Capítulo 11.

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- Não me faça ter que escolher.

- Sim. Eu faço, Brooke. Somos irmãos. Crescemos juntos. Fui eu quem cuidou da sua dor de dente e foi você quem me deu sopa na boca quando operei de apêndice. Prometemos que nunca íamos decepcionar um ao outro, que ficaríamos sempre juntos acontecesse o que acontecer. Aprendemos cada movimento do Street juntos. Fui sua base e você minha motivação. Vai permitir que isso tudo acabe por causa de uma garota riquinha que não sabe nada da vida? Você sabe que pode ter a mulher que quiser. Elas vem e vão, mas seu mano aqui é só um até a morte. - discorreu num tom dramático e emotivo.

- A vida é feita de opções. Só porque quero trilhar outro caminho não significa que vou deixar de te amar.

- Então é isso? Vai se tornar minha adversária?

Brooke respirou profundamente:

- Eu não sei. Só sei que, estou amando uma garota de verdade pela primeira vez! E, quero ficar com a Rita.

Francis ficou petrificado por longos segundos. Nem mesmo seu instinto conseguiu esboçar alguma reação.

Brooke se compadeceu do amigo. Arriscou se aproximar e levar a mão suavemente para o ombro dele.

Ele se esquivou decepcionado e decidido. Se Brooke queria tornar a relação pessoal deles uma disputa seria assim. Tinha seu orgulho.

- A gente se vê na pista.

Brooke engoliu a saliva, acompanhando-o com o olhar até se misturar aos festejeiros.

Ela lembrou-se de Rita, mas ao se virar ouviu alguém lhe chamando. Arfou. Virou os olhos; e se deparou com Bob, o líder dos Hermanos.

- Posso dar uma palavrinha contigo? - pediu modesto.

- Agora não dá tempo. Tenho um assunto mais importante para resolver - ela deu dois passos.

- Espera! Prometo que vai ser rápido.

- Fala de uma vez, Bob! - ela se irritou regressando.

- Ok. É que, vamos reforçar os Hermanos incluindo mais uns dois dançarinos para a competição, então depois de comprovar os boatos de que você está de volta e fora dos Stars, pensei que talvez houvesse uma possibilidade de integrar nosso grupo.

Brooke deu um riso sarcástico de canto de boca:

- A força dos machos não era o lema de vocês?

Bob também riu desajeitado:

- Depende, se a garota for tão boa quanto você é.

- Posso recusar agora ou depois?

- Depois. Assim terá tempo de refletir melhor na proposta.

- Ah, ok. A gente se topa - concordou apenas para não estender assunto. Sua resposta continuaria sendo Não.

O rapaz moreno assentiu ajeitando o boné. Havia um lampejo de esperança em seus olhos. De repente, a latina correu aflita em direção do estacionamento. Existiam poucas dançarinas completas como Brooke. Além da habilidade rara, era uma ótima coreógrafa. Não podia desperdiçar o talento da moça. Torceria para que ela concordasse.

Enquanto os jovens aproveitavam o tempo que ainda faltava para amanhecer, Rita bufou dentro da BMW batendo as mãos no volante. Tentou dar partida novamente, mas algum idiota estacionara a centímetros de seu carro. Tudo que conseguiu foi bater a traseira nos faróis do conversível. Ela saiu ainda mais irritada.

- Rita! - Brooke se aproximou.

- Fica longe de mim! - entrou para escapar da moça.

Brooke não conseguiu alcançá-la a tempo de segurá-la. Tentou abrir a porta, mas Rita travou. Começou a bater no vidro.

Almas Dançando ( LESBIAN)Onde histórias criam vida. Descubra agora