POV Mina
Estava sentada ao lado de Chaeyoung no parque mais próximo da casa de Jihyo, conversando sobre qualquer coisa aleatória. Segurei sua mão, e ela me olhou, dando um sorrisinho fofo que aparecia suas covinhas.
Nossos pais tinham voltado ontem, mas de alguma forma, eles falaram para posarmos mais um dia na Jihyo, e que hoje mais tarde iria nos buscar.
— Meus pais do nada me perguntaram se eu iria com eles no Japão visitar meus parentes na semana que vem, já que não vai ter aula – Falo, e vejo a menina ao meu lado se mexer desconfortavelmente. Estranho...
— S-Sério? – Aceno positivamente com a cabeça – E você vai, certo?
— Por quê? Você quer que eu vá? – A provoco.
Sei que ela está me escondendo algo, mas não vou deixar que isso aconteça. Ainda vou descobrir o que é.
— Claro que não. Queria que você ficasse comigo. Mas, a gente ficou um mês na mesma casa, já seus parentes não – Ela disse, e me deu um selinho.
— Vendo por esse lado, acho que vou mesmo – Claro que eu não iria.
— Que bom, amor! – Ela parecia aliviada —Minari! Minari! Vamos tomar sorvete.
Chaeyoung se levantou e começou a pular que nem uma criancinha. Ela então me puxa pela mão, me fazendo ficar em pé, e começa a correr. Tive que seguir seus passos. Quase caí no meio do caminho, mas tudo bem. Se for para fazê-la feliz, eu topo qualquer coisa.
Até mesmo eliminar certas... ‘’ coisas’’.
POV Chaeyoung
Alguns dias antes
Eram quase três horas da tarde, estava vendo as meninas jogarem Just Dance. Dahyun fazia palhaçadas e Jeongyeon entrou na dela, o que arrancava risadas de todos.
Até que Mina também decidiu jogar. Ela foi contra Jihyo. Antes de começar a dançar, a danada da minha namorada me olhou dando um sorriso travesso. Por que tenho a impressão de que ela quer me provocar?
O jogo começa, e as duas estavam empatadas. Por enquanto estava tudo normal, o que estava começando a estranhar.
Tzuyu se aproxima de mim, e pergunta se eu queria refrigerante. Aceito, e então ela me dá um copo para logo colocar o liquido nele. Começamos a conversar, na verdade não era uma conversa normal. Já que eu falava de Mina, e ela de Sana. De modo repentino, as meninas começam a gritar animadas.
Tomada por minha curiosidade, decido olhar em direção ao barulho. Com isso, meu queixo cai lá para o núcleo da Terra. Mina estava rebolando de modo totalmente provocativo. Comecei a sentir um desconforto em certas partes, e encarava sem pudor algum em direção a sua bunda.
— Psiu! Se controle, criatura. Daqui a pouco você seca a garota – Tzuyu me desperta de meu delírio, e eu instantaneamente me sinto sem graça. Provavelmente deveria ter corado.
Antes de voltar a olhar Mina, percebo que Momo e Dahyun estavam subindo as escadas, e eu sabia muito bem para o quê. Coelhas...
Estava com receio de olhar para Mina de novo, capaz de eu ter um ataque. Essa menina acaba com todas as minhas estruturas.
Sinto meu corpo ser abraçado por trás, e dou um pulinho pelo pequeno susto que levei.
— Se assustou, é? – Mina ri perto de meu ouvido, e dá um beijo na minha nuca – O que achou da minha dança?
Se ela quis que eu me arrepiasse toda com o seu contato, então ela conseguiu.
Me viro em sua direção, e começo a encarar todo o seu corpo.
— Eu adorei. Mas, no momento não quero falar sobre isso – Seguro seu rosto, e o aproximo do meu. Beijo seus lábios com urgência, e então meu fogo pareceu ter aumentado. Eu nunca tinha ficado tão sedenta por algo, quanto agora. Ela pede permissão com a língua, e eu cedi. Nosso beijo tinha essa coisa tão especial que, eu não sei como explicar, tinha uma sincronização boa demais, e um encaixe perfeito. Minhas mãos foram até sua bunda, e então um aperto foi dado ali. Percebo que a menina a minha frente tinha ficado com a respiração descompassada por um segundo.
