Capítulo 12- parte I

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“É uma bonita casa a que tens aqui.” Harry disse quando passou por ele no corredor, mentalmente concordei com o seu comentário. O apartamento do Louis era mesmo bonito; não estava totalmente limpo, mas nada comparado à desarrumação que era o seu dormitório.

“Assim com a tua miúda.” Fiz uma careta quando rodei os calcanhares, mais uma vez para encarar a popstar. Se ele não fosse uma eu com certeza que lhe daria uma resposta rude mas sendo assim, tudo o que conseguia fazer era ficar a olhar para ele. Ou encara-lo. De qualquer forma, eu não conseguia tirar os meus olhos dele.

“Relaxa, estou apenas a meter-me convosco.” Ele disse quando deu alguns passos em frente; um sorriso brincalhão bailava nos seus lábios enquanto ele mastigava a sua pastilha de boca aberta. “Diz-me, tu tens alguma amiga tão bonita quanto… este apartamento?”

Semicerrei os olhos para ele. “Sim, mas ela é velha.” Disse monotonamente enquanto me lembrava das palavras que ele disse na rua –são velhos, deviam de casar. Era assustador o quanto ele me fazia lembrar da Caitlyn, foi por isso que a minha resposta foi sim. Se eu não soubesse, eu diria que eles eram familiares ou perfeitos um para o outro.

Harry ergueu as sobrancelhas, parecendo surpresa pela minha resposta. “A sério, agora?” Ele sorriu outra vez. “Eu poderia abrir uma exceção.”

“Acho que não.” Dei-lhe um sorriso sarcástico e virei-lhe costas, pensando no que a Caitlyn me faria se ela soubesse que haveria uma chance de ela conhecer o Harry Styles e eu a ter arruinado. Estrangular-me ou empurrar-me de uma ponte a baixo não soava suficientemente doloroso.

Percorri o corredor, tentando encontrar uma porta aberta e assim que a encontrei e entrei, Louis olhava para algumas caixas de sapatos. Elas pareciam-se muito com caixas de sapatos… provavelmente por serem caixas de sapatos.

“Louis?” Chamei assim que entrei mas dei um passo atrás quando ele começou a andar na minha direção –bem, da da porta. Ele sorriu para mim quando os nossos olhares se encontraram, e não consegui evitar em reparar que era um sorriso nervoso; que tipo de músicas é que ele escreveu sobre mim? De odio? Será que ele me culpa por tudo? Nem tive oportunidade para pensar nas suas composições mas agora isso está a passar-me pela cabeça, estava a ficar nervosa.

“Sabes, nunca me disseste o teu nome.” Harry estava encostado a uma parede.

“Eu-“ Estava prestes a dizer-lhe que era Lorena, a rapariga pela qual o Louis tem escrito as músicas, mas ele bateu-me nisso.

“Grace.” Ou não exatamente. “O nome dela é Grace.” Ele repetiu quando pós uma mão no meu ombro e apertou novamente, mas desta vez por razoes diferentes.

Harry assentiu, um pequeno sorriso na sua cara, e andou até ao que eu suponho ser a sala, Louis seguiu-o enquanto eu fiquei parada no corredor, completamente confusa e ainda nem tínhamos começado nada. Levemente abanei a minha cabeça e andei também até à sala, mas isso não me ajudou a limpar os meus pensamentos. Eu queria perguntar-lhe porque raio é que ele usou o meu nome do meio para mentir mas o meu leve choque mantinha a minha língua presa.

Harry estava sentado na poltrona e o Louis no sofá e eu sentei-me no outro sofá, havia uma pequena mesa a separar-nos. Encolhi as pernas e levei-as até ao meu peito, nada preparada para o que quer que fosse que estivesse a vir.

“Desculpa, gostarias de algo para beber?” Louis desviou o olhar do monte de papéis por um segundo, e enquanto eu lentamente abanava a cabeça, o Harry fazia-o freneticamente.

“Não, encontra-as!” Ele estava obviamente impaciente, inclinou-se sobre o Louis para dar uma vista de olhos nos papéis. Um minuto depois, haviam 4 folhas na mesa de café em frente a ele, as quais o Harry agarrou, a sua expressão facial parecia a de uma criança na manhã de Natal.

You again? (DC sequel) | PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora