Assim que me vejo Nate sumir das minhas vistas, saio do quarto como se nada tivesse acontecido. Ao andar tediosamente pelos corredores, encontro Luka e as meninas em uma mesa no jardim.
- oi sumida - Sarah cumprimenta sorridente.
- estava meio ocupada - rio.
- estávamos tentando entender porque o guarda não quer mais olhar na cara da Dinah - Sarah comenta.
- não seja indelicada, Sarah - Luka dá um tapinha em seu braço.
- mas... o que houve? - pergunto me sentando.
- ele anda meio estranho, disse que não sente mais nada - Dinah comenta cabisbaixa.
- mas e aquele beta lindo que o seu pai te apresentou? - Luka comenta esperançoso.
- ele é sem graça - ela revira os olhos.
- já parou para pensar que o seu pai pode ter alguma participação nisto? - digo fazendo todos ficarem em silêncio.
- meu pai jamais faria isso - Dinah se mostra incomodada.
- sinto muito Dih, mas Safira pode ter razão - Sarah comenta.
- quer dizer, por que do nada ele iria parar de te procurar. Certo Luka? - pergunto.
- eu proponho uma caça ao tesouro - Luka diz se levantando da cadeira.
- não é hora de jogos, Luka! - Dinah diz com a voz abafada por estar com as mãos no rosto.
- o tesouro seria a verdade, suas tontas! - ele diz como se fosse óbvio.
- o que faremos...? Seguir o pai de Dinah pelo castelo...? - Sarah diz irônica.
- exatamente - Luka diz sorridente.
- está de brincadeira, né? - pergunto sem acreditar.
- me parece bom! - Dinah diz com certeza.
- por que não passamos uma tarde normal como adolescentes normais? - choramingo sendo arrastada por Luka.
- porque não somos normais, bobinha - ele ri.
(...)
Seguimos o pai de Dinah por quase todo o castelo, ainda tenho minhas dúvidas de que ele notou que estava sendo seguido. Passando por um corredor, me separo dos meus amigos, pois uma voz familiar me chama a atenção. Me aproximo da porta entreaberta, e continuo a ouvir.
- não se preocupe, em breve teremos o que tanto almejamos - Nate dizia a alguém.
- o alfa morto - o pai dele responde com um sorriso diabólico.
Fico estática, meu coração batia tão forte, que acho que era possível escutar sua frequência.
Nate olha para mim, e sua expressão muda. Dando espaço para uma somente de desespero.
- Safira! - ele se aproxima em passos largos.
Antes que ele chegue perto demais, me afasto. E assim, corro pelo grande corredor.
- pegue-a! - o pai de Nate vocifera ao ver o filho imóvel.
- Luk... - Nate tapa a minha boca antes que eu consiga gritar.
Onde estão os guardas?!
Começo a me debater nos braços de Nate, mas parece que os meus simples socos, não chegam a fazer nem cócegas nele.
- ela ouviu demais! - o pai dele diz aparentemente irritado.
Nate apenas balança a cabeça, como se quem já soubesse o que fazer.
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Dois mundos
LobisomemA milhares de anos atrás, desde a nossa existência, um mundo sobrenatural esteve em grande conflito. Talvez por territórios, poder, força... Tendo a sua maior praga, os vampiros.Medidas teriam que ser tomadas, mas quais seriam elas? O alfa, então...