𝕜𝕚𝕤𝕤 𝕞𝕖 𑁍 Fack

Clube

P.O.V Finn Wolfhard

- De onde você conhece a Millie? - Pergunta Jack, andando do meu lado.

- Crescemos juntos. Éramos muito muito amigos, quer dizer, ainda somos.

- Mas ela é toda certinha.

- Tem certeza? - Sorrio ao lembrar da nossa competição de arrotos.

- Bom, pelo menos é o que me dizem. - Viramos a direita. - Nunca falei com ela. Está no terceiro, eu no segundo.

- Mas deveria. Ela é muito legal, sério. - Ele me olha.

- Jura?

- Não. Acho melhor você passar bem longe dela. - Escuto sua risada. - Quanto é o terno?

- Já disse que é de presente, Tyler.

- Mas eu quero saber quanto é.

- Mil e poucos, mas eu pago.

- Jesus, que bom que você tá me pagando então. - Ele ri e paramos na frente de uma puta casa gigante. - Por favor, me fala que não mora aqui. - Sorrio, encantado.

- Tá, se quiser não digo. - Diz colocando uma senha. Tento não olhar, o que "Finn" faria.

Olho em volta e vejo quatro carros na garagem, jardins muito bem cuidados e alguns empregados dentro da casa.

Entramos e eu olho em volta. Porra... Era uma das casas mais bonitas que eu já vi em toda a minha vida. Muitos objetos parecendo bem caros...

♯

- O que achou? - Viro de frente pra Jack, que sorria me olhando.

O homem que me ajudava com o paletó se distância para que eu conseguisse me ver no espelho.

Faço uma pose, o que o faz rir.

- Ficou perfeito em você. - Faço mais uma pose, o menor sorri e vem até mim, ajeitando minha gravata.

Olho ele fazer isso, me lembrando de algo.

[FlashBack On]

O garçom me estende uma bebida. Olho pra ele confuso.

- Eu não pedi isso. - Aponto.

- Alguém pediu. - Olho pro lado, vendo um menino sorrindo pra mim.

Um sorriso bobo se forma no meu rosto. Olho pro garçom.

- Qual a coisa mais nojenta que vocês tem?

♯

- Polvo? - O cara que pagou minha bebida estava com um prato nojento em suas mãos.

- Lula. - Ele sorri e se senta do meu lado, deixando aquela coisa que fedia em cima do balcão.

A balada já estava esvaziando.

- Qual seu nome? - Pergunta.

- Zack. - Respondo. - E o seu?

- Noah. - Noah estende a mão pra mim.

Eu olho pra ela e depois pra ele, ignorando-a.

- Tá, você não gosta de apertos de mão.

- Não mesmo. - Viro pra frente, mexendo minha bebida.

- Você bebeu a batida?

- Não. Não gosto de maracujá.

- Ah. - Sua face estava triste. Fui muito chato? - Você... Eu nunca vi você aqui antes. É novo na cidade?

- Talvez. - Ele bufa.

- Misterioso você, huh? - Reviro os olhos e sorrio de lado. - Quer dançar?

- Desculpa, mas eu não gosto.

- De dançar ou de homens?

- Eu normalmente não gosto de nada. - Olho pra ele, que ri.

- Gosto de você. É engraçado. - Olho pra sua mão, reparando uma tatuagem de "X".

- Uma música só.

- Legal... - Sorri animado, me puxando.

Levanto e fomos até mais à frente.

Eu nunca tive certeza da minha sexualidade, mas hoje eu sei que eu não tenho. Como eu disse, não gosto de nada.

Dançamos bastante, passando de só uma música. Uma hora, ele apenas me puxa pela gravata e me beija intensamente. Seguro sua cintura, o empurrando e separando de mim.

Noah me olha sorrindo fraco. Eu penso sobre isso, logo junto nossos lábios de novo.

[FlashBack Off]

- Pronto. Melhor. - Sorrio, voltando à realidade - Obrigado, Victor. - O velho sorri e sai do quarto.

- Eu até que não fiquei tão ruim. - Me olho no espelho, endireitando minha coluna para que eu conseguisse ver direito.

Jack encosta sua cabeça em meu braço, me fazendo ficar mais uma vez com aquele frio na barriga. Pelo reflexo, percebia que ele olhava para a minha roupa, sorrindo pequeno. Acabo sorrindo também quando nossos olhares se encontram.