Capítulo 9.

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Tem-se certeza de que está apaixonado quando a pessoa passa a ser a única capaz de colorir sua vida. Todo resto se ofusca automaticamente. Tudo se resume ao oxigênio que o outro respira. Você percebe que nunca mais ninguém irá despertar a mesma exultação em si, e começa a temer uma possível perda. É aí que se apega a sensação como um lobo cravando suas garras à presa. Não é difícil chegar nessa conclusão, uma vez que poucos conseguem ir aonde muitos não se atrevem. No entanto sabe-se que ninguém perde o que nunca lhe pertenceu, ou tem aquilo que nunca lutou pra conquistar. O que é nosso, é nosso, e nada nem ninguém pode tirar.

O coração de Rita por muito tempo se assemelhava à um terreno infértil, onde somente Brooke pisara, lhe convidando a renascer, após o cultivo, para então florescer. A latina era o seu tipo de mulher. O teu número exato. Àquela que ao tocar o corpo fazia cócegas na alma, ensinando-lhe a explorar seu âmago, proporcionando-lhe o mais puro e máximo prazer. Brooke soube tocar no íntimo de Rita com seu jeito peculiar, atraindo-a com seu sorriso de moleca num misterioso e penetrante olhar, perscrutando-lhe, convidando-a a amar. Brooke alcançava um ponto em si que nem mesmo ela sabia que existia, descobrindo seu interior gostosamente sem romper ou machucá-la, conquistando-a naturalmente.

Sua calcinha já estava encharcada pelo líquido lubrificante. Quis transar pela primeira vez, não, definitivamente transar não, queria fazer amor com Brooke. Apagara de sua memória as advertências exorbitantes do pai. Na verdade, esquecera-se da existência do homem. O fato de Adão e Eva, ou o pecado original foram parar no último pódio de sua lista do que não fazer, principalmente antes do casamento. Ele nunca aceitaria o relacionamento de sua filha com outra mulher, então casar estava longe de ser um bom plano, ficaria solteira se fosse preciso. Queria ser somente de Brooke, nem que tivessem que fugir, ou viver uma mentira. Ele não poderia impedir seus sentimentos por ela, quais transbordavam, ultrapassando as barreiras invisíveis do preconceito.

A latina ofegava sobre ela, deixando óbvio o quanto estava a fim, explorando sua boca carnuda sem se cansar. Insaciável era a palavra correta.

Rita também gemia, sussurrava, suspirava e transpirava debaixo dela, ansiando por mais.

Brooke não pôde deixar de desejar que Joseph explodisse. Rita ia ser dela e não eram seus argumentos tolos que lhe faria desistir.

A dançarina surpreendeu-a ao desabotoar seu sutiã, deixando seus seios delicados deliciosamente à mostra.

Rita apertou-a tão forte de encontro a si, que Brooke sentiu que iria gozar antes do previsto. Seu clitóris pulsava dentro de sua boxer molhada.

Rita também delirou, pois nunca sentira uma pele tão aveludada como a de Brooke, lisa como uma pétala. Havia algumas cicatrizes, que só então notara.

Brooke havia sido esfaqueada certa feita, numa briga séria com um usuário. Por muito pouco quase não morreu. Ele não queria pagar a mercadoria. Mesmo sabendo como, devido as aulas de lutas, ela não gostava de ferir ninguém nem mesmo para se defender. Francis cansara de lhe xingar de barata tonta, de covarde, ou grande amarelona. Tom ficou tão irado com medo de perdê-la que decidiu se vingar para amenizar a dor e mandou matar o desgraçado. Brooke soube depois de se recuperar por Francis. Tom exigiu que ela começasse a andar armada e acabou concordando. Nunca teve coragem de usá-la, apenas por precaução. Seu espírito era pacífico. Ela não gostava de se lembrar disso como de todos os outros acontecimentos de seu passado.

Rita dera-lhes uma atenção especial, acariciando-as com as pontas dos dedos, imaginando o que teria acontecido, mas Brooke só conseguia sentir as unhas dela. Ficou ainda mais excitada com os arranhões. O toque de Rita era suave e calmo. Aquilo foi o consentimento para ir adiante. Ergueu-a levemente para desabotoar as alças do vestido. Rita não relutou. Em poucos segundos só ficou de íntimas diante dela. Brooke começou a beijá-la desde os dedos dos pés até a testa, usufruindo do corpo magro e definido da negra sem nenhuma imperfeição. Rita tinha mesmo o porte de uma bailarina. Tudo nela era delicado como tal deveria, a não ser pelos seios avantajados.

Almas Dançando ( LESBIAN)Onde histórias criam vida. Descubra agora