𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟎𝟎𝟑

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Mirou sua frente sem deixar que ela percebesse que pela décima vez seus olhos haviam deslizado pelas coxas brancas e sedosas onde a meia fina preta não mais cobria.

Deus, aquela mulher era a péssima personalidade em pessoa.

Não aceitava não estar certa, não aceitava não ter dito a última palavra, não aceitava que as coisas não fossem ao seu modo. Ela de simples nada aceitava!

Surpreendeu-se ao ver que se encontravam no mesmo ambiente por mais de trinta minutos sem que nenhum dos dois estivesse morto!

Ela se achava a dona do mundo.

Ele analisou bem aquele belo rosto, mesmo com os olhos borrados pelo lápis da cor preta.

Ela poderia ser a rainha, mas dona, ah isso ela não era mesmo!

Quando acabar de analisar meu corpo e meu rosto, me diga onde mora.

Ele abriu a boca para falar algo, mas ela logo interrompeu com uma voz debochada.

— Não sinta pressa senhor, pode olhar, avaliar...

— Me lembre de cobrar por isso... — Christopher murmurou.

— O quê?

— Me lembre de cobrar por isso, já que o meu olhar a deixa tão acalorada. — Ele a provocou.

Dulce abriu a boca para protestar então deu uma geral em si mesma. Estava trêmula, ofegante e completamente... Acalorada!

— Você se acha muito bom no que faz, não é? — Dulce perguntou.

— Com 300 reais eu posso lhe mostrar o que faço, quer dizer, 300 reais seria pouco para tentar fazer com que aprecie algo sem que esteja no controle.

Dulce sentiu-se profundamente ofendida, ele estava dizendo que ela não sabia apreciar um bom sexo sem estar no controle? Maldito bastardo!

— Você não me conhece senhor Christopher. Não sabe nada da minha vida, ou do que aprecio ou não.

— É claro que sei, entrevista pessoal exclusiva para a revista Damas! — ele respondeu.

Ela soltou um riso de escárnio, o olhando de baixo a cima.

— Você não seria homem o suficiente para me tirar do controle, senhor Christopher, nem que eu lhe pagasse 15000 libras.

— Atreva-se! — ele a desafiou.

Ela piscou longamente.

— Desculpe?

— Façamos uma aposta, você se acha grande coisa, eu me acho grande coisa, nos enfrentaremos e vejamos quem realmente fala a verdade, ou você adora se gabar. — Christopher propôs.

— Ah claro, a essas alturas de minha vida eu contrataria um garoto de programa como parceiro, me poupe senhor Christopher, me poupe! — Dulce bufou.

O silêncio no carro reinou até que por fim entrassem em uma rua estreita.

Dulce sabia que estavam em um bairro de classe humilde, mas algo naquelas casinhas pequenas, com somente um andar, bem pintadas e ajeitadas lhe faziam lembrar as casas da cidade onde morava. Afastou aqueles pensamentos da cabeça e agradeceu imensamente por não ter nenhum jornalista na frente da humilde casa de Christopher.

Ele tirou um controle do bolso e perguntou se ela estava em condições de estacionar a Ferrari na pequena garagem, Dulce assentiu então ele saiu do carro, abrindo os portões da garagem saindo da frente para que Dulce estacionasse o carro.

Um Lindo HomemOnde histórias criam vida. Descubra agora