Capítulo 18

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Matheus Nogueira 

Eu passei minha vida a sombra do meu irmão, sempre com as melhores mulheres, melhores amigos, sempre responsável coisa que eu admito que não sou. Meus pais sempre gostaram mais de mim do que dele, só que mesmo assim nunca confiaram em mim para gerir os negócios da família.

Se eu sou invejoso? Bom sobre o meu irmão talvez eu seja, sempre quis tudo que ele tem. Na realidade eu sempre quis ser ele, sempre querido por seus amigos e temido pelos os inimigos. Não me arrependo de nada do que fiz, aquela manca desgraçada me fez passar meses longe do que mais gosto. Luxo! Eu não consegui ficar com ela sozinho, mas quando eu conseguir ela que me aguarde. Conrado quis reunir todos aqui no casarão para dar um comunicado, não faço ideia do que seja mas eu já não estou gostando. 

Entro no casarão e todos já estavam na sala, vejo que a conversar iria começar sem mim. 

-Não iria me esperar irmão? - pergunto. 

-Pra que? Você não me importa, se estiver aqui ou não, não tem a menos diferença. 

-Como  sempre você é certeiro nas palavras... - debocho. 

-Como estava dizendo eu tomei uma decisão e agora que está tudo certo resolvi contar, não quero a opinião de ninguém. Isso é só um comunicado e espero de verdade, que aceitem sem grandes problemas. 

-Fala logo Conrado. - nossa mãe fala com impaciência. 

-Eu estou deixando há administração da fazenda. - diz calmamente. - Eu não vou ficar lutando por algo que não fiz, estou cansado e sem novas ideias para tirar esse lugar da merda. A merda que você nos colocou pai. - aponta para ele. - Você conseguiu deixar todos nessa situação e hoje entendo, o senhor não estava doente por motivos clínicos e sim motivos de ficar pobre. - ri. - Se estou aqui é porque você foi incompetente. 

-Você não pode fazer isso... - sussurro. - O pai confiou em você. - me aproximo dele irado. - Agora vai abandonar o barco porque está difícil? Que tipo de filho é você? 

-Eu sou o tipo de filho que não tem nada a ver com você. - aponta pra mim. - Sou honesto, comprometido, responsável e o mais importante, sou um homem de caráter. Coisa que essa família não sabe o que é exceto por nosso tio Isaque. 

Minha vontade é socar a cara desse merda, mais se ele vai embora é hora de assumir o que é meu. Conrado não conseguiu salvar nossa fazenda, pois gosta de ser honesto e justo. Até parece... Vou levantar esse lugar e mostrar para todos do que sou capaz. 

-Você não pode ir Conrado. - minha mãe fala ao ver meu pai calado. - Você tem que nos ajudar, seu pai não tem mais condições e seu irmão... - olha pra mim. - Ele não tem experiência com isso... 

-Meu tio Isaque... 

-Eu não. - meu tio tira o corpo fora. - Eu vou embora daqui com o que é meu por direito, depois não quero mais pisar aqui. - responde. - Vou falar com meu advogado e pegar tudo que é meu, agora você Amadeu torça para conseguir levantar esse lugar ou estará ferrado. 

-Eu comprei uma fazenda. - meu irmão fala nos deixando espantado. - Vou começar do zero e não quero mais saber de vocês, pois quando eu precisei ninguém me ajudou. - murmura com magoa. - Vou embora daqui duas semanas e a partir de hoje pai, coloque seu filhinho preferido no meu lugar. Ele vai gostar de ter poder, mesmo que seja um bosta em tudo que faz. 

-O bosta aqui vai conseguir fazer o que você não fez e vou te mostrar, seu filho da puta presunçoso. - aponto o dedo na cara dele. - Eu vou te mostrar quem é Matheus Nogueira. 

-Jura? Vai fazer o que? Vai roubar? Vai matar para conseguir o que quer? - me enfrenta.

-Não sei... Se não quiser ser arrastado pela correnteza, não fique na minha frente, maninho. - gargalho. - E claro, não deixa sua florzinha perto de mim não, pois eu adoro foder aquela bucetinha. 

Julieta - Série Paixões Perigosas - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora