19. He is back

2.8K 331 84
                                    

POV Mina

Estava sentada ao lado de Chaeyoung no parque mais próximo da casa de Jihyo, conversando sobre qualquer coisa aleatória. Segurei sua mão, e ela me olhou, dando um sorrisinho fofo que aparecia suas covinhas.

Nossos pais tinham voltado ontem, mas de alguma forma, eles falaram para posarmos mais um dia na Jihyo, e que hoje mais tarde iria nos buscar.

— Meus pais do nada me perguntaram se eu iria com eles no Japão visitar meus parentes na semana que vem, já que não vai ter aula – Falo, e vejo a menina ao meu lado se mexer desconfortavelmente. Estranho...

— S-Sério? – Aceno positivamente com a cabeça – E você vai, certo?

— Por quê? Você quer que eu vá? – A provoco.

Sei que ela está me escondendo algo, mas não vou deixar que isso aconteça. Ainda vou descobrir o que é.

— Claro que não. Queria que você ficasse comigo. Mas, a gente ficou um mês na mesma casa, já seus parentes não – Ela disse, e me deu um selinho.

— Vendo por esse lado, acho que vou mesmo – Claro que eu não iria.

— Que bom, amor! – Ela parecia aliviada —Minari! Minari! Vamos tomar sorvete.

Chaeyoung se levantou e começou a pular que nem uma criancinha. Ela então me puxa pela mão, me fazendo ficar em pé, e começa a correr. Tive que seguir seus passos. Quase caí no meio do caminho, mas tudo bem. Se for para fazê-la feliz, eu topo qualquer coisa.

Até mesmo eliminar certas... ‘’ coisas’’.



POV Chaeyoung

Alguns dias antes

Eram quase três horas da tarde, estava vendo as meninas jogarem Just Dance. Dahyun fazia palhaçadas e Jeongyeon entrou na dela, o que arrancava risadas de todos.

Até que Mina também decidiu jogar. Ela foi contra Jihyo. Antes de começar a dançar, a danada da minha namorada me olhou dando um sorriso travesso. Por que tenho a impressão de que ela quer me provocar?

O jogo começa, e as duas estavam empatadas. Por enquanto estava tudo normal, o que estava começando a estranhar.

Tzuyu se aproxima de mim, e pergunta se eu queria refrigerante. Aceito, e então ela me dá um copo para logo colocar o liquido nele. Começamos a conversar, na verdade não era uma conversa normal. Já que eu falava de Mina, e ela de Sana. De modo repentino, as meninas começam a gritar animadas.

Tomada por minha curiosidade, decido olhar em direção ao barulho. Com isso, meu queixo cai lá para o núcleo da Terra. Mina estava rebolando de modo totalmente provocativo. Comecei a sentir um desconforto em certas partes, e encarava sem pudor algum em direção a sua bunda.

— Psiu! Se controle, criatura. Daqui a pouco você seca a garota – Tzuyu me desperta de meu delírio, e eu instantaneamente me sinto sem graça. Provavelmente deveria ter corado.

Antes de voltar a olhar Mina, percebo que Momo e Dahyun estavam subindo as escadas, e eu sabia muito bem para o quê.  Coelhas...

Estava com receio de olhar para Mina de novo, capaz de eu ter um ataque. Essa menina acaba com todas as minhas estruturas.

Sinto meu corpo ser abraçado por trás, e dou um pulinho pelo pequeno susto que levei.

— Se assustou, é? – Mina ri perto de meu ouvido, e dá um beijo na minha nuca – O que achou da minha dança?

Se ela quis que eu me arrepiasse toda com o seu contato, então ela conseguiu.

Me viro em sua direção, e começo a encarar todo o seu corpo.

