“Pronto, será sobre isto. Alguém tem alguma pergunta?” Bati as mãos ao mesmo tempo que a campainha tocou, indicando o fim da aula. Deixei escapar uma gargalhada assim como alguns dos meus alunos, peguei na minha pasta e esperei que toda a gente saísse da minha sala. Yep, da minha sala. Acho que nunca me vou a habituar a dize-lo.
Sorri para mim mesma quando os ouvi a todos dizer “Adeus” ou “Xau Miss Cloe” a educação dos 14 e 15 anos absolutamente chocou-me; eles não eram nada como eu e os meus colegas no 10º ano. Penso que seja por isso que toda a gente tem uma boa impressão desta escola quando falam nela.
“Adeus meninos.” Disse enquanto saia da sala e suspirei realizada. Ainda só tive uma aula em que não falei nada sobre Inglês, eu já amava o meu trabalho. Tudo estava perfeito ou quase perfeito. A única coisa que não tinha gostado até agora, era a minha sala. Parecia tão passiva; todas as paredes eram brancas e parecia nunca ter sido usada antes. Fiz uma nota mental para a mudar no futuro.
E oh, sim, e o facto de trabalhar com o Louis Tomlinson. Eu não gostava muito disso também.
O meu sorriso desapareceu e deixei escapar outro suspiro, mas nem se aproximou do meu feliz anterior. Lentamente fiz o meu caminho até a sala de professores, sentindo-me um bocado enjoada com o pensamento de o voltar a ver. Talvez ele tenha ido para casa, pensei. Drama não era obrigatório, talvez ele nem tenha tido aulas hoje.
Engoli em seco, fiz o meu caminho o mais confiante possível até as largas portas… o que não foi lá muito confiante. Entrei e a primeira coisa que fiz foi examinar a longa mesa onde os professores se sentavam. E arrependi-me imediatamente; ele estava lá.
Desviei o olhar e comecei a andar numa direção diferente, quase batendo num cabide enquanto o fazia. Havia muitas pessoas e muitas coisas a acontecerem para alguém reparar na minha trapalhice mas consegui ouvir um risinho por entre todo o barulho. Imediatamente soube quem era; eu conhecia aquele riso demasiado bem.
Tentei ignorar o olhar dele quando andei em volta da mesa, quase batendo noutra coisa. Bem, pessoa desta vez.
“Oh, hum… olá Maria.” Disse, desajeitadamente, enquanto a mulher loira passava por mim sem dizer um ‘oi’. Está bem então.
“Oh, hey, Lorena?” Ela virou-se assim que comecei a andar e deu uns passos até mim. “Hum, eu e a Des vamos tomar um café, queres juntar-te a nós?”
Yey! “Claro.” Disse com um sorriso educado e ela sorriu para mim.
“Está bem, só preciso de ir acabar umas coisas e depois vamos procurar a Des ok?”
“Claro.” Repeti, andei em volta da mesa e inclinei-me sob ela enquanto a Maria saia da sala dos professores. Coloquei a minha pasta na mesa atrás de mim e, por um bocado, fiquei a batocar os dedos sem olhar para cima.
“Lorena?” Os meus dedos congelaram quando ouvi a sua voz, e dolorosamente devagar olhei para a minha direita. Primeiro, vi sapatos pretos brilhantes, um fato e depois a sua cara. Acho que nunca me irei habituar ao quanto o seu físico mudou desde a ultima vez que o vi, há dois anos atrás.
Ele continuava o mesmo Louis; eu conseguia reconhece-lo em qualquer lugar. Mas eram as pequenas mudanças que me deixavam maravilhada. O seu habitual cabelo despenteado, estava apresentável, penteado para um dos lados, sem um único cabelo fora do lugar. Ele tinha a barba feita e eu penso que o Louis que eu conhecia, teria rido desta escolha de roupa. Já para não mencionar os seus traços faciais, a maneira que o seu maxilar e as maças do rosto se tornaram mais saliente. Por outras palavras, ele tinha crescido. Fisicamente maior.
“Olá.” Disse, bastante sem rodeios e ele pressionou os seus lábios, dando-me um sorriso. Ele examinou-me da cabeça aos pés, antes de se voltar e se encostar ao meu lado na mesa.
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You again? (DC sequel) | Português
Novela JuvenilQuais são as possibilidades de encontrares um antigo amor depois de dois anos? Não tão pequenas, de facto. Mas e se tiveres de partilhar o mesmo local de trabalho que ele?