Ela para o beijo repentinamente, e me olha envergonhada. Até que eu percebi a intensidade de nosso beijo, e fico com vergonha também.
— É... Vou tomar banho. Até mais tarde – Ela me dá um selinho, para sair correndo logo depois.
Solto todo o ar que me parecia ter sido sugado, e fico ainda mais envergonhada quando percebo a plateia que ali havia, com olhares curiosos, ou travessos.
Não sei como, mas segundos depois estava correndo loucamente pelas ruas de Seul. O que chamou a atenção de muita gente.
Gente do céu, me dá um desconto, eu quase morri agora há pouco. Sociedade doida, tá louco.
Ainda correndo, meu corpo é parado por um homem, e quando olho para o seu rosto, meu corpo é tomado por uma mistura de sensações. Não sabia se sentia medo, se sentia raiva, ou se o matava ali mesmo. Ele me olhava de cima para baixo, com o seu olhar nojento.
— Que desperdício, Chaeyoung. Tem um corpo tão bonito, mas corta o cabelo igual a de um menininho. Acho que você e sua namoradinha estão precisando de uma lição – Ele falava negando com a cabeça, e quando ele citou Mina, meu corpo começou a tremer. Droga, essa não é hora de sentir medo.
— C-Como assim, minha namoradinha? – Perguntei, e me praguejo mentalmente por ter gaguejado.
— Myoui Mina. O que? Achava que eu tinha desistido de você? – Ele disse, e segurou meu rosto. Engulo em seco. Ele riu, e me soltou – Agora que você lembrou da minha existência, as coisas ficarão um pouco mais interessantes.
Deu um sorriso presunçoso, e saiu para um lugar qualquer. Meu corpo de repente se sentiu baqueado, e minha única reação foi sentar-me no chão, e abraçar o meu corpo.
Fiquei assim por alguns segundos, até me lembrar de que tinha que ser forte. Tinha que proteger Mina, tinha que dar uma lição nesse desgraçado.
Me levanto determinada, e começo a andar de volta para casa. Pego meu celular e disco para um número. Depois de segundos, sou atendida.
— Alô? Chaeyoung? – A mulher falou um pouco preocupada.
— Alô, senhora Myoui. Eu acho melhor que você se sente – Digo, e depois dela supostamente ter se sentado, conto tudo o que aconteceu.
— Que barbaridade! Esse verme tem que morrer – Ela dizia desacreditada – Vou ver se consigo levá-la para o Japão.
— Obrigada, me sinto mais tranquila assim
— Chaeyoung, eu gosto muito de você. É incrível a maneira como você a faz feliz. Então, por favor, tome cuidado com o que vai fazer – Ela diz, e faz com que eu me sinta emocionada.
— Pode deixar que eu vou ter cuidado. Ela também me faz feliz, qualquer coisinha que ela faça, é capaz de iluminar o meu dia todo. Eu a amo, senhorita Myoui.
— Vejo que minha filha escolheu muito bem – Rimos.
— Me sinto lisonjeada. É... Estou indo, xau.
— Xau – E então a chamada é encerrada.
Digito um outro número, mas dessa vez o do meu pai. Ele atende, provavelmente já sabendo o que aconteceu.
— Então esse desgraçado voltou, e agora querendo colocar a Mina no meio – Ele dizia com todo o desprezo do mundo.
— Sim, pai. Ele voltou. Mas dessa vez vamos dar um jeito nisso, certo?
— Certo. Isso não vai passar em branco.
Não mesmo...
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» Back To Me «
FanficSon Chaeyoung e Myoui Mina são amigas desde pequenas. Contavam uma com a outra para tudo, demonstrando um forte laço de amizade que ganhava mais força com o passar dos anos. Em seus 14 anos, Chaeyoung se vê confusa ao reparar em como certos aconteci...