Julieta Batista
Estava eu na cozinha de casa terminando de preparar nossa janta, quando minha mãe entra em casa batendo a porta. Seu rosto estava transformado pela fúria e eu não fazia ideia do porque.
-Mãe o que foi? - pergunto me aproximando dela.
-Nada Julieta, por favor me deixa. - ela passa por mim e vai pro quarto.
Eu não deixo por isso e sigo ela entrando em seu quarto, ela está deitada na cama de barriga pra baixo chorando. Eu sento na cama e toco em seus cabelos devagar, isso só faz com que ela chore mais ainda. O que fizeram pra ela? Será que foi meu pai?
-Meu pai te fez alguma coisa? - pergunto baixinho.
-Julieta eu disse que queria ficar sozinha. - ela senta na cama e me encara. - Será que nem isso eu posso fazer?
-Eu só estou preocupada mãe. - me justifico.
-Não precisa, vou tomar um banho e logo eu melhoro.
-Vou esquentar água pra senhora. - digo me levantando da cama sem jeito.
-Obrigada!
Eu saio do quarto encostando a porta, chego na cozinha e meu pai está bebendo água.
-Oi pai.
-Cadê sua mãe? - pergunta de forma grosseira.
-No quarto... Ela tá com dor de cabeça eu acho. - ele só balança a cabeça. - Vou colocar água para ela tomar banho, o jantar está pronto se o senhor quiser...
-Daqui a pouco.
Ele vai pro quarto e ouço ele trancar a porta com chave, eu saio de dentro de casa e sento no banquinho que tem do lado de fora. Sempre que meu pai tranca a porta do quarto eu sei o que vai acontecer, como nossa casa é pequena é quase impossível não escutar certas coisas. Já escureceu e sei que daqui a pouco essa fazenda estará cheia, pois hoje é há tal festa de boas-vindas para doutor Conrado.
Eu penso em entrar só que desisto ao escutar gemidos mais alterados, eu resolvo sair para andar mesmo que já esteja escuro. Eu nasci aqui nessa fazenda, minha mãe me teve dentro da nossa casa, eu conheço esse lugar muito bem. Assim que me aproximo do casarão, vejo uma grande movimentação dou a volta para ninguém me ver e do outro lado tem uma tenda enorme. As pessoas muito bem vestidas e elegantes, de longe vejo seu Amadeu junto com Matheus.
-Garota o que tá fazendo aqui? - dou um pulo ao ver um homem atrás de mim. - Está cheio de trabalho para fazer, vai servi mais bandejas.
-Moço eu não...
-Agora, anda, anda. - sai me puxando até uma entrada onde só tem garçons. - Coloca esse avental e não demore.
Eu estava completamente diferente de todos, de vestido de malha e uma bota cano curto. Eu coloco o avental apressada e o homem me entrega a bandeja rapidamente.
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Julieta - Série Paixões Perigosas - Livro 4
Lãng mạnPLÁGIO É CRIME! Julieta Batista, vinte anos, mora numa pequena casinha na fazenda aonde seu pai trabalha. A fazenda Nogueira é muito conhecida por seus gados e cavalos de puro sangue, uma família rica e esnobe que trata seus empregados como cachorro...