Conrado Nogueira
Eu estou agitando e louco pra sair daqui desse lugar, será uma nova vida para mim e Julieta. Estou pegando o resto das minhas coisas que estavam no quarto do casarão, Margarida vai conosco e posso dizer que estou muito feliz com isso. Pelo menos não terei que contratar alguém que não conheço, para cuidar da minha casa.
-Meu ainda? - Carlos entra no quarto com Sheila.
-Já acabei. - digo fechando a última mala onde estavam livros e coisas pessoais. - Cadê Julieta?
-Ela quis ficar lá para se despedir no rio. - conta Sheila. - Só que ela disse que já vinha e nada dela...
Quando eu cheguei aqui Matheus saiu logo em seguida, só que ele não saiu da fazenda, pois seu carro está aqui. Eu não gosto do rumo dos meus pensamentos.
-Vou atrás dela. - saio do quarto e desço as escadas correndo.
Eu não sei porque, mais meu coração se aperta de uma tal forma que eu só sei correr. Eu corro apressado e vejo Carlos me gritar e vir correndo atrás de mim, só que eu não paro algo me diz que tem alguma coisa muito, mais muito errada.
-Socorrooooooo... - escuto assim que vou me aproximando do rio e corro mais rápido ainda.
Assim que chego até o rio, vejo meu irmão afogando Julieta que se debate mais não consegui se soltar.
-SOLTA ELA AGORA. - grito.
-Chegou o salvador da pátria. - debocha.
Eu parto pra cima dele lhe dando um belo soco, Julieta está com o rosto machucado e tossindo muito. Pego ela colo tirando ela da água, deito ela no chão apavorado.
-Amor, amor fala comigo... - dou dois tapinhas no seu rosto.
-Me leva no médico. - chora. - Ele me deu um chute na minha barriga... - seus olhos estão fracos.
Levanto sua blusa e está roxo.
Meu Deus!
-Carlos pega meu irmão e não solta. - grito pra ele assim que se aproxima. - Vamos no hospital agora.
Carlos agarra meu irmão pelos braços o arrastando até nós, eu pego Julieta e tento ser o mais rápido possível para chegar no meu carro.
-Eu devia ter mato ela antes... - solta Matheus.
-Cala essa boca seu filho da puta. - grita Carlos.
-Carlos deixa Margarida e Sheila aqui na fazenda, você vai comigo no carro. - falo com a voz embargada olhando pra Julieta. - Preciso que leve esse maldito pra delegacia e faz uns favores pra mim.
-Deixa comigo.
-Conrado tá doendo... - ela se agarra mais em mim. - Não quero perder...
-Não vai, não vai acontecer nada eu te juro.
[...]
Quando a gente chego no hospital, Julieta começou a sangrar e logo levaram ela pra longe de mim. Eu sento no chão e choro inconformado com minha desgraça, quando tudo parece bem acontece uma coisa dessas.
-Senhor, somos da policia e precisamos falar com o senhor. - falam dois homens parados na minha frente.
-Meu irmão está preso? - pergunto enxugando minhas lágrimas.
-Está senhor, só que precisamos do depoimento da vítima também. - diz.
-A vítima está sendo cuidada pelos médicos, terão que esperar... - murmuro. - Eu quero fazer outra denuncia contra Matheus. - me levanto. - Ele além de tentar matar minha mulher, abuso sexualmente dela e a mesma pode confirmar isso.
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Julieta - Série Paixões Perigosas - Livro 4
RomansPLÁGIO É CRIME! Julieta Batista, vinte anos, mora numa pequena casinha na fazenda aonde seu pai trabalha. A fazenda Nogueira é muito conhecida por seus gados e cavalos de puro sangue, uma família rica e esnobe que trata seus empregados como cachorro...