henri - digo.
- não por isso - ele sorri.
- senhora...-um guarda para em nossa frente- o alfa solicita a presença de todos no grande salão.
- ele vai fazer um discurso - digo com desânimo.
- anime-se! Não é todo dia que o nosso querido alfa faz um discurso - Henri fala tentando me passar ânimo.
- aff...- bufo.
Henri vai para atrás de mim e empurra os meus ombros, me fazendo andar sem vontade.
(...)
Depois do longo discurso sobre confiança e lealdade ao alfa, Daniel comentou sobre a segurança do castelo e sobre a presença de Henri. Ele deixou bem claro que não quer nenhum arranhão sequer em Henri.
O olhar feio dos alfas para o vampiro era evidente, mas francamente? A calma e serenidade de Henri me causavam inveja. Eu no lugar dele já estaria olhando para todos com o meu famoso "olhar irônico". Acho que é por isso que muitas lobas do castelo não gostam de mim...
Quer dizer, não é como se eu ficasse me sentindo mal por estar olhando para a pessoa da mesma forma que ela me olha.Rsrs...
- seu irmão não parece notar que saímos... - Henri pergunta ao meu lado sem olhar para mim. Parecendo que estava prestando atenção no discurso de Daniel.
- com esse ocorrido, ele teria coisas mais importantes para se preocupar - explico falando baixo.
- Heitor vindo em nossa direção em 3..2..- ele para de contar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dois mundos
WerewolfA milhares de anos atrás, desde a nossa existência, um mundo sobrenatural esteve em grande conflito. Talvez por territórios, poder, força... Tendo a sua maior praga, os vampiros.Medidas teriam que ser tomadas, mas quais seriam elas? O alfa, então...