Capítulo 12

14.1K 1.1K 67
                                    

Primeira capítulo de 2019, boa leitura!

Conrado Nogueira 

Quando chegamos para tomar café Carlos estava já sentado a mesa, ele brinca sobre os barulhos que escutou no meu quarto fazendo Julieta se envergonhar. Isso que dá morar num lugar onde tem muita gente, nossa privacidade é reduzida a quase zero. Minha noite com Julieta foi maravilhosa, confessei que a amava, disse o que pensava sobre nossa diferença de idade. 

Eu penso sim muito nisso, só que não posso deixar isso me consumir. 

-Amor eu já vou. - anuncia Julieta levantando. - Preciso saber como está meu pai... Vou ter que enfrentar minha mãe uma hora ou outra. 

-Eu já estou sabendo da fofoca. - diz Carlos. - Pelo que escutei, seu pai pediu o divórcio pra sua mãe. 

-Que? Como você sabe disse Carlos? 

-Ei não me culpe por saber, aqui as noticias correm rapidamente. - dá de ombros. 

-Eu já esperava por isso. - sussurra minha namorada. - Eu vou agora amor. - ela me dá um selinho rápido e sai. 

-Tchau Jujuba! - grita Carlos com a boca cheia. - Nossa isso aqui está divino. - aponta para o bolo de fubá. 

-Nojento. - ele mostra o dedo pra mim. 

-Deixa eu ir lá no escritório, não faço ideia do que nosso advogado faz aqui. 

-Coisa boa que não é irmão. 

Eu levanto e vou até os escritório, meus pais estão conversando em voz baixa com o nosso advogado.

-Posso saber o que está acontecendo? - pergunto me sentando. - Para vocês invadirem minha privacidade, acho que o caso é de vida ou morte né? - debocho. 

-Deixa de brincar com assunto sério filho, não estamos para brincadeira. - resmunga meu pai. - O doutor Donizete venho aqui para dizer que podemos ser processados.

-E posso saber porque e pelo que? 

-Seu tio. - grunhi meu pai. - Aquele maldito! Ele acha que tem direito a nossa fortuna, só que ele não tem, pois o mesmo abriu mão dela. 

-E ele assinou? - pergunto. - Pela sua cara vejo que foi coisa de boca, olha pai pensei que fosse mais esperto. 

-Não fale assim do seu pai filho, seu tio voltou para nos atazanar. 

-Eu não posso falar muito dele, eu mal o conheci já que ele foi embora eu era pequeno. - resmungo. - Ele quer dinheiro é isso Donizete? - pergunto para o advogado. 

-Ele quer dinheiro sim Conrado e mais uma coisa. 

-O que? - pergunto. 

-Seu cargo. - eu arregalo os olhos. - Ele quer comandar a fazenda, se caso seu pai deixar ele retira o processo. 

-Ou? 

-Ou ele me processa e a situação que já está difícil, fica pior Conrado. - responde meu pai alterado. - Eu não sei o que ele quer, depois de tantos anos. Ele está velho, tem uma esposa, filhos, uma vida boa, pois ele ficou com muita grana... Eu realmente não sei o que ele pretende com isso. 

-Quero ele aqui. - ordeno. - Se ele quer meu lugar, quero ver com quem eu to lidando. - respondo. - Eu quero conhecer ele, quero saber o que está motivando ele e se for com a cara dele faço algum acordo. Ele está disposto a conversar? - pergunto para Donizete. 

-Com seu pai ele não quer papo, já com você posso tentar. Vou entrar em contato com o advogado dele, assim que tiver uma posição eu te passo. 

Julieta - Série Paixões Perigosas - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora