Voltou a abrir os olhos com pressa.
— Se eu pudesse voltar, teria feito mais isso...
— Você pode fazer, filha.
— Não mãe, eu não posso. — Dulce voltou a fechar os olhos com força. — Tenho que fazer as malas, cuidar de dezenas de coisas. — Suspirou. — Vai ser melhor assim. Deixar tudo pronto, esperar o que Rúbens tem a dizer. E caso ele me diga que eu não...
— Não diga isso — Blanca a interrompeu.
— Não há problema em se dizer essas coisas mãe. Já está feito. — Acariciou o rosto de Blanca. — Chega disso! — Sorriu, voltando os olhos para o corredor de sua casa. — Talvez isso jamais tenha sido realmente meu, de coração...
Dulce caminhou novamente pelo corredor, pegando sua bolsa.
— Venha mãe, quero que conheça o resto da casa e minha governanta, Dona Cida.
Blanca a seguiu pelos cômodos, fascinada com o sorriso que bailava nos lábios de Dulce a cada lugar que lhe mostrava, dizendo porque escolhera tais cores, que significado tinha para ela. Mostrou-lhe cada canto, explicou-lhe cada quadro, mostrou-lhe o quarto onde ficaria e arrancou uma expressão de surpresa de Blanca, ao encontrarem as malas de sua mãe ali, ao lado do armário.
— Pode utilizar o armário que quiser, aliás mãe, pode usar o quarto que quiser, essa casa é sua, tudo o que tenho é seu...
— Esse está ótimo para mim, acho que vou até me perder aqui dentro. — Dulce sorriu, fazendo uma leve careta para Blanca.
— Acho que quer tomar um banho. Aqui faz calor grande parte do tempo, é diferente de Priori.
— Sim, eu notei. Querida? — Dulce a mirou, parando na porta. — Não se esqueça que amanhã, nós...
— Eu sei mãe, mas o amanhã ainda está muito longe, preciso de um banho, outra roupa e irei direto para a Torredo. Quer vir comigo? Ficarei em reunião a maior parte do tempo, o que pode ser chato para você.
— Eu irei com você. Me dê apenas uma hora para me arrumar, sim? — Dulce concordou.
— Há toalhas no armário do banheiro, sabonetes, óleos e sais no armário do lado direito se quiser tomar banho de banheira, e há também... — Dulce apontou para o cômodo.
— Não se preocupe filha, eu posso me virar. — Dulce assentiu, sabendo o quanto àquela situação era dura, para ambas.
— Ok, então te espero lá em baixo, Dona Cida estará lá com o almoço.
Blanca voltou a assentir.
Dulce deixou o quarto de sua mãe. Encostou a porta caminhando pelo corredor até chegar em seu quarto. Abriu a porta, sentindo aquele cheiro tão particular de seu perfume preferido. Fechou os olhos por alguns segundos, apenas para...
— Qual é o nome? — Christopher perguntou, e Dulce se virou, completando a cena irresistível, o mirando nos olhos com os cabelos ainda sensualmente desordenados pelo vento. — Qual é o nome do seu perfume?
Voltou a abrir os mesmos com pressa, deixando os sapatos em um canto qualquer do quarto. Abriu a grande porta que a levaria até seu closet, ascendeu a luz tendo a visão daquele grande armário. Abriu a terceira porta, tendo acesso a milhares de cabides, com diferentes terninhos dos mais variados cortes, cores e tonalidades. Fechou os olhos por alguns instantes, passando a mão por àqueles tecidos tão macios e conhecido por seu corpo. Optou por um conjunto azul claro, por baixo uma camisa branca, sapato da mesma cor que a camisa. Não trocou de bolsa. No banho prendeu os cabelos no alto para não os molhar, entrou na banheira preparada por ela mesma com os sais de sua preferência.
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Um Lindo Homem
Hayran Kurgu+16| Eu não precisava voltar, não precisava me desculpar, deixar tudo e fugir, eu apenas precisava de um motivo, um único motivo... Você! Finalizada em: dez 15, 2020. ATENÇÃO: TODOS OS CRÉDITOS PARA A MANDY, DO ORKUT. ESSA OBRA É APENAS UMA REPOSTAG...