Julieta Batista
Essa noite não foi como eu planejei, pois Conrado passou a noite ansioso para saber sobre essa tal criança. Depois de quase morrer, eu passei há aproveitar muito mais do que antes. Nunca se sabe o que pode acontecer. Estou de quatro meses e se tudo der certo descobrimos o sexo do bebê, pelo menos isso vai trazer mais felicidade para nossas vidas.
Mercedes sumiu e nunca mais deu sinal de vida, Matheus está preso e não vai sair da cadeia é o que espero. Eu queria não sentir esse medo de rever Mercedes, mas é impossível não me sentir insegura, ainda mais depois dela ver aquele merda tentar me matar e ela não fazer nada. Meu pai ficou sabendo e venho aqui me visitar junto com Tito, meu meio irmão. Eu nunca vi meu pai com tanto ódio na vida e com isso acabei revelando a ele sobre minha mãe e Eugênio, o mesmo no começo não acreditou mais depois caiu em si.
-Será que dá pra você parar de se mexer Conrado. - peço virando na cama para olhar pra ele. - Parece um peixe. - resmungo com sono. - Eu sei que está com a cabeça cheia e entendo, só que ficar assim não vai adiantar.
Ele bufa se sentando.
-Eu to com a cabeça a milhão, quero saber que mistério é esse que aconteceu...
-Eu também quero e nem por isso estou assim. - sento na cama. - Eu passei a noite praticamente em claro, pois você não dormiu. - pego na sua mão. - Eu estou do seu lado amor, só que sou uma mulher gravida e precisa dormir. - brinco pra descontrair.
-Me perdoa. - me dá um beijo no rosto. - Já vai dar seis da manhã, vou levantar.
-Não, você não vai. - faço ele deitar virado pra mim e volto a deitar. - Fica quietinho aqui comigo. - pego sua mão e coloco na minha barriga.
Ele me obedece e fecha os olhos, suas mãos fazem leves carinhos na minha barriga e logo vejo que o mesmo dormiu. Ele chega até a roncar um pouquinho me fazendo rir, agora que ele dormiu eu faço o mesmo.
[...]
Eu desperto com o celular dele apitando, desligo e me assusto ao ver que já são onze horas da manhã. Eu vou para o banheiro e depois de colocar uma roupa, desço para comer alguma coisa e levar algo para Conrado.
-Bom dia dorminhoca. - Sheila sorri.
-Bom dia amiga, preciso comer alguma coisa e levar para o meu namorado. - falo. - Ele passou a noite quase toda em claro, conseguimos dormir agora cedo...
-Ele está assim pelo que Carlos me contou? - afirmo. - Tomara que tudo se resolva, chega de drama pelo menos na vida de vocês.
-Como assim? O que está acontecendo?
-O meu carma solto por ai... Eu só espero que ele soma e nunca mais volte.
-Não é só você que tem carma amiga, não é mesmo.
Depois de comer eu levo uma bandeja com algumas coisas para Conrado, sento na beira da cama e faço um carinho nos cabelos dele que ronrona como um gato.
-Amo acordar assim... - geme se espreguiçando. - Que horas são?
-Quase meio dia. - respondo. - Trouxe algumas coisas para você comer, ai sim depois você pode fazer o que quiser.
-Eu tenho a melhor mulher do mundo.
-Se você diz... - eu levanto mas a porra da minha perda começa a doer, sento na cama novamente. - Merda! Faz dias que não sinto nada...
-Sabe que não pode ficar muito em pé. - me repreende. - E ontem o que fez? Ficou quase o dia na cozinha, sendo que Margarida estava ai pra fazer as coisas.
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Julieta - Série Paixões Perigosas - Livro 4
RomancePLÁGIO É CRIME! Julieta Batista, vinte anos, mora numa pequena casinha na fazenda aonde seu pai trabalha. A fazenda Nogueira é muito conhecida por seus gados e cavalos de puro sangue, uma família rica e esnobe que trata seus empregados como cachorro...