Propício ao Erro | ji+kook

é só uma festa.

Tinha medo de até quando aquela maré boa iria durar.

Estava jogado na cama do quarto de Yoongi enquanto encarava o teto, cantando baixinho uma das músicas que rodavam no computador do mesmo. Jimin pensava, ao olhar para o teto, imaginando se teria aquela paz durante mais algumas semanas. Isto é, tudo estava funcionando bem, Jungkook estava cooperando mais do que esperava, as manifestações não estavam sendo tão atrapalhadas quanto antes e... Além de tudo, eles haviam quase se beijado.

Óbvio, não havia significado nada para si, contudo era um grande avanço na personalidade conturbada do presidente do conselho. Para quem era capaz de agredir outro cara só por causa de uma cantada até que Jeon saiu melhor do que a encomenda, não?

— Vai ficar morto aí pra sempre? Você não costuma ser preguiçoso assim, Chim. — Min sai do banheiro secando os fios lisos, parando perto da cama onde o amigo estava largado.

— Me dá só mais dois anos. Deixa eu dormir aqui durante uns dois anos e tudo fica bem. — virou-se para o lado da parede, fechando os olhos. — É difícil demais estar vivo, a gente não pode deitar um minutinho que já começam a encher o saco.

— Bem-vindo a faculdade, parceiro. Agora levanta daí que precisamos resolver nossos ensaios da sua apresentação. — bateu de leve nas costas do amigo. — Você deveria estar animado, não eu ou Taehyung. Ele já me mandou dez mensagens e um vídeo explicando que conseguiu a sala de música para nós hoje. Vai, levanta! Além de que depois temos festa no prédio de Belas Artes e...

— Espera. Ele conseguiu a sala? Aquela sala?

Sentou-se na cama meio sem vontade, meio morto, mas surpreso. Coçava os olhos lentamente à medida que se dirigia a porta do quarto alheio, calçando os tênis.

Apesar de a notícia ser um choque para si, não conseguia sentir-se animado no final de tudo. E talvez o rosado não estivesse assim tão afim de treinar porque a sala de música da qual Yoongi falava ficava no prédio nobre da instituição onde estudavam. Ou seja, Jimin passaria muito perto de onde Jungkook e seu pai gastavam horas e horas do dia. Não, não era um problema, jamais! Só... Não estava afim.

Jimin não sabia como encararia Jungkook se o visse, muito menos se poderia encará-lo já que seu pai estaria provavelmente junto. Veja bem, não era como se Park sentisse medo de Jeon Junmi, ele só... Não queria se estressar.

Taehyung os esperava na sala de música, então o rosado apressou-se o máximo possível pelos corredores. Mal olhava para os lados, somente andava (quase corria) até que finalmente tivesse a porta fechada atrás de si. São e salvo de algo que nem ele mesmo sabia o que era.

— Cara, eu amo nosso prédio de Belas Artes, mas... Essa sala é sensacional. — Taehyung começou assim que viu os amigos. — Tipo, olha esse piso clarinho, essa cortina branca e esse piano! Eles deixam os instrumentos menores todos guardados numa dispensa maior que os nossos quartos do dormitório juntos, Yoongi-hyung. Como a gente nunca veio aqui antes?!

Os dois rapazes entendiam bem da excitação vinda do amigo, afinal, durante todo o tempo que estudavam ali nenhum dos três sequer viu a sombra daquela bendita sala. Óbvio, o cômodo servia como local de treino para a banda e qualquer um que se apresentasse durante os jantares importantes da reitoria, os festivais de início e final de todo semestre além de todo lugar onde o diretor quisesse que mostrassem o talento que a faculdade possuía. Ou seja, era uma sala realmente nobre.

E Jimin e seus protestos estavam estritamente excluídos disso.

— Como você conseguiu? — Jimin perguntou enquanto andava pelo enorme salão. — Tipo, a gente já tentou antes, nunca liberaram e...