Um Lindo Homem

𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟎𝟐𝟔

— Vira... — Christopher lhe disse e Dulce mais uma vez arrepiou-se dos pés à cabeça. — Não me entendeu querida... — Aproximou-se ao pé de seu ouvido para então murmurar: — Estou falando para se virar. — Ela hesitou alguns segundos, então girou na cama, permanecendo ereta, de joelhos sobre a mesma, com as mãos apoiadas na grande madeira que servia de encosto.

Manteve os olhos abertos em expectativa, sentindo que ele havia por alguns segundos saído da cama, para então voltar, e para a surpresa dela lhe colocar um faixa de seda sobre os olhos, a amarrando levemente.

— Christopher... — Ela murmurou, levando automaticamente as mãos a faixa.

— Shiuuu, confia em mim.

— O que está fazendo comigo?

— Eu estou amando você.

O que ele queria dizer com aquela frase, e o que foi interpretado. Por Dulce foram coisas definitivamente diferentes, mas que em nada alterou o que sucedeu. Em nada alterou a intensidade das ações que se sucederam após aquela venda tão macia ter sido posta contra os olhos de Dulce.

Ele voltou a ajoelhar-se na cama, por trás dela, colando seu peitoral as costas de Dulce, correndo suas mãos pelos seios dela até alcançarem suas coxas. Ela contraiu o corpo, o jogando para trás exatamente como ele sabia que ela faria.

Com os instintos ainda mais aguçados por sua visão lhe ter sido tomada, Dulce, com uma mão o agarrou na coxa grossa e firme, com todos seus instintos em alerta, à espera do próximo movimento de Christopher, que colocou um joelho entre os joelhos dela, a tombou em alguns centímetros, a fazendo sentir seu sexo.

Inclinou-se levemente sobre ela, com seu braço a segurando, passando por cima de seus dois seios. Dulce de imediato cobriu o braço dele com o seu braço entrelaçando seus dedos na região próxima de sua axila. Manteve a outra mão segurando o encosto da cama, e a mão dele logo cobriu a sua, no instante em que seu corpo lhe penetrava em dimensões extraordinárias.

Segurou o gemido com tal intensidade que seus olhos arderam em lágrimas.

Era glorioso... o sentir assim de forma tão completa e profunda, ouvir sua respiração ofegante ao pé de seu ouvido, sentir suas costas tão coladas ao corpo tão quente e grande de Christopher. Ele empurrou uma vez e ela novamente segurou o alto gemido, ciente de que os beijos dele não mais a calariam, ciente de que ele havia feito aquilo de propósito.

— Deus, Christopher... — Dulce murmurou enlouquecida, mordendo os lábios, segurando com força o encosto da cama, sentindo como ele apertava sua mão com força controlada, a equilibrando, a puxando contra si quando lhe penetrava. Dessa posição ele tinha a livre entrada de seu corpo, e lhe atingia um ponto preciso em sua feminilidade.

Christopher lhe dava prazer, o mais puro e completo prazer que já havia recebido em vida.

Sentiu os beijos em seu pescoço, em sua nuca, em suas costas... Viu as veias do braço dele saltarem, seus músculos em evidência no braço em que ele mantinha estendido para adquirir o equilíbrio de seus corpos.

Era demasiadamente sensual e ardente. Ela não podia respirar... Não conseguia respirar.

— Só lamento por não poder ver seus olhos. — Christopher murmurou com a voz estrangulada, fato que confirmava a Dulce que ele também estava a explodir de tanto prazer. — Ah Deus, Dulce, não posso me conter, não quero me conter...

— Diga... — Ela sussurrou, perdendo a fala entre uma investida e outra. — Diga que não fará nenhuma outra mulher sentir isso. — Deixou escapar um gemido, o sentindo movimenta-se com mais força — Diga que jamais fez com que uma mulher se sentisse dessa forma. — Gemeu outra vez, mordendo os próprios lábios em angústia. — Oh sim você tem razão em me chamar de egoísta.