Fireworks

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P.O. V Finn Wolfhard

- Meus pais não confiam em você. - Arqueio as sobrancelhas com a notícia.

- O que? Por que não?? - Ele aperta seus dedos com o nervosismo.

- Dizem que te conhecem de algum lugar. - Engulo seco.

- Que? Eu nunca vi seus pais na vida. - Atuo.

- E também porque você é um homem.

O olho por uns segundos, confuso pra caralho.

- Eles não gostam de mim por que eu tenho um pinto??

- Não, não é isso... Acho que eles têm medo que eu seja gay. - Seus olhos brilhavam.

- Poxa... - Suspiro. - Mas não somos namorados.

- ... - O mesmo olha para seus dedos.

Percebo que ficou meio mal com minha resposta.

- Mas se quiser ser... eu topo. - Jack ri e ajeita seu cabelo.

- Aquela... noite que você veio aqui em casa. Você saiu no meio da noite porque se arrependeu? - Arqueio as sobrancelhas.

- Me arrependi?

- É, sabe, de ter ficado comigo. - O menor estava triste.

- Jack... - Pego sua mão. - Eu não me arrependo de nada quando tem relação a você. - Ele me encara. - De verdade. Você foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos dias.

Eu estava falando pra ele, porém também estava me ouvindo. Não fazia ideia do eu sentia antes daquelas palavras. É, pelo jeito eu gosto mesmo do Grazer.

- Por que saiu então? - Respiro fundo, olhando pros meus pés, pensando em alguma coisa.

- Olha... - Ignoro sua pergunta anterior. Vou mais pra perto dele, que olha nos meus olhos. - Eu não consigo me colocar no seu lugar porque faz tanto tempo que já tive, você sabe, família mas... Eu sei o quão bosta deve ser ter pressão desse jeito. - O menor suspira e olha pra baixo. - Mas... - Ergo sua cabeça. - agora tem um... - Tento achar a palavra certa. - "amigo" pra contar todas essas merdas. - Ele sorri, me trazendo paz.

- Obrigado, Tyler... De verdade. - Inesperadamente, Jack me abraça.

Abraço ele de volta. Estou começando a gostar desses abraços surpresas.

Ficamos um tempo assim, até que ele levanta sua cabeça ainda no abraço, deixando sua boca bem perto da minha.

Uma vontade incontrolável de beija-lo me vem. Assim faço.

Junto nossos lábios e ele nos separa nos primeiros segundos. Olho pra ele com medo de eu ter feito alguma merda.

Ficamos uns segundos nos encarando, com os rostos bem perto. Rapidamente ele volta a me beijar. Parecia que fogos de artifício explodiam dentro de mim. Nunca senti esse tipo de felicidade antes.

Raramente, eu só beijo pessoas que eu quero transar, mas não é o caso do Grazer. Quer dizer, eu quero sim transar com ele, mas é diferente... Confuso demais pra eu pensar nisso agora.

Ele segura meu rosto e eu sua cintura. Peço passagem da língua e ele deixa.

E foi ali que eu percebi que não era a cidade que estava e mudando, mas sim o Jack.

Pego ele no colo e levo até a parede, onde o deixo suspenso no ar, apenas segurando sua barriga e ele abraçando meu pescoço.

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