Capítulo 31.

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Faltavam apenas quinze minutos para o avião vindo de Nova Iorque pousar em solo Brasileiro, mais precisamente no Rio de Janeiro.

Rita ao lado de Brooke, Sony, Francis e Zaira compunham o número de passageiros. A gêmea não resistiu em aceitar o convite do mais novo namorado para a viagem. Sony já estava quase que totalmente recuperado e mantinha-se preso em sua realidade desde o atentado, ainda mais introspectivo que o normal.

Brooke preferiu não importuná-lo, e pediu que Francis também evitasse dar sermões ao garoto para que ele se restabelecesse sozinho e no momento em que ele julgasse certo. Afinal, cada um tem sua própria maneira e tempo de digerir um acontecimento complexo e doloroso como o que ele viveu. Optaram por respeitá-lo, mas sem deixar de lhe dar a atenção necessária, visto que abandoná-lo poderia piorar sua situação.

Assim que desembarcaram, pediram o auxílio de dois táxis até um hotel reservado da cidade, em frente a praia. Locaram duas suítes de casal, e uma de solteiro para se hospedarem com conforto e privacidade.

Eles chegaram por volta de dez da noite no horário de Brasília e sentindo-se cansados foram dormir.

Na manhã seguinte, Brooke despertou primeiro e ficou na sacada admirando a paisagem do inverno carioca.

- Bom dia meu amor - Rita resmungou se revirando na cama.

- Bom dia minha dorminhoca.

- Por que não volta pra cama? - adocicou a voz e ilustrou uma expressão de carência.

- De jeito nenhum, quero conhecer cada canto desse país, minha musa. Deixa de preguiça. Faremos um tour pelo Brasil e só iremos embora quando me sentir totalmente satisfeita.

- Já estou com saudades de Nova Iorque - Rita fez biquinho.

- Ah vamos! Desapega! Logo, logo iremos embora só que não - seu tom é brincalhão.

- Olha só pra esse lugar! Mesmo no inverno faz calor! - Rita bateu as mãos no lençol fingindo uma irritação.

Brooke soltou uma gargalhada deliciosa dela ouvir.

- É disso que eu gosto! Levanta daí e vamos tomar café lá embaixo.

Rita bufou e se enfiou debaixo dos travesseiros.

- Ah, qual é Rita. Você vai se acostumar com o clima e os horários. Não estava tão animada, que até aprendeu a língua portuguesa?

- Estava, até chegar aqui e ver o quanto é assediada pelas brasileiras.

Brooke riu:

- Então o problema é esse?

- Sim! - Rita balançou os cabelos desalinhados.

- Que tal ir ao petshop comprar e colocar uma coleira em mim?

- Está falando sério? - os olhos de Rita brilharam.

Brooke estreitou os dela:

- Eu estava brincando! Isto é meio obsessivo!

Rita sorriu gostosamente:

- Mas eu sou obsessiva querida! -  levantou da cama e pulou no colo da parceira a beijando.

- Pare de ciúmes - Brooke dizia a sustentando no quadril. - Eu sou sua. Não tenho olhos para outras.

- Mas ainda posso usar a coleira por via das dúvidas? - a negra sorriu sarcasticamente.

- Faz o que quiser! - Brooke arfou se sentindo vencida.

- Ok, vou tomar um banho - Rita deu um último selo nela e saltitou até o banheiro.

Brooke meneou a cabeça rindo da situação.

Almas Dançando ( LESBIAN)Onde histórias criam vida. Descubra agora