Diga "sim" para a melhor parte de mim, feita por você

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Percebo que sou um filho da puta, quando sei que bebi a noite inteira, mas acordei sem dor nenhuma. Só a maldita dor das lembranças, depois dou um jeito nelas.

Me recordo que dormi com alguém, e que esqueci de fechar a cortina do quarto, a porra da claridade me dar um soco nos olhos, e sou forçado a fechá-los de novo. Isso me irrita. Qual é a dificuldade de deixar a porra da cortina fechada? Não sei.

Lembro de estar ansioso no quarto, conhecer a convidada, jantar, jantar, ouvir a conversa, me sentir mal, jantar, terminar o jantar, lembrar de coisas desagradáveis e...

LIM CHANGKYUN ME BEIJOU! 

Arregalo os três olhos, no mesmo instante em que meu coração palpita forte dentro do peito. De todas as ilusões que já tive na vida, essa foi a pior, e por mais que eu tente negar, eu sei que aconteceu. Foi ele quem ficou comigo a noite toda, ele… cuidou de mim? O que aconteceu? Será que ele já foi?

Levanto da cama, mas não posso descer direto, estou descabelado e com bafo. Passo no banheiro, esvazio a bexiga, escovo os dentes rapidamente e passo uma escova no cabelo. Tá ótimo!

Volto pro quarto, coloco o chinelo e desço, com o coração em protesto e a ansiedade de compania. Ele está aqui, encontro o garoto sentado à mesa, com a minha mãe, rindo de algo fora do meu conhecimento

— Bom dia, querido, como foi a noite? Teve um bom descanso?

— Bom dia… descansei bem…

— Eu tenho que ir até a igreja, vejo vocês mais tarde. — Hyunki se levanta, deposita um beijo em minha testa e na dele, para só então sair da cozinha e de casa.

O silêncio preenche a cozinha, eu não sei por onde começar a perguntar, ou o que falar, estou mais confuso do que o normal.

— O que…

— Eu te beijei, depois você me beijou.

Respiro fundo pra não correr o risco de cair, a gravidade parece querer cair aos poucos

— Nós…

— Foi só beijo, Kihyun. Não sou psicopata para abusar de pessoas inconscientes. — morde a torrada

— Eu fiquei inconsciente?

— Você apagou nos meus braços, o que você acha?

— Ok, o que você quer? — vou direto ao ponto, ficar enrolando não vai adiantar em nada

— O que eu quero? — ele me olha confuso

— Pode ficar despreocupado, ninguém vai saber o que aconteceu ontem, vamos fingir que nada aconteceu e vida que segue. — vou até o lugar, onde antes minha mãe estava sentada, e me sento

— Eu não vou fingir que nada aconteceu, Yoo Kihyun. — afirma. Sinto minha face ficar vermelha de vergonha, eu ainda não me recuperei a bebedeira de ontem, não estou apto para agir como se eu não me importasse, eu me importo, ainda mais com Changkyun soando tão seguro e firme desse jeito. E outra, ele me chamou pelo meu nome completo, a única pessoa que sempre faz isso é a minha mãe, quando eu faço merda e a tiro do sério.

Olho pra ele, confuso óbvio, eu não entendo…

— O que? Por que não? Olha, a única que desconfia sabendo da minha sexualidade, é a minha mãe, Minhyuk já sabe, mas eu não vou suportar ser chacota da escola inteira. Por favor, eu faço o que me pedir, mas não usa minha sexualidade pra me torturar

— Eu sou tão monstruoso assim, Kihyun? — ele sorri desgostoso

— Você apostou minha vida, Changkyun.

You Think - ChangKiOnde histórias criam vida. Descubra agora