#14

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Assim que me vejo Nate sumir das minhas vistas, saio do quarto como se nada tivesse acontecido. Ao andar tediosamente pelos corredores, encontro Luka e as meninas em uma mesa no jardim.

- oi sumida - Sarah cumprimenta sorridente.

- estava meio ocupada - rio.

- estávamos tentando entender porque o guarda não quer mais olhar na cara da Dinah - Sarah comenta.

- não seja indelicada, Sarah - Luka dá um tapinha em seu braço.

- mas... o que houve? - pergunto me sentando.

- ele anda meio estranho, disse que não sente mais nada - Dinah comenta cabisbaixa.

- mas e aquele beta lindo que o seu pai te apresentou? - Luka comenta esperançoso.

- ele é sem graça - ela revira os olhos.

- já parou para pensar que o seu pai pode ter alguma participação nisto? -  digo fazendo todos ficarem em silêncio.

- meu pai jamais faria isso - Dinah se mostra incomodada.

- sinto muito Dih, mas Safira pode ter razão - Sarah comenta.

- quer dizer, por que do nada ele iria parar de te procurar. Certo Luka? - pergunto.

- eu proponho uma caça ao tesouro - Luka diz se levantando da cadeira.

- não é hora de jogos, Luka! - Dinah diz com a voz abafada por estar com as mãos no rosto.

- o tesouro seria a verdade, suas tontas! - ele diz como se fosse óbvio.

- o que faremos...? Seguir o pai de Dinah pelo castelo...? - Sarah diz irônica.

- exatamente - Luka diz sorridente.

- está de brincadeira, né? -  pergunto sem acreditar.

- me parece bom! - Dinah diz com certeza.

- por que não passamos uma tarde normal como adolescentes normais? - choramingo sendo arrastada por Luka.

- porque não somos normais, bobinha - ele ri.

(...)

Seguimos o pai de Dinah por quase todo o castelo, ainda tenho minhas dúvidas de que ele notou que estava sendo seguido. Passando por um corredor, me separo dos meus amigos, pois uma voz familiar me chama a atenção. Me aproximo da porta entreaberta, e continuo a ouvir.

- não se preocupe, em breve teremos o que tanto almejamos - Nate dizia a alguém.

- o alfa morto - o pai dele responde com um sorriso diabólico.

Fico estática, meu coração batia tão forte, que acho que era possível escutar sua frequência.

Nate olha para mim, e sua expressão muda. Dando espaço para uma somente de desespero.

- Safira! - ele se aproxima em passos largos.

Antes que ele chegue perto demais, me afasto. E assim, corro pelo grande corredor.

- pegue-a! - o pai de Nate vocifera ao ver o filho imóvel.

- Luk... - Nate tapa a minha boca antes que eu consiga gritar.

Onde estão os guardas?!

Começo a me debater nos braços de Nate, mas parece que os meus simples socos, não chegam a fazer nem cócegas nele.

- ela ouviu demais! - o pai dele diz aparentemente irritado.

Nate apenas balança a cabeça, como se quem já soubesse o que fazer.

Dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora