𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟎𝟑𝟔

1.2K 106 23
                                        

Ele a beijou logo em seguida. De forma lenta, profunda, entrelaçando suas línguas, beijando seu pescoço, seu queixo e atrás de suas orelhas.

Dulce o abraçou com força, apertando os olhos com ainda mais força, sentindo como o roupão desprendia-se de seu corpo e as mãos másculas de Christopher voltavam a lhe acariciar a cintura e as costas, desnudas e macias.

Subiam e desciam com um leve roçar a deixando arrepiada pelo desejo, pela dor e pela febre.

— Você está fervendo. — Ele murmurou, intercalando beijos por seu queixo e seus lábios, mergulhando agora suas mãos nos cabelos de Dulce, erguendo-se lentamente, deitando-se por cima dela, ajoelhando-se no meio de suas pernas encaixando seus corpos.

— Eu sei — Ela murmurou, não deixando de o acariciar nas costas, em toda sua extensão, o arranhando quando ele lentamente baixou a calça a expulsando de suas pernas com os pés, voltando a se ajoelhar entre as pernas de Dulce.

Sim ela realmente ardia e seu rosto de pálido tornava-se novamente vermelho pelo calor e seus olhos, ainda mais intensos pela febre e pelas lágrimas.

Ele também se encontrava corado e com os olhos vermelhos. Ele também se encontrava febril de desejo e de amor.

— Acha que pode com isso? — Christopher murmurou, a acariciando no ventre, na lateral de suas coxas, mirando-lhe nos olhos com tamanha intensidade que Dulce se viu presa a ele, com o som de sua voz relembrando as confissões que lhe havia feito, relembrando o que ela estava fazendo, o que estava fazendo com aquele homem.

Estava confusa, trêmula e ardente por ele.

Não achava que merecia, que poderia, mas queria.

— O fato de você saber quem eu sou não altera em nada no que temos — Ele continuou.

Dulce fechou os olhos, com suas duas mãos repousando por cima de sua cabeça.

— Não faça assim. — Ele murmurou, com a testa franzida. — Olha para mim.

Ela abriu lentamente os olhos avermelhados e Christopher, entendeu que algo mais do que suas confissões a abalavam.

— Quer me dizer algo? — Christopher perguntou. O queixo e os lábios dela tornaram-se trêmulos, seus olhos novamente lacrimejantes.

Colou seu corpo ao dela a beijando rapidamente nos lábios, para então a puxar para seu corpo com Dulce entrelaçando as pernas ao redor de sua cintura, sentindo a parede sólida do tórax de Christopher empurrar seus seios.

— Fale! Eu disse tudo o que tinha que dizer, nenhuma surpresa, nenhuma mentira.

Ela negou com a cabeça, fechando os olhos, colando suas testas. O suor começou a escorrer por sua testa e trêmula abraçou-se a Christopher, sentindo seu corpo pesado, cansado...

Ele se dirigiu para fora da cama com ela ainda em seus braços.

Caminhou até o banheiro, onde ligou o chuveiro morno entrando debaixo do mesmo com Dulce ainda em seu colo.

Ela não queria conversar.

Não queria abrir os olhos e o mirar.

Não queria nada naquele instante a não ser permanecer daquela forma, colada a ele, debaixo do chuveiro tão frio que lhe tirava aquela fervura da qual seu corpo se encontrava.

Ele a desceu de seu colo, a abraçando pela cintura, sentindo que ali alguma coisa mudara. Deixou que o chuveiro ensopasse os cabelos de Dulce e seus próprios cabelos. Sem mover-se permaneceu ali com ela, deitada sobre seu peito, quieta, com os olhos fechados e o corpo ainda trêmulo.

Um Lindo HomemOnde histórias criam vida. Descubra agora