— Eu adorei. Mas, no momento não quero falar sobre isso – Seguro seu rosto, e o aproximo do meu. Beijo seus lábios com urgência, e então meu fogo pareceu ter aumentado. Eu nunca tinha ficado tão sedenta por algo, quanto agora. Ela pede permissão com a língua, e eu cedi. Nosso beijo tinha essa coisa tão especial que, eu não sei como explicar, tinha uma sincronização boa demais, e um encaixe perfeito. Minhas mãos foram até sua bunda, e então um aperto foi dado ali. Percebo que a menina a minha frente tinha ficado com a respiração descompassada por um segundo.

Ela para o beijo repentinamente, e me olha envergonhada. Até que eu percebi a intensidade de nosso beijo, e fico com vergonha também.

— É... Vou tomar banho. Até mais tarde – Ela me dá um selinho, para sair correndo logo depois.

Solto todo o ar que me parecia ter sido sugado, e fico ainda mais envergonhada quando percebo a plateia que ali havia, com olhares curiosos, ou travessos.

Não sei como, mas segundos depois estava correndo loucamente pelas ruas de Seul. O que chamou a atenção de muita gente.

Gente do céu, me dá um desconto, eu quase morri agora há pouco. Sociedade doida, tá louco.

Ainda correndo, meu corpo é parado por um homem, e quando olho para o seu rosto, meu corpo é tomado por uma mistura de sensações. Não sabia se sentia medo, se sentia raiva, ou se o matava ali mesmo. Ele me olhava de cima para baixo, com o seu olhar nojento.

— Que desperdício, Chaeyoung. Tem um corpo tão bonito, mas corta o cabelo igual a de um menininho. Acho que você e sua namoradinha estão precisando de uma lição – Ele falava negando com a cabeça, e quando ele citou Mina, meu corpo começou a tremer. Droga, essa não é hora de sentir medo.

— C-Como assim, minha namoradinha? – Perguntei, e me praguejo mentalmente por ter gaguejado.

— Myoui Mina. O que? Achava que eu tinha desistido de você? – Ele disse, e segurou meu rosto. Engulo em seco. Ele riu, e me soltou – Agora que você lembrou da minha existência, as coisas ficarão um pouco mais interessantes.

Deu um sorriso presunçoso, e saiu para um lugar qualquer. Meu corpo de repente se sentiu baqueado, e minha única reação foi sentar-me no chão, e abraçar o meu corpo.

Fiquei assim por alguns segundos, até me lembrar de que tinha que ser forte. Tinha que proteger Mina, tinha que dar uma lição nesse desgraçado.

Me levanto determinada, e começo a andar de volta para casa. Pego meu celular e disco para um número. Depois de segundos, sou atendida.

— Alô? Chaeyoung? – A mulher falou um pouco preocupada.

— Alô, senhora Myoui. Eu acho melhor que você se sente – Digo, e depois dela supostamente ter se sentado, conto tudo o que aconteceu.

— Que barbaridade! Esse verme tem que morrer – Ela dizia desacreditada – Vou ver se consigo levá-la para o Japão.

— Obrigada, me sinto mais tranquila assim

— Chaeyoung, eu gosto muito de você. É incrível a maneira como você a faz feliz. Então, por favor, tome cuidado com o que vai fazer – Ela diz, e faz com que eu me sinta emocionada.

— Pode deixar que eu vou ter cuidado. Ela também me faz feliz, qualquer coisinha que ela faça, é capaz de iluminar o meu dia todo. Eu a amo, senhorita Myoui.

— Vejo que minha filha escolheu muito bem – Rimos.

— Me sinto lisonjeada. É... Estou indo, xau.

— Xau – E então a chamada é encerrada.

Digito um outro número, mas dessa vez o do meu pai. Ele atende, provavelmente já sabendo o que aconteceu.

— Então esse desgraçado voltou, e agora querendo colocar a Mina no meio – Ele dizia com todo o desprezo do mundo.

— Sim, pai. Ele voltou. Mas dessa vez vamos dar um jeito nisso, certo?

— Certo. Isso não vai passar em branco.

Não mesmo...






» Back To Me « Onde histórias criam vida. Descubra agora