NOVE -> Não Pare de Acreditar....

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15 de dezembro de 2007 foi o melhor e o pior dia para Demi, naquele dia, sua mãe, que estava internada a meses lutando contra uma espécie rara de câncer no fígado, apresentou uma grande melhora, os médicos estavam otimistas quanto a sua melhora, não uma cura definitiva, mas uma melhora, os medicamentos experimentais estavam fazendo efeito, ela até conseguia se sentar sem ajuda, seu corpo debilitado e pálido ganhou mais força e cor.

O dia foi repleto de sorrisos, abraços e muitos beijos, Nicolas tirou o dia de folga para passar com sua esposa, naquele momento, Demi sentiu que eles finalmente eram uma família de verdade. E naquele dia, foi a primeira e última vez que Nicolas Levi demonstrou algum sentimento pelo único filho.

Quando o relógio marcou nove e quarenta e oito daquela noite de sábado, Eleanor deu seu último sorriso para o filho amado, olhou em seus olhos - que eram da mesma cor que os da mãe - sorriu e sussurrou; Don't Stop Believin.

Em seguida o barulho das maquinas que monitoravam seu estado físico apitaram loucamente enquanto o pequeno Demi de apenas quatorze anos assistia sua mãe fechar os olhos lentamente. Era o fim, Eleanor L. Prince deixara este mundo para sempre.

= MÃE! - Demi gritou após acordar assustado com o sonho que tivera.
Desde aquele dia, Demi tem um pesadelo exatamente igual e acorda assustado, era sempre o pior dia do ano, principalmente por que não ter ninguém que lhe de apoio nesse dia além de sua tia, ainda sim, Demi preferia visitar o tumulo de sua mãe sozinho, assim poderia desabafar com ela tudo que o afligia.

Após alguns minutos tentando manter as lagrimas controladas, Demi seguiu para o banheiro de seu quarto, minutos mais tarde, estava sentado na bancada da cozinha tomando uma grande caneca de chocolate com duas pequenas torradinhas, a única coisa que descia naquele momento era chocolate.

= Boa tarde meu filho. - Anastácia o cumprimenta ao entrar na cozinha e ver o sobrinho brincando com um pedaço de torrada. - Você está bem?

= Oi tia, estou bem sim. - Responde sem olhar para a mulher.

= Vai ao cemitério agora? - Indagou.

= Sim. A senhora pode pedir para o Acácio me levar? - Perguntou encarando a tia. - Não estou afim de pegar um taxe hoje.

= Claro, ele já está a sua espera, você sempre pede que ele te leve todos os anos. - Ela sorri para amenizar o clima de tristeza.

= Obrigado. - Agradece e sai do recinto.

Ao chegar no cemitério Jardim Eterno, Demi saiu rapidamente pelas lapides, com um buque de Camélias brancas, as favoritas de sua mãe, o loiro finalmente chegou na lapide de sua mãe, por ser um cemitério para famílias ricas, sua tia Anastácia fazia questão que toda semana a sepultura fosse limpa, a grama bem aparada, a lapide de mármore negra.

Ela visitava a irmã uma vez por mês, mas Demi só vinha visitar em raras ocasiões, como no dia das mães, o dia de seu aniversário, onze de setembro, ou no dia de seu falecimento. Mas não importa quantas vezes viesse, o sentimento de estar incompleto ainda o assombram.

= "Assim como as Rosas tem o seu tempo de florescimento, eu também tive o meu, e assim como elas, vivi todo o meu esplendor. Mas antes de partir, deixei semeado o caminho para que outros o sigam e floresçam como eu floresci". - Demi leu a frase escrita com letras douradas no mármore negro. - Mamãe! Eu sinto tanto a sua falta. - Disse em lagrimas, as flores já colocadas no pequeno vaso amarelo. - Seus conselhos, seu sorriso meigo quando eu fazia bagunça no meu quarto, até de quando a senhora brigava comigo. - Os soluços aumentaram conforme Demi desabafava. - Mesmo a tia Ana sendo uma mãe maravilhosa, ela não é a senhora, e eu me sinto tão sozinho. Por que mamãe? Por que o Nicolas me odeia tanto, o que eu fiz de tão horrível para ele me odiar?

DUOLOGIA: The Climb - Arranha-Céu. LIVRO 1 (Mpreg) Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora