Capítulo 4

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Conrado Nogueira 

Eu volto para o casarão e vou direto para meu quarto, estou molhado e sujo preciso de um banho urgente. Depois do banho eu coloco uma camisa preta, um calça de moletom e chinelos não vou mais voltar para festa alguma. Tive muita agitação para um dia só, meu encontro nada agradável com Mercedes, depois essa infernação de festa que meu pai quis fazer, depois levar Julieta para sua casa... Isso se eu posso chamar aquele lugar de casa. Fico pensando se Elton ganha tão mal assim, bom segunda vou olhar as finanças e ver o que posso fazer. 

Mercedes não ficou nada satisfeita em me ver e pra falar a verdade nem eu em vê-la. 

O que realmente está me perturbando desde que sai da casa dela, é sua filha. Eu não estou gostando dos rumos que meus pensamentos estão indo, não pode não notar seu vestido grudado no seu corpo pela chuva, seus seios fatos e porra que boca linda! Nunca me atrai por mulheres da idade dela ou do seu porta físico, porém ela tem algo que me trai e não gosto disso. Não gosto mesmo! 

-Sabia que ia te encontrar aqui. - Carlos Alberto entra no meu quarto. - Vi você entrando, só não vim antes, pois a porra da Mônica estava me alugando. - bufa. - Mulherzinha chata do caralho! 

-Eu peguei chuva e pra ser sincero odeio essas festas, participei só para fazer uma social. - respondo. - To exausto. 

-Você está é incomodado, isso sim Corando. - murmura. - Tem há ver com aquela menina de mais cedo? E não me faça de idiota, pois eu vi como você tratou ela e a protegeu. 

-Ela é filha dá Mercedes, aquela Mercedes... - suspiro. - Tem noção disso? Eu não estou aqui nem a uma semana e já aconteceu coisa para um mês inteiro. 

-Calma, Mercedes é aquela que você largou pelos seus pais? - afirmo. - Porra... Se tá fodido. - ri. 

-Obrigado pelo apoio. 

-To brincando cara, olha o que você sente pela tal Mercedes? 

-Antes de brigar com ela e vê o que ela virou, carinho. - olho pra ele. - Hoje... Hoje eu não sei dizer... 

-E pela Julieta? 

-Eu conheço ela há alguns dias, não posso negar que ela é bonitinha... - dou de ombros. - Eu não vou me meter com ela Carlos, ela é filha da mulher que trepei no passado. - passo ás mãos nos meus cabelos. - Ela poderia ser minha filha. 

-Mais não é. - sorri. - Claro ela não é o tipo de mulher que você costume se envolver, mais se você sente atração e ela também... Foda-se o resto! 

-Carlos eu disse que acho ela bonitinha, não tenha ilusões, pois nada vai rolar entre eu e ela. 

Não pode e não vai rolar, isso não é certo... Não é. 

[...]

Segunda feira chega e com ela meu mal humor para ouvir meus pais, ainda preciso conversar com Matheus que anda fugindo de mim. Graças ao meu bom Deus todos foram embora, menos Carlos que vai passar mais um tempo aqui comigo. 

-Bom dia doutor! - seu Eugênio entra na minha sala.

-Mal dia... Preciso de alguns papéis que sei que estão com o senhor, meu pai cuida das finanças e agora é responsabilidade minha claro. 

-Sim, ele me pedia ajuda para algumas coisas, só que não eram muitas... - responde. - Vou buscar e já lhe trago doutor. 

-Obrigado! 

Ele vai e volta num pulo, começo a rever todos os gastos e como anda realmente nossas contas. Posso dizer que nesses últimos anos, meu pai não segurou o bolso como deveria. Estamos com dividas e muitas que não tem necessidade, tudo porque ele e minha mãe vivem com suas extravagâncias. 

Julieta - Série Paixões Perigosas - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora