Nem tinha acreditado no que acabara de dizer. Era agora. Ia saber a verdade. Pobres raparigas, imagino o que sofreram nas mãos dele. Ele olhou para mim com raiva no olhar e logo a seguir ajeitou o gorro na cabeça, cerrou os punhos e deu um murro na parede, mesmo ao lado da minha cabeça. Parei no tempo quando ele o fez. Lágrimas começaram a ameaçar cair. Num abrir e fechar de olhos ele tinha percorrido o corredor e batido com a porta de entrada ao sair. Estática, encostada à parede, começei a correr por onde ele tinha ido. Sai pela porta e corri o mais que pude atrás dele. Avistei uma silhueta negra num banco de jardim e abrandei os passos e quando cheguei mais perto pude verificar que era ele. Tinha a cabeça baixa impedindo de ver o seu rosto, mas sabia que estava a chorar. O som abafado que ele fazia... partiu-me o coração. Pára Jenna! Não tenhas pena dele! Ele matou raparigas!
- Vais falar ou...? - Falei com frieza - Ainda hoje, Malik! - Ele olhou-me por breves momentos antes de voltar a baixar a cabeça. Os olhos dele estavam cobertos de vermelho.
- Foram meros acidentes... - Ele sussurou, a sua foz quebrou ao dizer as palavras.
- Como é que matar é um acidente?! - Falei mais alto do que queria.
- Não fales assim se não sabes da história...
- Então conta-me! Zayn, eu preciso de saber! - Cai de joelhos com as lágrimas a escorrerem pela minha face.
- Não chores, por favor... - ele segurou no meu queixo mas eu afastei-me do seu toque. - Tens medo de mim? - A voz dele estava fraca e quebrava a cada palavra que dava.
- Não sei, devo ter? - Disse baixo, mas o suficiente para ele ouvir.
- Não!
- Conta-me. - Pedi uma última vez.
- Não sei se consigo, Jenna. Desculpa...
- Então... - Levantei-me do chão. - Não me ligues, não olhes para mim, não me toques, não penses em mim, não mandes mensagens, esquece que existo.
- Isso é impossível, Jenna.
- Nada é impossível.
- Esquecer-te é!
- Porquê? Não te sou completamente nada. Ouviste? NADA. - Ele levantou-se do banco e colocou-se a centimetros do meu corpo.
- Somos.
- NADA. NADA. NADA. - Continuava a gritar com as mãos na cabeça. - Nada...
- Pára.
- Nada.
- Jenna.
- Nada.
Quando acabei de falar fui calada com um beijo. Ele beijou-me. Assim que aquilo acabou fugi dali. Para longe dele. Não fui para casa, mas também não sabia para onde iria. Dei voltas e voltas na escuridão da noite. Estava perdida, não conhecia o sítio onde estava. E pior ainda... não tinha o telemóvel comigo. Continuei a vaguear pelas ruas desconhecidas até que encontrei um beco olhei para lá e a muito custo resparei que estava lá alguém. Ouvi gritos de uma rapariga e perguntei-me se devia de ir até lá ou não.
- Pára! Por favor, deixa-me! - A rapariga choramingava.
- Cala-te sua vaca!
A voz do rapaz... Era-me familiar, decidi ir ver o que se passava, quando a luz dos candeeiros ia iluminando fracamente cada passo que dava. Aproximei-me que chegue e segundos depois o rosto do rapaz foi iluminado com a luz fraca, mesmo estando escuro percebi de quem se tratava. Malik.
- Uau... - Foi o que apenas consegui dizer e ele apenas olhou para mim surpreendido.
Corri dali para fora o mais depressa que pude, ele estava a... violar uma rapariga? As lágrimas forçaram de novo e não as impedi de cair. Minutos depois encontrei o caminho para casa. Só queria dormir, chorar...
Cheguei a casa, tranquei a porta e fui para o quarto. Procurei pelas gavetas, pelas minhas velhas amigas. Assim que encontrei a caixa que procurei, fechei a gaveta e fui para a casa de banho. Pousei a caixa em cima do lavatório e comecei a encher a banheira com água quente. Quando achei que era água suficiente, fechei a torneira e comecei a tirar a roupa que cobria o meu corpo. Entrei calmamente para dentro da banheira com a caixa na mão. Abri e observei o que continha lá dentro. As minhas velhas amigas. Observei a sua beleza. Prateadas, finas... deixei uma delas percorrer uma linha na horizontal no meu pulso, e mais outra... e outra... gotas de sangue caiam na água transparente. Olhei em redor e deixei-me estar dentro de água mais uns 20 minutos. Assim que começou a ficar fria sai de dentro da banheira, enrolei o meu corpo numa toalha branca e guardei as lâminas na caixa. voltei ao quarto e coloquei a caixa no mesmo sítio de onde a tirara. Olhei para as horas no meu telemóvel e marcava 05:40h da manhã. Vesti a roupa interior inferior e depois coloquei uma T-shirt larga e que me dava pela coxa sob o meu corpo. Deitei-me na cama e esperei o sono aparecer.
*P.O.V. ZAYN ON*
- A culpa é tua, caralho! - Esmorrei a parede ao lado da rapariga à minha frente.
Ela apenas chorava assustava. Afinal o que é que eu estou a fazer? Nem conheço esta de lado nenhum! Vou perder a Jenna. Eu não a quero perder... Comecei a sentir coisas, não imagino a minha vida sem ela. Agora o que é que eu faço?
*P.O.V. ZAYN OFF*
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N/A: OLÁÁÁÁÁ bem espero que tenham gostado deste capitulo apesar de não estar grande coisa. Deixem o vosso voto e comentário, é muito importante para mim saber as vossas opiniões. Bem até ao próximo capitulo <3
Love you all.
CláudiaM*