Uber

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P.O.V Finn Wolfhard

- Alô? - Escuto do outro lado.

- Ah, graças a Deus... - Suspiro aliviado. 

- Tyler? Você está bem? - Sorrio ao escutar sua voz reconfortante de novo.

- To, melhor que nunca. Como você tá?

- Eu estou bem. Por que?

- Preocupado com você, só isso... - Passo minha mão pelo meu rosto. - A gente precisa conversar. - Digo lembrando do que Jim falou.

- Você está me assustando... - Escuto buzinas no outro lado.

- Onde você tá?

- Estou num uber agora, indo pra minha casa. O motorista do meu pai ficou doente, então... - Meu coração para quando ele diz "uber". - Eu tenho que te contar, eu estava num teste e eu... - Parecia animado falando, mas o interrompo.

- Jack, você...

- Prometo cuidar bem dele, Finn. - Era uma voz mais grossa. Meu coração para.

- Falando comigo?

- Não, desculpe. - Era o uber dele.

- Jack, você tem que sair daí agora. - Tento não soar muito desesperado.

- Você não está bem, Tyler. O que tá acontecendo?

- Jack, por favor, saia do uber e vai correndo pra sua casa. Eu chego aí em dez minutos.

- Tyler, você não...

- Confia em mim, por favor. Me promete. - Escuto ele suspirar.

- Pode me deixar aqui mesmo, senhor. Obrigado. - Graças a Deus.

- Obrigado... Eu chego aí daqui a pouco.

- Tyler, espera! - Desligo.

Chego e bato na porta do mesmo, esquecendo da existência da campainha. Demora um pouco, mas vejo a luz da sala acender.

Jack abre, vestindo um macacão azul bebê com pinguins estampados nele. Parecia que tinha acabado de acordar.

Sorrio, o achando muito fofo daquele jeito.

- Sabe que horas são? - Pergunta rouco.

- Uma da manhã, eu sei... - O abraço delicadamente.

- Onde você estava, sendo que disse que chegava em dez minutos e demorou mais de três horas?

- Se eu soubesse te contaria...

Beijo sua bochecha e o mesmo se separa de mim, me olhando com os olhinhos inchados e pequenos de sono.

- Você vai querer entrar? - Pergunta sério.

Por segundos a proposta do Jim se passa pela minha cabeça. Eu não vou fazer nada que ele pediu.

- Claro. - Sorrio.

Era tão bom estar com Jack de novo. Me aliviava demais conseguir me assegurar que ele estava bem.

Olho pra ele, que dormia profundamente. Faço carinho em sua bochecha, sorrindo.

- Jack... - Susurro. - Eu acho to entendendo o que "amar" significa... graças a você.

Dizer que amo ele, mesmo usando outras palavras, me deixa com aquele frio na barriga. Acho que descobri o que essa sensação significa.

Depois de um tempo acordado e olhando pro nada, sinto uma cede imensa. Eles tentaram me dar água naquele lugar, mas eu cuspi tudo na cara deles. Foi engraçado pelo menos.

Me descobrindo e deixando Jack cama, eu abro a porta devagar. Fechando ela novamente, vejo uma luz no andar de cima acesa.

Curioso, vou na ponta dos pés até lá.

Era o escritório do Sr.Grazer. Ele estava lá, abaixado na frente de um cofre com um papel na mão. Escuto o barulho dele digitando a senha e o cofre abrindo, revelando um monte de dinheiro.

Arregalo meus olhos pela quantidade do dinheiro que ele pega e coloca numa sacola. Pra que ele precisa desse tanto dinheiro??

Ambos nos assustamos com o barulho de algo quebrando e o alarme de segurança apitando loucamente.

Corro até a escada, olhando lá embaixo.

- O que está acontecendo? - A mãe do Jack vem até mim. - O que você está fazendo aqui?? - Me olha. - Tudo bem, isso não importa agora. - Volta a lá pra baixo. - O que está acontecendo??

𝕜𝕚𝕤𝕤 𝕞𝕖 𑁍 Fack Onde histórias criam vida. Descubra agora