Light

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P.O.V Finn Wolfhard

Jack me chamou pra dormir na casa dele amanhã. Eu to bem feliz com isso, na verdade. Nunca gostei de coisas novas, mas o tal do "amor" me intriga.

Essa "palavrinha" mudou a Millie, quem sabe pode me mudar de um jeito bom também?

Sorrio ansioso. Mas eu precisava muito de uma calça nova, a minha outra rasgou e eu nem sei como.

Olho a vitrine de uma das lojinhas que tinha no centro da cidade. Decido entrar.

- Obrigado. - Sorrio pra atendente.

Eu não faço ideia do porquê eu não roubei. Eu paguei pela calça, e ainda dei moedas pra ajudar no troço da moça.

Era noite, as luzes dos postes ainda não estavam totalmente acessas. Andava pela calçada, sempre com meus fones de ouvido. Do nada, minha visão fica toda preta.

Eu fico inconsciente.

Abro meus olhos devagar. Eu morria de dor de cabeça.

Uma luz forte estava no meu rosto. Quando finalmente consigo enxergar, vejo que tinha literalmente uma lâmpada acesa na minha cara. Olho em volta.

Puta merda, onde eu to??

Era uma sala toda pintada de cinza e em uma das paredes tinha uma espuma, aquelas que colocam no estúdio pra não vazar sons. Do outro lado, uma grande janela preta. Não via nada do outro lado. E nessa mesma parte, uma porta que parecia ser bem pesada.

Eu estava bem no meio da sala, sentado numa cadeira de ferro junto com uma mesa de metal e a porra da luz forte que fazia meus olhos doerem.

Tento me mexer. Ótimo, estou preso a cadeira. Olho pra trás, vendo minhas mãos amarradas com uma corda.

- Filhos da puta... - Provavelmente sabiam da minha facilidade em tirar algemas.

Meus pés também estavam amarrados. Começo a pular pra ver se a cadeira era frágil. Nada. E além de não ser frágil, era pesada.

- Bom dia. - Olho pra porta, vendo um sujeito de terno claro entrar.

Se senta na minha frente, com aquele sorriso desgraçado.

- Que bom que você chegou, Jaeden. Da pra tirar a merda desse sol da minha frente?? - Pergunto irritado.

- Ah, claro. Perdão. - Apaga a lâmpada.

Graças a Deus. Minha visão chega até a ficar escura. Suspiro aliviado.

- Bom, como eu não tenho o dia todo... - Ele se endireita na cadeira em frente a minha, que não tinha visto antes por causa da lâmpada. - Como vai, Finn? - Se apoia na mesa.

- Acho que não to no meu melhor momento. Mas fala logo, o que você quer?

- Me divertir com você um pouco. - Sorri.

- Sempre soube que você tinha uma queda por mim, Jaeden. Mas eu não fico com cornos, to de boa. - Seus olhos se enchem de raiva. - Ah, preciso te elogiar. Seu chifre tá mais brilhoso hoje. Passou alguma coisa?? - Ele fica de pé, com as duas mãos na mesa.

Sorrio pra ele, o provocando. Um soco atinge meu rosto, mas nem dói. O Lieberher é fraco, por isso Millie sempre diz que na "mão" eu ganho dele.

Volto a encarar o mesmo, que segurava sua mão que me socou, como se estivesse doendo.

- Você é fraco, Jaeden. Mas se quiser saber um lugar que você com certeza vai matar algumas pessoas e quebrar ossos, tem touradas por aí. - Sorrio mais ainda, orgulhoso da minha piada.

O mesmo sai da sala batendo os pés.

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