Restaurant

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P.O.V Finn Wolfhard

Olhava pra prateleira do mercado escolhendo o que levaria quando sinto algo no meu pé. Era uma bolinha vermelha. A pego e a encaro confuso.

Escuto barulhos vindo do meu lado. Era um menininho de mais ou menos sete anos correndo sorrindo. Deve ser dele. Quando o menor percebe que eu estava com sua bola, ele me olha triste.

- Aqui... - Abaixo e o entrego.

Ele sorri, pega e sai. Nunca gostei de crianças, mas isso foi diferente. Normalmente eu estouraria a bolinha.

- Então decidiu ficar?

- É... Mais ou menos.

Consigo me esconder da polícia por mais um pouco. Eu espero pelo menos.

- Já sei: por que não vamos num restaurante mexicano que abriu aqui perto?

- Mexicano?

- É, parece ser bom. - Um encontro?

- Claro, ok. Te vejo lá as 19:00?

- Com certeza! - Parecia animado. - E eu mesmo preciso ir agora.

- Tchau, Jackie... - Sorrio pro nada.

- Tchau Tyler. Te amo. - Parece ter soltado a última parte sem querer.

- O que? - Pergunto confuso.

- N-Nada! Desculpa, não foi a intenção.

- Tudo bem, eu acho...

- Tchau, te vejo depois! - Desliga desesperado.

Me sento na cadeira acolchoada, esperando o mesmo. Brincava com meus dedos. O que eu vou falar se ele perguntar se eu amo ele?? Eu nem sinto isso.

- Licença... - Era o garçom. - Gostaria de algo?

- Eu to esperando alguém, eu peço depois, pode ser?

- Claro, fica a vontade. - Sorri e sai.

Eu não vou mentir pro Grazer, vou? Não, não pra ele...

- Oi, Tyler. - Ele estava lindo.

- Oi, Jackie. - Levanto e dou um selinho nele.

- Achei que chegaria primeiro... - Suas bochechas ficam levemente vermelhas. Nós sentamos. - E aí? - Sorria pra ele. - Já pediu?

- Não, esperei por você.

- Ah, bom, obrigado. Me desculpa pelo o que eu falei no telefone. Foi meio que automático. -  Molha os lábios. - Estava falando com a minha mãe por ligação quando você me ligou, e me despedi dela desse jeito então...

- Relaxa. - Sorrio, ele parecia aliviado.

Pedimos pro garçom dois cardápios e ele trás. Eu pego um burrito e Jack um taco, era o que conhecíamos de comida mexicana.

- Como tá indo a festa?

- Meus pais estão me enlouquecendo... - Fala ajeitando os guardanapos. - Meu pai não para de gritar com uns caras do trabalho, minha mãe anda tomando muito remédio para o estresse... Tá tudo uma bagunça.

- Nossa, eu sinto muito. - Pego na mão dele.

Ele me olha e depois sorri pequeno. Engulo seco, nervoso.

Acabamos de comer e saímos do restaurante.

- Quer ir dormir lá em casa? Provavelmente meus pais vão virar a noite na casa dos "amigos" deles e eu não estou afim de ir junto ou muito menos de ficar em casa sozinho. - Fez as aspas com os dedos.

- Se não for muito incomodo... - O menor ri e me olha.

- Não precisar ser formal comigo. - Diz socando meu ombro de leve.

- É que você é tão formal comigo... - Sorrio.

- Sou?? - Arqueia as sobrancelhas.

- É. - Ele parecia não ter se tocado.

- Poxa, eu nem sabia... - Um carro preto para na nossa frente. - Mas você vem?

- Aham. - Jack abre a porta e entra. Entro em seguida.

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