Cloe

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#3: Cloe

Grunhi quando me virei de barriga para cima, imediatamente levei as minhas mãos à cara quando levei com toda a claridade. Tinha a certeza de que estava deitada ao lado de uma janela aberta; e a ultima coisa que precisava era de ouvir o transito lá fora e o sol estava a cegar-me.

“Tu também?” Ouvi uma voz ao meu lado, uma voz que eu conhecia demasiado bem. Mas não soou como das outras vezes; da outras vezes a voz era alta e divertida e a banhar em felicidade. Não como estava a soar agora.

“Mhm.” Murmurei, virando-me de lado e lentamente a abrir os olhos para olhar para o Louis; ele tinha a mão sobre a cara, tal como eu há um minuto atrás, e parecia que ele tinha acabado de ser atropelado por um camião.

“O que é nós fizemos na noite passada?” Perguntei calmamente. Desde que a escola acabou há umas semanas atrás que nós decidimos fazer uma rápida viagem pelos Estados Unidos; Las Vegas para ser mais precisa. Sem mais, nem menos.

Agora pensando bem, com a minha cabeça a parecer pesar uns cem quilos e o meu estomago como se tivesse comido um dinossauro, eu estava a começar a sentir que talvez devêssemos ter ficado apenas no nosso quarto de hotel a ver um filme ou assim.

“Não faço ideia.” Louis murmurou quando rebolou para a borda da cama, precisando de uns segundos para se sentar. Ele passou as mãos pelo cabelo algumas vezes – umas vezes preguiçosas – antes de se levantar. Ou tentar se levantar.

“Mas que merda, eu nunca mais misturo Red Bull e sangria.” Ele disse por entre um longo suspiro e quase que caiu no chão. Ele rastejou um pouco para se afastar da cama até estar ao lado de uma parede, onde se inclinou nela, fechando os olhos e encostando a cabeça nela. O meu noivo, senhoras e senhores.

“Mas que raio é que estás a fazer?” Perguntei, as minhas palavras abafadas pelo cobertor da camada, enquanto o observava sentado debaixo da janela como um sem-abrigo. Quero dizer, ele tinha uma cadeira mesmo ao seu lado.

“Estou demasiado cansado para me levantar.” Ele quase que sussurrou. “Ou com demasiada ressaca. Ambos servem.”

Deixei a minha cabeça cair na almofada, estava demasiado pesada para a aguentar no ar. Como se a questionar-me se engoli mesmo um dinossauro e que ele foi para a minha cabeça em vez de para o estomago.

“Este lugar esta horrível.” Louis disse passado uns minutos, soando mais como ele próprio agora. “Tens a certeza de que não fizemos, tipo, uma festa aqui ou…?”

“Não.” Respondi. “Lembro-me de quase teres entrada numa luta com aquele segurança por ele ter pensado que tinhas uma identificação falsa.”

Uns segundos depois do que eu disse, ambos começamos a rir como uns miúdos de oito anos – pelo menos era como soávamos. Eu continuo a achar que ele deveria de ter levado aquilo como um elogio; o homem estava mesmo a dizer-lhe que ele parecia ter menos de 21 anos. E ele tinha 24. Eu fazia uma festa se alguém me confundisse por uma pessoa de 21 anos.

“Em minha defesa, ele era bastante irritante.” Louis murmurou, mais uma vez a passar a mão pelo cabelo. No entanto, ele acabou por o deixar ainda pior. “Toda a gente a perguntar-me quando é que eu faço os trinta e aquele idiota diz que eu tenho uma identificação falsa.” Abanou o cabelo. “Americanos.”

“Tu adoras isto aqui, cala-te.” Murmurei de volta, obrigando-me a sentar na cama. “Queria que parecesses tão feliz comigo como parecias na Torre do Stratosphere.”

“Sou sempre feliz contigo, tudo o que fazes é queixares-te.” Ele disse quando esfregou o olho. Normalmente eu tinha-lhe respondido ou assim mas acabei por sorrir. A vida tornou-se muito mais pacifica desde que eu comecei a ignorar as suas provocações; algumas delas.

You again? (DC sequel) | PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora