Capítulo 23

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Edgar Pinto

Eu passei minha infância no orfanato e posso dizer que sofri bastante, até uma senhora de olhos verdes resolver me adotar como filho. Com onze anos eu comecei a ter uma noção do que é ter uma mãe e um pai, eu não quero e não faço questão de conhecer a mulher que me colocou no mundo. Minha mãe Clara e meu meu pai Ronaldo são o que preciso, são meu espelho de vida e não preciso de outros. 

Nesses quarenta e três anos de vida não tive uma vida muito fácil, quando fui adotado meu pai tinha um vida mais instável, só que ele perdeu emprego e tudo começou a decair para nós. Desde cedo eu trabalho para ajudar meus pais e foi quanto tive a oportunidade de montar minha barraca de frutas e partir dai virou o sustento da nossa família. Nos mudamos para Rios dos Cristais, pois meu pai herdou uma casa muito boa de minha tia que infelizmente veio a falecer. Eu moro na casa dos fundos, não preciso de muito coisa já que sou um homem sozinho. 

Não sou santo e pego uma e outra por ai, mais nenhum que me fizesse querer sossegar e ter uma família. Sou um cara tranquilo e na minha, só não me tirei do sério que já vai ter se livrado de uma boa briga comigo. 

-Filho vamos, já devíamos estar lá para montar a barraca. - meu pai fala me vendo sentado no meu pequeno sofá calçando meus tênis. - Tem que comprar um tênis novo filho. 

-Pai esse é só para o trabalho, tenho outras prioridades meu velho. - digo me levantado. - Tenho que comprar uma maquina de lavar, preciso terminar de colocar piso na cozinha que não tem. 

A casa do fundo onde moro estava inacabada então tive que dar um reformada, eu sou pau pra toda obra e eu mesmo fiz tudo. Se tenho um físico bom não é por causa de academia e sim pelo meu trabalho braçal. 

-Eu sei filho e por isso tenho muito orgulho de você. - me abraça. - Seus pais verdadeiros não sabem o menino de ouro que perderam. 

-Não vamos falar de coisa ruim. - digo sorrindo. - Ainda bem que eles não me quiserem, pois só assim pode viver com vocês. 

-Tem razão, agora vamos antes que sua mãe venha aqui puxar nossa orelha. 

E assim nós vamos para mais um dia te luta. 

[...]

Estava atendendo meus clientes quando vejo aquela mulher de outro dia. 

Olhando ela melhor não posso negar, ela é uma morena linda! 

Olhando ela melhor não posso negar, ela é uma morena linda! 

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-Bom dia Edgar. - sorri. - Esse é Carlos, podemos falar um minuto?

-Sim... Pai cuida aqui. - peço a ele. 

-Claro filho. 

Eu dou a volta na barraca e para na frente deles. 

-O que posso ajudar? - pergunto. 

-Nós precisamos que você faça um carregamento especial para gente, todas as frutas que você tiver. - diz um moço alto e bem elegante para frequentar uma feira. - Moramos uma fazenda um pouco distante, pago pra você todo o prejuízo que você possa ter. 

Julieta - Série Paixões Perigosas - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora