"01"

13 2 0
                                    

Me recostei no banco do avião e olhei pela janela.

De cima a vista era linda.

Embaixo, árvores enfeitavam o lugar.

Era tudo muito verde, o que me enchia os olhos.

Brasil era um país maravilhoso.

Digo e repito.

Brasil é um país lindo, as árvores dando contraste a cidade que ao lado contrastava as pequenas aglomeração de casas.

Faltava apenas três minutos para o vôo terminar e eu finalmente aterrizar no país,o qual era desconhecido por mim até ali.

Quando saí do avião algumas pessoas me encaravam até demais, o que de certo me causou uma pequena risada.

Qual o problema? Será que sou tão feio assim?

Uma mulher vinha apressada em direção a mim, e eu rapidamente me desviei de si seguindo meu caminho, depois de alguns minutos andando por ali, resolvi sair do prédio e andar pela cidade.

Esta era concentrada no meio de uma grande ilha.

Devo dizer que nunca havia imaginado que iria conhecer a cidade do Amazonas, uma das cidades quase esquecida pelo mundo.

Porém, eu não estava ali para apreciar a beleza do lugar ou algo assim.

Meu único e óbvio objetivo era encontrar minha mais nova companheira.

...
Caminhei por algumas horas até me cansar, quando cheguei a um lugar que parecia ser uma praça me sentei em um banco de mármore, fechei os olhos e um cheiro me veio as narinas.

Senti aquilo que não tinha mais vida em mim pulsar.

Abri os olhos e me levantei seguindo o cheiro que me era um tanto desconhecido.

Caminhei por alguns segundos até chegar em frente a uma escola. Meus olhos foram diretamente para a garota baixinha de cabelos escuros na altura dos ombros. Seus olhos eram de um castanho escuro e sua boca carnuda. Sua face redondinha lhe dava um ar de fofurinha. Sorri de lado e me escorei a uma árvore.

Era até um pouco engraçado saber que uma quase criança havia sido destinada a mim.

Fiquei a olhando por um tempo até uma outra garota se aproximar de si, esta era um pouco mais branca que ela e tinha olhos castanhos bem claros, seus cabelos também eram na altura dos ombros, as duas conversavam animadas sobre algo e sorriam animadas, elas se abraçaram e isso me fez cogitar a idéia de que ambas eram amigas.

Depois de alguns minutos estas saíram andando em direções opostas e eu comecei a acompanhar a de cabelos escuros. Ela ia devagar enquanto escutava algo com os fones de ouvido postos em si.

Depois de alguns segundinhos um garoto passou por mim correndo e se aproximou dela. Parei de andar e fiquei os olhando.

Ele a puxou pelo pulso a fazendo se virar para si, ela o olhou nos olhos e o garoto a beijou. Franzi o cenho e desviei o olhar.

Ela já era comprometida? Então eu havia viajado até ali para nada?

Bufei levando as mãos até os cabelos e chutei uma pedrinha, olhei uma última vez para o casal e a vi sorrir para o garoto, porém, seus olhos foram para mim, ela franziu o cenho olhando para mim e colocou a mão sobre o peito, eu já estava pronto para sair dali, porém, quando está fez isso, fui incapaz de dar um passo para longe de si.

Então eu não era o único a ter sentido meu coração bater tão rápido?

O garoto próximo a ela começou a falar consigo, porém, ela não o guiava o olhar, o que me fazia ter certeza que era ela a minha companheira, e que ela estava ligada a mim, o destino foi injusto comigo, porém, agora ele estava me dando uma segunda chance.

Ela vacilou em alguns passos e se guiou dois passos em minha direção, porém, o garoto que antes estava a lhe tocar os lábios saiu a puxando, quis ir atrás porém, eu não podia.

Mas uma coisa eu já tinha certeza, ela sentia a mesma coisa por mim, o que significava que eu já não teria tanto trabalho para lhe conquistar.

Agora uma coisa eu jurava a mim mesmo.

Aquele garoto não irá se dar muito bem não.

Eu irei a fazer o deixar, e ele nunca mais irá trocar um dedo sequer em minha pequena.

Virei nos calcanhares e comecei a andar em direção contrária a da garota.

Pelo visto nos próximos dias eu teria que a conquistar, e óbvio.

Dar um fim naquele babaca.

Nightfall Bloody_Book IIOnde histórias criam vida. Descubra agora